E a Vida Continua

sexta-feira, 27 de abril de 2012

Artigo - Evidências Científicas 1

Espiritismo: evidências científicas ( I )





Muito se fala de Espiritismo, mas muito pouco se conhece desta doutrina. Iremos hoje iniciar um conjunto de artigos que abordarão experiências científicas que comprovam algumas das teses que o espiritismo advoga.

«Fui à associação espírita e fui ao “passe magnético”» ou «Fui à associação espírita e bebi um pouco de água magnetizada que me auxiliou no problema X », são algumas das afirmações que por vezes ouvimos de quem frequenta uma associação espírita. Outros perguntam com muita propriedade: «Mas o que é isso do passe magnético ou da água fluidificada, isto é, o que é a Fluidoterapia»?
No meio espírita existe um termo que é muito comum - a fluidoterapia - isto é, a capacidade de, através da doação de fluidos, interferir positivamente na saúde das pessoas, seja através do passe espírita ou através da fluidificação da água.
Pensamos, pois, que seria bem útil que todos nós tivéssemos conhecimento das descobertas científicas efectuadas em torno da fluidoterapia, para que assim pudéssemos mais eficazmente passar esta ideia às pessoas que recorrem à associação espírita, dando-lhe a ideia que a fluidoterapia encerra: uma prática séria, baseada no amor, nada supersticiosa, nada ritualística e com fundamento científico. 

O passe espírita é uma transfusão de energias 
psíquicas e espirituais que alteram o campo celular

O passe espírita é uma transfusão de energias psíquicas e espirituais que alteram o campo celular. Não é uma técnica. É um acto de amor. Não foi inventado pelo Espiritismo, mas foi estudado por ele. Jesus utilizava-o.
Quando duas mentes se sintonizam, uma passivamente e outra activamente, estabelece-se entre ambas uma corrente mental, cujo efeito é o de plasmar condições pelas quais o "activo" exerce influência sobre o "passivo". A esse fenómeno denominamos magnetização. Assim, magnetismo é o processo pelo qual o homem, emitindo energia do seu perispírito (corpo espiritual), age sobre outro homem, bem como sobre todos os corpos animados ou inanimados. Temos, portanto, que o passe é uma transfusão de energia do passista e/ou espírito para o paciente. 
No passe, a mente reanimada reergue a vida microscópica (celular). O passe tornou-se popular pela sua eficácia. O paciente assimila os recursos vitais, retendo-os na sua constituição psicossomática, através das várias funções do sangue.
«Podemos dizer que o passe actua directamente sobre o corpo espiritual de três formas diferentes: como revitalizador, compondo as energias perdidas; dispersando fluidos negativos contraídos; auxiliando na cura das enfermidades, a partir do reequilíbrio do corpo espiritual.

A água magnetizada nas associações espíritas 
contribui para uma melhoria da saúde 
física e psíquica de quem necessita

A água cobre 2/3 da superfície da Terra e representa cerca de 70% das moléculas que constituem o corpo humano.
A água fluída é a água normal, acrescida de fluidos curadores. Estes fluidos são introduzidos pelos espíritos amigos, bem como pelo magnetizador. São fluidos de boa qualidade. A quantidade da água não é importante, basta um pouco. A qualidade dos fluidos, essa sim, é importante. Os fluidos agem sobre a água modificando-lhe as propriedades.
«A água é extremamente sensível a muitos tipos de radiações. O cientista americano de pesquisas industriais Robert N. Miller e o físico Prof. Philip B. Reinhart inventaram quatro instrumentos independentes, para demonstrar que um pouco de energia emanada das mãos de um curador pode dar início a uma alteração da ligação molecular entre o hidrogénio e o oxigénio das moléculas de água» (“As curas Paranormais”, George Meek, Ed. Pensamento, 1995).
«Considerando que o corpo é composto de água na sua maior parte, e desde que descobrimos que a água é extraordinariamente sensível às irradiações de um amplo espectro de energias; considerando, ainda, que estamos a aumentar a nossa possibilidade para detectar e medir instrumentalmente o fluxo de várias energias que emanam do corpo do curador, podemos enxergar as inferências disso como sendo de grande projecção.» (idem) 
Modernamente, podemos encontrar vários estudos de cariz científico, que vêm comprovar as teses espíritas em torno do passe e da fluidificação da água, dando, portanto, uma base de aceitação bem maior, principalmente junto daqueles que desconhecem o Espiritismo.
No próximo artigo relataremos as experiências do Dr. Bernard Grad, no Canadá, com sementes de cevada, ratos e humanos.

