JOANA D´ARC
Considerava pelos católicos a grande bruxa da Idade
Média, é hoje, para muitos, a mulher do milênio. Movida por intensa fé e
patriotismo contribuiu de forma decisiva para mudar o rumo da Guerra dos 100
Anos, entre a França e a Inglaterra. Nascida em Domrémy, em 6 de janeiro de
1412, filha de camponeses, distinguiu-se, desde pequena, por sua índole piedosa
e devota. Aos 13 anos, através de sua mediunidade, passou a receber orientações
de seus Guias Espirituais que a exortavam às virtudes cristãs.
Seu país encontrava quase todo sob o domínio
inglês. Cumprindo ordens do Além, partiu de sua aldeia, aos 17 anos, indo ao
encontro do capitão Robert de Bandricourt, que a conduziu até Chinon, onde
encontrava o príncipe Carlos. Nesse encontro, Joana comunica ao futuro Rei a
respeito de sua divina missão e recebe um pequeno exército para defender
Orléans.
Com sua atitude heróica e fervorosa, atraiu, pelo
caminho, a adesão de muitos, aumentado as tropas sob o seu comando. Antes do
primeiro ataque, tentou convencer os ingleses a renderem-se, no que não foi
atendida e conquista a sua primeira vitória, aumentando o seu prestígio, até
mesmo entre os adversários. Sua estranha figura à frente dos combatentes
franceses, com seu estandarte, aumentou a crença em seu poder “sobrenatural”.
Com sua força e coragem, elevou o espírito abatido dos franceses a um grande
civismo.
A nova tarefa de Joana foi levar ao trono Carlos
VII que se sagrou rei na catedral de Reims, como mandava a tradição na realeza
francesa, em julho de 1429. Uma vez no poder, entrega-se a leviandade da corte,
abandonando a guerreira, em seu novo empreendimento: o de libertar Paris. Menos
de um ano depois, Joana é presa e submetida a um escandaloso processo por
heresia, enfrentando os juízes da Inquisição com serenidade, apesar da pouca
idade e de ser analfabeta, responde com grande desembaraço e inteligência as
perguntas, às quais nem os mais notáveis clérigos teriam respostas tão firmes e
lúcidas.
Preparada pela Espiritualidade para a sua grande
missão, Joana mostrou tanta coragem e fé que chegou a conquistas consideradas
efetivamente milagrosas. De vitórias ao suplício, legou ao mundo o nacionalismo
dentro dos princípios cristãos, que os poderosos daquela época não podiam
compreender e aceitar. Condenada à fogueira na praça de Rouem, em 30 de maio de
1431, foi queimada viva. Seu martírio serviu para imortaliza-la e até hoje
desperta interesses, mas destacamos entre tantas obras a de Léon Denis, Joana
D’Arc, Médium, como a mais completa.
Maria Vilma
de Oliveira – DCSE/UEM
Jornal O
Espírita Mineiro - Nº 253
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