Bibliografia: 
“Fluidoterapia: Evidências Científicas”, trabalho apresentado por José Lucas no 2º Congresso Espírita Mundial, Lisboa, 1998 

quarta-feira, 18 de abril de 2012

Comemoração - Dia do Livro Espírita


Dia do Livro Espirita

Hoje 18 de Abril , comemora-se o Dia do Livro Espirita.

O Livro dos Espíritos
Lançado em 18 de abril de 1857, em Paris, O Livro dos Espíritosapresentou à Humanidade idéias novas: a vida prossegue após a morte do corpo; Deus existe, é bom, nos criou e, pela reencarnação, nos permite evoluir, corrigindo o mal que praticamos e aprendendo a amar uns aos outros.
A Obra é um roteiro de vida e uma fonte permanente de estudos, consolação, reflexão e esperança para aproximadamente 30 milhões entre espíritas e simpatizantes.
Para elaborar o livro, Allan Kardec fez uma série de perguntas, submeteu-as aos Espíritos mediante o concurso de diversos médiuns e comparou as respostas. Depois de O Livro dos Espíritos, Allan Kardec publicou O que é o Espiritismo, O Livro dos Médiuns, O Evangelho segundo o Espiritismo, O Céu e o Inferno A Gênese . Todos são essenciais para quem deseja conhecer a Doutrina Espírita, mas a base sempre é O Livro dos Espíritos.
O livro básico do Espiritismo contém perguntas feitas por Allan Kardec aos espíritos superiores. Deus, existência dos Espíritos, mediunidade, reencarnação, morte, leis morais e o destino do homem após a morte são alguns temas encontrados nessa obra.

FESTA PARA O LIVRO DOS ESPÍRITOS

Em cascatas de luz os Céus beijam Brasília
E Almas dos Altos Cimos comungam felizes,
Glorificam o ensino e as nobres diretrizes
Que orientam todo ser em sua ingente trilha.

Um dossel no planalto... E a excelsa Estrela brilha.
Cantam vozes do além, entre os áureos matizes
Que no amor de Jesus tem robustas raízes,
São bênçãos desatadas... Tudo é maravilha!

Eis a festa forjada pelos encarnados,
Inspirada, porém, no estro dos Sempre Vivos
Que se estribam no amor, formoso, em apogeus.

Louva-se, hoje, esse Livro que em todos os lados
Vai libertando os homens das sombras cativos,
Para a vida abundante no seio de Deus.

Sebastião Lasneau.


Mensagem psicografada por José Raul Teixeira, em 14.04.2007,
durante o 2º. Congresso Espírita Brasileiro, em Brasília-DF

terça-feira, 17 de abril de 2012

Aborto


Anencefalia

Joanna de Ângelis

Nada no Universo ocorre como fenômeno caótico, resultado de alguma desordem que nele predomine. O que parece casual, destrutivo, é sempre efeito de uma programação transcendente, que objetiva a ordem, a harmonia.
De igual maneira, nos destinos humanos sempre vige a Lei de Causa e Efeito, como responsável legítima por todas as ocorrências, por mais diversificadas apresentem-se.
O Espírito progride através das experiências que lhe facultam desenvolver o conhecimento intelectual enquanto lapida as impurezas morais primitivas, transformando-as em emoções relevantes e libertadoras.
Agindo sob o impacto das tendências que nele jazem, fruto que são de vivências anteriores, elabora, inconscientemente, o programa a que se deve submeter na sucessão do tempo futuro.
Harmonia emocional, equilíbrio mental, saúde orgânica ou o seu inverso, em forma de transtornos de vária denominação, fazem-se ocorrência natural dessa elaborada e transata proposta evolutiva.
Todos experimentam, inevitavelmente, as consequências dos seus pensamentos, que são responsáveis pelas suas manifestações verbais e realizações exteriores.
Sentindo, intimamente, a presença de Deus, a convivência social e as imposições educacionais, criam condicionamentos que, infelizmente, em incontáveis indivíduos dão lugar às dúvidas atrozes em torno da sua origem espiritual, da sua imortalidade.
Mesmo quando se vincula a alguma doutrina religiosa, com as exceções compreensíveis, o comportamento moral permanece materialista, utilitarista, atado às paixões defluentes do egotismo.
Não fosse assim, e decerto, muitos benefícios adviriam da convicção espiritual, que sempre define as condutas saudáveis, por constituírem motivos de elevação, defluentes do dever e da razão.
Na falta desse equilíbrio, adota-se atitude de rebeldia, quando não se encontra satisfeito com a sucessão dos acontecimentos tidos como frustrantes, perturbadores, infelizes...
Desequipado de conteúdos superiores que proporcionam a autoconfiança, o otimismo, a esperança, essa revolta, estimulada pelo primarismo que ainda jaz no ser, trabalhando em favor do egoísmo, sempre transfere a responsabilidade dos sofrimentos, dos insucessos momentâneos aos outros, às circunstâncias ditas aziagas, que considera injustas e, dominado pelo desespero, foge através de mecanismos derrotistas e infelizes que mais o degradam, entre os quais o nefando suicídio.
Na imensa gama de instrumentos utilizados para o autocídio, o que é praticado por armas de fogo ou mediante quedas espetaculares de edifícios, de abismos, desarticula o cérebro físico e praticamente o aniquila...
Não ficariam aí, porém, os danos perpetrados, alcançando os delicados tecidos do corpo perispiritual, que se encarregará de compor os futuros aparelhos materiais para o prosseguimento da jornada de evolução.

*

É inevitável o renascimento daquele que assim buscou a extinção da vida, portando degenerescências físicas e mentais, particularmente a anencefalia.
Muitos desses assim considerados, no entanto, não são totalmente destituídos do órgão cerebral. Há, desse modo, anencéfalos e anencéfalos.
Expressivo número de anencéfalos preserva o cérebro primitivo ou reptiliano, o diencéfalo e as raízes do núcleo neural que se vincula ao sistema nervoso central…
Necessitam viver no corpo, mesmo que a fatalidade da morte após o renascimento reconduza-os ao mundo espiritual.
Interromper-lhes o desenvolvimento no útero materno é crime hediondo em relação à vida. Têm vida sim, embora em padrões diferentes dos considerados normais pelo conhecimento genético atual...
Não se trata de coisas conduzidas interiormente pela mulher, mas de filhos, que não puderam concluir a formação orgânica total, pois que são resultado da concepção, da união do espermatozoide com o óvulo.
Faltou na gestante o ácido fólico, que se tornou responsável pela ocorrência terrível.
Sucede, porém, que a genitora igualmente não é vítima de injustiça divina ou da espúria Lei do Acaso, pois que foi corresponsável pelo suicídio daquele Espírito que agora a busca para juntos conseguirem o inadiável processo de reparação do crime, de recuperação da paz e do equilíbrio antes destruído.
Quando as legislações desvairam e descriminalizam o aborto do anencéfalo, facilitando a sua aplicação, a sociedade caminha, a passos largos, para a legitimação de todas as formas cruéis de abortamento.
... E quando a humanidade mata o feto, prepara-se para outros hediondos crimes que a cultura, a ética e a civilização já deveriam haver eliminado no vasto processo de crescimento intelecto-moral.
Todos os recentes governos ditatoriais e arbitrários iniciaram as suas dominações extravagantes e terríveis, tornando o aborto legal e culminando, na sucessão do tempo, com os campos de extermínio de vidas sob o açodar dos mórbidos preconceitos de raça, de etnia, de religião, de política, de sociedade...
A morbidez atinge, desse modo, o clímax, quando a vida é desvalorizada e o ser humano torna-se descartável.
As loucuras eugênicas, em busca de seres humanos perfeitos, respondem por crueldades inimagináveis, desde as crianças que eram assassinadas quando nasciam com qualquer tipo de imperfeição, não servindo para as guerras, na cultura espartana, como as que ainda são atiradas aos rios, por portarem deficiências, para morrer por afogamento, em algumas tribos primitivas.
Qual, porém, a diferença entre a atitude da civilização grega e o primarismo selvagem desses clãs e a moderna conduta em relação ao anencéfalo?
O processo de evolução, no entanto, é inevitável, e os criminosos legais de hoje, recomeçarão, no futuro, em novas experiências reencarnacionistas, sofrendo a frieza do comportamento, aprendendo através do sofrimento a respeitar a vida…

*

Compadece-te e ama o filhinho que se encontra no teu ventre, suplicando-te sem palavras a oportunidade de redimir-se.
Considera que se ele houvesse nascido bem formado e normal, apresentando depois algum problema de idiotia, de hebefrenia, de degenerescência, perdendo as funções intelectivas, motoras ou de outra natureza, como acontece amiúde, se também o matarias?
Se exercitares o aborto do anencéfalo hoje, amanhã pedirás também a eliminação legal do filhinho limitado, poupando-te o sofrimento como se alega no caso da anencefalia.
Aprende a viver dignamente agora, para que o teu seja um amanhã de bênçãos e de felicidade.

Postado por Astolfo Olegário de Oliveira Filho às 4:16:00 PM
Mensagem recebida no dia11 de abril de 2012, em sessão mediúnica realizada em Salvador-BA, no Centro Espírita Caminho da Redenção, Joanna de Ângelis, por intermédio de Divaldo Franco. 

Aborto - Depoimento de Mãe de Anencéfalo



"Venho por meio deste relatar a minha experiência enquanto mãe de um filho anencéfalo. Sou estudante de Direito do 9º semestre da Universidade Católica de Brasília. Há três anos, em virtude de um namoro, engravidei e devido a circunstâncias afetivas acabei por ficar sozinha. À época tinha 19 anos.

Tive que enfrentar todas as questões familiares, a vergonha, enfim, todo o constrangimento de uma gravidez no fim da adolescência. Felizmente, não obstante todo o sofrimento que experimentaram, meus pais, por serem católicos, me acolheram.

Passaram-se três meses e, enfim, o pai da criança resolveu acompanhar-me numa ecografia: era o dia em que conheceríamos o sexo do bebê. Naquela oportunidade, a médica ecografista foi bastante cuidadosa, mas não havia como omitir a anomalia que sofria meu filho, ele era anencéfalo.

Obviamente tal notícia assustou-me e eu, a principio, não fui capaz de absorver a realidade, até porque nunca tinha ouvido falar em algo semelhante. Já naquele momento, a doutora trouxe a possibilidade do aborto, mesmo não se mostrando muito favorável.

No mesmo dia, à tarde, procuramos outro médico em um hospital particular de Brasília (Hospital da Unimed) e este me disse: "Menina, pra quê você quer uma coisa que não presta?"; "Se fosse minha paciente eu te levaria agora para a curetagem."

Não sabia o que era curetagem, quando me explicaram tratar-se, naquela situação, de um eufemismo para a palavra aborto.

Felizmente, pude contar com o acompanhamento de uma outra médica particular e, então, dei continuidade ao pré-natal.

Desde o primeiro dia, quando foi constatada a má-formação, a ecografista e também a minha ginecologista-obstetra, informaram-me acerca de uma equipe médica especialista nestes casos que atendia no HMIB – Hospital Materno-Infantil de Brasília. Na oportunidade, disseram-me que se tratava de uma equipe médica especialista em casos de gestação de alto risco, seja para mãe ou para o filho.

Alguns dos amigos da faculdade aos quais relatei a situação, me disseram que o Ministério Público concedia autorizações para mulheres que desejassem fazer o aborto, principalmente àquelas que recorressem a referida equipe médica do HMIB. Por isso, a princípio, resisti em marcar uma consulta naquele hospital. Contudo, visando as melhores condições para mim e para o meu filho, busquei um encaminhamento no posto de saúde do Núcleo Bandeirante, tendo em vista que se tratavam de especialistas e eu queria que, após o parto, o meu filho recebesse os cuidados necessários, caso viesse a sobreviver depois do corte do cordão umbilical.

Realmente, eu já estava decidida a não abortar o meu filho. Tal possibilidade somente passava na minha mente à força das palavras, muitas delas duras, que ouvia dos médicos, mas tal possibilidade não emanava do meu interior. Queria conviver com o Thalles o tempo que fosse possível, já estava no sétimo mês da gestação e não fosse o fato de que ele era anencéfalo, tudo mais corria na maior naturalidade. Sentia-me bem, não tive alterações fisiológicas, além daquelas naturais da gestação como, por exemplo, o aumento de nove quilos no meu peso.

Enfim, qual foi a minha surpresa ao constatar a realidade do atendimento naquela equipe de excelência, pois, todo o tempo fui compelida a realizar o aborto. Naquele hospital, eram marcadas uma vez na semana, consultas, com a referida equipe. Ficavam numa ante-sala, sem assentos suficientes, por volta de 12 mulheres e seus respectivos acompanhantes ou não, aguardando a consulta. Todas elas estavam grávidas de crianças com as mais diversas má-formações – das quais nunca tinha ouvido falar. Algumas, muito pobres, outras que já haviam tido filhos com aquelas deformidades anteriormente, conversavam entre si, enquanto eu as observava. Percebi que eu era a única que tinha um filho anencéfalo.

Enquanto aguardávamos, pude presenciar um momento que me chocou deveras. É que elas estavam conversando a respeito de uma mãe que tinha passado por ali, algumas semanas antes, e que naquele dia estava realizando a interrupção da gravidez. Pude presenciar aquela mãe sentada no corredor do hospital, chorando muito após o parto. Ela estava lá sozinha – porque não permitem acompanhantes no pós-parto de maiores – e sequer, conforme relatou e porque não permitiram, conseguiu ver o seu filho direito, o que lhe causou muito sofrimento.

Chegou a minha vez, e como relatei, os médicos, na pessoa do médico-chefe, me diziam que eu já deveria ter feito a chamada interrupção e que uma cesariana traria para mim riscos muito maiores que a interrupção, que eu não deveria mostrar o meu filho para ninguém após o parto e até mesmo que eu poderia ficar cheia de estrias etc. Tudo para que eu interrompesse a gravidez.

Realmente, se fosse necessário recorrer aquele hospital para dar continuidade à gestação, o meu sofrimento teria sido triplicado.

Enfim, graças a Deus, eu e o Thalles superamos todos os preconceitos e dificuldades. Amei-o com toda intensidade que conseguia. Cantei, rezei, brinquei, ou seja, fiz tudo o que uma mãe faz com o seu filho no ventre.

Ele nasceu às 13:15hs do dia 09.07.2002, foi registrado como cidadão brasileiro e faleceu às 11:25hs do dia 10.07.2002. Tive a oportunidade de segurá-lo no colo e de me despedir dele. Hoje trago uma linda e real lembrança, de uma gravidez, que teve algumas dificuldades intrínsecas à situação, mas que me trouxe muitos benefícios enquanto pessoa humana e me deu uma grande alegria: a de ser mãe. Sou mãe do Thalles, vivo ou morto, bonito ou feio, presente ou ausente. Sou mãe dele porque ele efetivamente existiu e foi gerado em mim, o tempo que ele permaneceu com a minha família e toda a multidão que ia vê-lo na incubadora, foi um grande lucro.

ANTES DA LIBERAÇÃO DO ABORTO, O QUE AS MÃES DE FILHOS ANENCÉFALOS NECESSITAM É DE ESCLARECIMENTO, VALENDO RESSALTAR AS INCOERÊNCIAS QUE TÊM SIDO DIVULGADAS, E APOIO. A ATITUDE DO GOVERNO DEVE SER A DA PREVENÇÃO, COM A DISTRIBUIÇÃO DE ÁCIDO FÓLICO, COM O COMBATE AO USO DE DROGAS, ENFIM, NÃO VAI SER POR ESSE CAMINHO, APARENTEMENTE MAIS FÁCIL, QUE AS MÃES TERÃO A SUA DIFICULDADE SANADA, MAS NO ACOLHIMENTO E NA SOLIDARIEDADE".

Brasília, 19 de agosto de 2004.
Janaina da Silva César
Fonte : Facebook

Artigo - Suicídio

Suicídio, a grande ilusão...


Os tempos são de dificuldade a todos os níveis, numa sociedade materialista, onde o orgulho e o egoísmo ainda imperam. Na sua busca desenfreada pelo materialismo, o homem perde o Norte, perante a abrupta crise gerada a nível mundial. Na iminência de falência financeira, muitas vezes busca o suicídio: em vão, pois está provado que a vida continua além da morte do corpo de carne.

Quando Allan Kardec (respeitado sábio francês do século XIX) pesquisou e compilou os fenómenos espíritas, apresentou as suas pesquisas sob a forma de cinco livros (O Livro dos Espíritos, O Evangelho Segundo o Espiritismo, A Génese, O Céu e o Inferno e O Livro dos Médiuns).
Até então, acreditava-se ou não na imortalidade do Espírito conforme a religião que se professasse.
A partir das pesquisas espíritas, Allan Kardec demonstrou experimentalmente a imortalidade do Espírito, com tantas provas, que seria aqui impossível enumera-las, quanto mais abranger toda a sua pesquisa.
A partir do lançamento de “O Livro dos Espíritos”, em 1857, em Paris, França, deixou de ser necessário acreditar na vida além da morte, pois já havia toda uma metodologia científica que provava essa realidade.
Qualquer pesquisador, nacional ou estrangeiro, espírita ou não, crente ou não, que experimente, usando a metodologia espírita que está inserida em “O Livro dos Médiuns”, chega inevitavelmente aos mesmos resultados, demonstrando assim a universalidade dos ensinos dos Espíritos, bem como a realidade da imortalidade do ser.
Perante tais descobertas, os espíritas, a nível mundial, têm-se desdobrado em campanhas pela vida, seja na luta contra o aborto, eutanásia, entre outras, seja contra o suicídio.
O Espiritismo, demonstrando a imortalidade do Espírito, mostra-nos que o ser humano que se suicida, apenas se liberta violentamente do corpo de carne, como quem tira a roupa ao deitar, para ir dormir, sem se despersonalizar.
A grande desilusão do suicida é, ao ver-se fora do corpo de carne, ao sentir-se vivo, verifica que afinal o seu acto não o conduziu à morte desejada, mas apenas a uma mudança de plano existencial. Mantém no seu íntimo o problema que o levou ao acto tresloucado de terminar com a vida do corpo físico, acrescido da frustração de não ter morrido, para além de ouvir todos os comentários tecidos a seu respeito, bem como os apelos desesperados dos seus familiares que sentem a sua falta.

O Espiritismo prova que a vida continua.
A partir daí o suicídio não faz sentido.

Dizem os espíritos, não só no livro “O Céu e o Inferno”, mas também nas comunicações espíritas diariamente nos centros espíritas, que na Terra não há palavras para descrever os sofrimentos atrozes que padecem os suicidas (leia-se o livro “Memórias de um Suicida”, de Camilo Castelo Branco (espírito) através da médium Yvone Amaral Pereira), bem como que muitas vezes reencarnam na vida seguinte, com mazelas corporais derivadas da destruição celular no corpo espiritual, ocorrida durante o acto do suicídio, corpo espiritual esse que servirá de molde energético para a futura reencarnação.
Com a doutrina espírita (ou Espiritismo) aprendemos que vale a pena viver, passemos pelas dificuldades que passarmos, na certeza de que Deus na Sua bondade infinita, não permitiria que passássemos pro provas ou expiações superiores às nossas capacidades psíquicas.
Os bons espíritos sempre nos estimulam à paciência, a confiar na providência divina que nunca nos falha, à oração diária e sentida, às leituras edificantes, à meditação, ao recurso ao centro espírita onde a pessoa tem auxílio espiritual, sem descurar, obviamente, eventual apoio médico especializado, se for caso disso.
Nascer, morrer, renascer ainda, progredir sem cessar, tal é a lei” é uma frase de autor desconhecido, que foi colocada no dólmen de Allan Kardec, no cemitério “Pére La Chaise”, em Paris, e que demonstra bem que, aconteça o que acontecer na nossa vida, podemos e devemos lutar por sair da dificuldade, mas que o suicídio é a única opção que não faz sentido, já que hoje está provado à saciedade, que a vida continua após a morte do corpo físico.

Decisão do STF sobre aborto de anencéfalo

supremo tribunal federal
Clique na imagem para ampliar
O Supremo Tribunal Federal, após dois dias de julgamento, em sessão concluída no dia 12 de abril de 2012, aprovou a Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) 54, ajuizada pela Confederação Nacional dos Trabalhadores na Saúde (CNTS) em 2004, e aprovou por 8 votos a 2, a descriminalização do aborto para casos de fetos anencefálicos. Pela decisão do STF, cabe à mulher a decisão por interromper a gravidez nesse caso específico.
Uma comissão integrada por dirigentes da Federação Espírita Brasileira (FEB), Associação Médico Espírita do Brasil (AME-BR) e Associação dos Juristas Espíritas do Brasil (AJE-Brasil), visitou o gabinete de todos os ministros do STF nos dias 9 e 10 de abril, levando um Memorial contendo argumentações jurídicas, médicas e espíritas em defesa da vida, e acompanhou a citada Sessão Plenária. Em nota conjunta divulgada no site da FEB no dia 13 de abril, as três entidades informam que, independentemente da decisão do STF, prosseguem com o trabalho educativo no sentido de se valorizar a vida em todas suas etapas, e de esclarecimento a respeito das leis que emanam do Criador e regem a nossa vida, procurando contribuir com o aperfeiçoamento moral e espiritual da população.
Fonte: Aliança Municipal de Uberlândia

sexta-feira, 13 de abril de 2012

Sugestão de Filmes


TUDO DE BOM!!





Anencefalia e Espiritismo

ANENCEFALIA, UM SOFRIMENTO PROGRAMADO PELAS SOBERANAS LEIS DA VIDA.

Jorge Hessen/Brasília(*)


Pode parecer que os argumentos contrários ao aborto provocado sejam temas exclusivamente da religião. Uma reflexão mais atenta, contudo, apontará para rumos da alçada da própria ciência. Embriogenistas já identificaram a presença, no zigoto, de registros (“imprints”) mnemônicos próprios, que evidenciam a riqueza da personalidade humana, manifestando-se, muito cedo, na embriogênese. Em O Livro dos Espíritos Kardec indaga os Espíritos “Em que momento a alma se une ao corpo?” E a resposta em toda sua clareza é “... desde o instante da concepção, o espírito designado a habitar certo corpo, a este se liga por um laço fluídico”.[1]
Pesquisas demonstram a competência do embrião, seja na capacidade para autogerir-se mentalmente; seja na adequar-se a situações novas; selecionar situações e aproveitar experiências. Destarte, há sóbrias razões científicas para ir de encontro ao aborto, sobretudo o do “anencéfalo”. Sobre isso recordemos que com a biogenética vislumbramos a diversidade como o nosso maior patrimônio coletivo. E o embrião anormal, ainda que portador de séria insuficiência (anencefalia), compõe parte dessa diversidade. Deve ser, portanto, preservado e respeitado por subidas razões.
Os argumentos tal qual justificam a morte do “anencéfalo” serão os mesmo que corroboram a subtração da vida de qualquer outra pessoa – ou será que existem pessoas com mais vida e outras com menos vida? “A decisão do STJ em liberar a realização de abortos em casos de anencefalia não é correta. O “anencéfalo” é um ser vivo intra-útero. Ele nasce com vida e vai a óbito com minutos, dias, meses ou após anos. Se ele nasce vivo, o aborto é criminoso, pois lhe ceifa a oportunidade e a experiência da reencarnação.”[2]
Sobre o aborto, analisando-se a panorâmica geográfica da Terra observaríamos “o mundo atual estaria dividido em três partes iguais: uma parte que autoriza sem restrições (34 paises), outra parte que só autoriza em certos casos (37 paises) e uma terceira parte que não autoriza em nenhuma situação (33 países). Na América Latina só Cuba autoriza o aborto. O Brasil, com a infeliz medida ministerial, é o segundo país latino americano a autorizar abortos por anencefalia.” [3]
Divaldo Franco reflete sobre o assunto com o seguinte comentário: "o aborto, mesmo terapêutico, é imoralsegundo o conhecimento médico, o“anencéfalo” tem vida breve ou nenhuma. Assim sendo, por que interromper o processo reparador que a vida impõe ao espírito que se reencarna com essa deficiência? Será justo impedi-lo de evoluir, por egoísmo da gestante?”[4] O médium baiano recorda, ainda, “é torturante para a mãe que carrega no ventre um ser que não viverá, mas trata-se de um sofrimento programado pelas Soberanas Leis da Vida".[5] E mais "segundo benfeitores espirituais, a Terra vem recebendo verdadeiras legiões de espíritos sofredores e primários, que se encontravam retidos em regiões especiais e agora estão tendo a oportunidade de optar pelo bem de si mesmos".[6]
Invoca-se o direito da mulher sobre o seu próprio corpo como argumento para a descriminalização do aborto, entendendo o filho comopropriedade da mãe, sem identidade própria e é ela quem decide se ele deve viver ou morrer. “Não há dúvida quanto ao direito de escolha da mulher em ser ou não ser mãe. Esse direito ela o exerce, com todos os recursos que os avanços da ciência têm proporcionado, antes da concepção, quando passa a existir, também, o direito de um outro ser, que é o do nascituro, o direito à vida, que se sobrepõe ao outro.”[7]
Reconhecemos que a mulher que gera um feto deficiente precisa de ajuda psicológica por um período. Mas seria importante que inclinasse seu coração à compaixão e à misericórdia, encontrando o real significado da vida. Até porque essas crianças podem ser amamentadas, reagem aos carinhos e, óbvio, criam vínculos com os seus pais! Embora as suas deficiências são seres humanos providos de alma, necessitadas de extremo afeto!
Por fortíssimas razões não existem bases racionais que justifiquem o aborto dos chamados “anencéfalos”, e as proposições usadas não apresentam consistência científica, legal e muito menos ética.“A começar que não existem os “anencéfalos”, porque o termo “anencéfalo” (an + encéfalo) literalmente significa ausência de encéfalo, quando se sabe que em verdade esses fetos possuem alguma estrutura do encéfalo, como o tronco encefálico, o diencéfalo e, em alguns casos, presença de hemisfério cerebral e córtex!”[8]
O feto denominado equivocamente de “anencéfalo” possui preservada a parcela mais entranhada do encéfalo, matriz, portanto do controle autômato de funções viscerais, a saber: batimentos cardíacos e capacidade de respirar por si próprio, ao nascer. “Como ainda são obscuros, para nós, os mistérios da relação cérebro-mente, não podemos permitir que nossa ignorância seja a condutora de decisões equivocadas como a do abortamento provocado desse feto.[9]
Há relatos, nas publicações médicas, de crianças “anencéfalas” que viveram por vários meses sem o auxílio do suporte ventilatório. Aqui em Sobradinho, onde resido há vários anos, temos a história da menina Manuela Teixeira (ou Manu), que embora sendo autorizado o seu aborto pela justiça, por causa de sua má formação, ela sobreviveu por mais de três anos. “Manu” é a única brasileira que sobreviveu a uma doença que leva à má-formação dos ossos do crânio. Médicos diziam que a deformidade era incompatível com a vida. “No mundo, apenas 21 crianças conseguiram vencer os sintomas da doença que leva à morte poucos minutos após o parto”[10] e a menina Manuela Teixeira “morreu depois completar três anos de nascida, no dia 14 de setembro de 2003”.[11]Como se observa um feto, ainda que “anencéfalo”, não perde a dignidade nem o direito de nascer.
Os confrades favoráveis ao aborto do “anencéfalo” alegam que nele não há Espírito destinado à reencarnação conforme explica O Livro dos Espíritos. Porém, mister refletir que corpos para os quais poderíamos afirmar que nenhum espírito estaria destinado seriam os dos fetos teratológicos, monstruosos, que não têm nenhuma aparência humana, nem órgãos em funcionamento. Destarte, nada disto se aplica ao “anencéfalo”, “que constitui-se em um organismo humano vivo,(...) a consciência responde-nos, portanto, que a única atitude compatível com a Lei do Amor é a da misericórdia, a da compaixão, para com o feto “anencéfalo”.”[12]
Por fim cremos que mesmo na possibilidade de o feto ser portador de lesões graves e irreversíveis, físicas ou mentais, o corpo é o instrumento de que o Espírito necessita para sua evolução, pois que somente na experiência reencarnatória terá condições de reorganizar a sua estrutura desequilibrada por ações que praticou em desacordo com a Lei Divina. Dá-se, também, que ele se programe em um lar cujos pais, na grande maioria das vezes, estão comprometidos com o problema e precisam igualmente passar por essa experiência reeducativa.
Fontes de consulta:




[1] Kardec, Allan. O Livro dos Espíritos, Rio de Janeiro: Ed FEB, 2003, perg. 344
[2] Artigo: Razões Para Ser Contra o Aborto do Anencéfalo, publicado em Folha Espírita - Agosto/2004. Autoria deLaércio Furlan – médico e professor aposentado da UFPR; presidente da Associação Médico-Espírita do Paraná; coordenador da Campanha Vida, Sim À Gravidez – Não ao Aborto.
[3] Eliseu F. Mota Jr disponível em acessado em 21/12/05
[4] O jornal Folha Espírita, edição de janeiro de 2005.
[5] Idem
[6] Idem
[7] (Este texto – O aborto na visão espírita – aprovado pelo Conselho Federativo Nacional em sua Reunião Ordinária de 13 a 15 de novembro de 1999, em Brasília, constitui o documento que a FEB está levando, como esclarecimento, à consideração das autoridades do Governo Federal, do Congresso Nacional e do Poder Judiciário. As Entidades Federativas estaduais, por sua vez, realizam o mesmo trabalho junto aos Governadores, Deputados Estaduais, Prefeitos, Vereadores, outras autoridades e ao público em geral, em seus Estados.) Cf. Revista Reformador, Nº 2051, Fevereiro de 2000
[8] Artigo: Aborto dos Chamados "Anencéfalos": uma Violência sem Fundamento de Gilson Luís Roberto – Médico CREMERS - 18.749
[9] Dra. Irvênia Luiza de Santis Prada, pesquisadora e professora titular emérita da USP com mais de uma centena de trabalhos publicados, especialista em neuroanatomia animal.http://www.amebrasil.org.br/html/bio_quest.htm>acessado em 25/12/05
[10] A criança que desafiou a medicina Lilian Tahan - Correio Braziliense (28/2/2003)
[11] Jornal Correio Braziliense edição de15 set. 2003, p. 3, reportagem: “ Morre 

espiriteiro.blogspot.com.b