E a Vida Continua

segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

Mensagem


Mensagem


Morrer é voltar pra casa...

Quando a morte chega, com sua bagagem de mistérios, traz junto divergências e indagações.
Afinal, quando os olhos se fecham para a luz, o coração silencia e a respiração cessa, terá morrido junto a essência humana?

Materialistas negam a continuação da vida. Mas os espiritualistas dizem que sim, a vida prossegue além da sepultura.

E eles têm razão. Há vida depois da morte. Vida plena, pujante, encantadora.

Prova disso? As evidências estão ao alcance de todos os que querem vê-las.

Basta olhar o rosto de um ser querido que faleceu e veremos claramente que falta algo: a alma já não mais está ali.

O Espírito deixou o corpo feito de nervos, sangue, ossos e músculos. Elevou-se para regiões diferentes, misteriosas, onde as leis que prevalecem são as criadas por Deus.

Como acreditar que somos um amontoado de células, se dentro de nós agita-se um universo de pensamentos e sensações?

Não. Nós não morreremos junto com o corpo. O organismo voltará à natureza - restituiremos à Terra os elementos que recebemos - mas o Espírito jamais terá fim.

Viveremos para sempre, em dimensões diferentes desta. Somos imortais. O sopro que nos anima não se apaga ao toque da morte.

Prova disso está nas mensagens de renovação que vemos em toda parte.

Ou você nunca notou as flores delicadas que nascem sobre as sepulturas? É a mensagem silenciosa da natureza, anunciando a continuidade da vida.

Para aquele que buscou viver com ética e amor, a morte é apenas o fim de um ciclo. A volta para casa.

Com a consciência pacificada, o coração em festa, o homem de bem fecha os olhos do corpo físico e abre as janelas da alma.

Do outro lado da vida, a multidão de seres amados o aguarda. Pais, irmãos, filhos ou avós - não importa.

Os parentes e amigos que morreram antes estarão lá, para abraços calorosos, beijos de saudade, sorrisos de reencontro.

Nesse dia, as lágrimas podem regar o solo dos túmulos e até respingar nas flores, mas haverá felicidade para o que se foi em paz.

Ele vai descobrir um mundo novo, há muito esquecido. Descobrirá que é amado e experimentará um amor poderoso e contagiante: o amor de Deus.

Depois daquele momento em que os olhos se fecharam no corpo material, uma voz ecoará na alma que acaba de deixar a Terra.

E dirá, suave: Vem, sê bem-vindo de volta à tua casa.


* * *

A morte tem merecido considerações de toda ordem, ao longo da estada do homem sobre a Terra.

É fenômeno orgânico inevitável porque a Lei Divina prescreve que tudo quanto nasce, morre.

A morte não é pois o fim, mas o momento do recomeço.

Pensemos nisso.

Redação do Momento Espírita
(Facebook - Eliane Damasceno)

sábado, 26 de janeiro de 2013


Livro Loucura e Obsessão, Cap. 21, Manoel Philomeno de Miranda, Divaldo Franco.

A morte, examinada do ponto de vista terrestre, prossegue sendo a grande destruidora da alegria e da esperança, que gera dissabores e infortúnios entre os homens.
Interrompendo os programas estabelecidos, propicia frustração e amargura, naqueles que permanecem no corpo, em razão das conjunturas em que se encontram.
Não possuindo, os homens, a visão correta sobre a realidade da vida, investem, no corpo, os objetivos imediatos da existência física, o máximo de valores, esquecendo-se de colocar na sua planificação a inevitável ocorrência da desencarnação.
Anestesiando a razão, mediante processo automatista, quase inconsciente, a fim de ignorar-lhe a presença, evitam a abordagem do fenômeno biológico de transformação, assim evadindo-se do dever de uma análise mais profunda em torno do ser e da vida.
Como consequência, quando se deparam com essa fatalidade, são tomados, quase sempre, de estupor ou desespero, de amargura ou revolta.
O egoísmo, que lhes predomina em a natureza, fá-los anelar pela permanência física dos seres queridos, mesmo quando enfermos ou limitados, sem que sejam consideradas as bênçãos que os aguardam após a libertação.
Eis por que, do ponto de vista espiritual, a morte significa o retorno para o lar, donde se procede, antes de iniciada a viagem para o aprendizado na escola terrena, sempre de breve duração, considerando-se a perenidade da vida em si mesma.
Desse modo, em expressivo número de vezes, para morrer é necessário possuir merecimento.

http://precedeluz.com.br

Artigo


Relembrando os que se foram

Relacionamos algumas perguntas feitas por Allan Kardec e as respostas dadas pos Espíritos Superiores contidas em “O Livro dos Espíritos” a respeito das homenagens que fazemos aos desencarnados e os sofrimentos que carregamos pela ausência de um ente querido que já se foi.
Pergunta 320. Os espíritos são sensíveis à saudade dos que os amavam na Terra?
Resposta: Muito mais do que podeis julgar. Essa lembrança aumenta-lhes a felicidade, se são felizes, e se são infelizes, serve-lhes de alívio.

Pergunta 321. O dia de comemoração dos mortos tem alguma coisa de mais solene para os Espíritos? Preparam-se eles para visitar os que vão orar sobre os túmulos?
Resposta: Os Espíritos atendem ao chamado do pensamento nesse dia como nos outros.
Pergunta 321-a. Esse é para eles um dia de reunião junto às sepulturas?
Resposta: Reúnem-se em maior número nesse dia, porque maior é o número das pessoas que os chamam. Mas cada um só comparece em atenção aos seus amigos, e não pela multidão dos indiferentes.
Pergunta 323. A visita ao túmulo proporciona mais satisfação ao Espírito do que uma prece feita em sua intenção?
Resposta: A visita ao túmulo é uma maneira de se manifestar que se pensa no Espírito ausente: é a exteriorização desse fato. Eu já vos disse que é a prece que santifica o ato de lembrar; pouco importa o lugar, se a lembrança é ditada pelo coração.
Pergunta 326. A alma que volta à vida espiritual (isto é, o espírito quando desencarnado) é sensível às honras que tributam aos seus despojos materiais?
Resposta: Quando o Espírito já chegou a certo grau de perfeição, não tem mais vaidade terrestre e compreende a futilidade de todas as coisas…
Pergunta 329. O respeito instintivo do homem pelos mortos, em todos os tempos e entre todos os povos, é um efeito da intuição da existência futura?
Resposta: É uma consequência natural. Sem ela, esse respeito não teria sentido.
Pergunta 924. A perda de entes queridos não nos causa um sofrimento tanto mais legítimo quanto ela é irreparável e independente da nossa vontade?
Resposta: Essa causa de sofrimento atinge tanto o rico quanto o pobre: é uma prova ou expiação e lei para todos. Mas é uma consolação poderdes comunicar-vos com os vossos amigos pelos meios de que dispondes, enquanto esperais o aparecimento de outros mais diretos e mais acessíveis aos vossos sentidos.

http://precedeluz.com.br/wordpress/2012/desencarnacao/relembrando-os-que-se-foram/

"O Magnestismo do Banho" 
 por André Luiz.*

O poder da água.
O contato da água no corpo provoca um estímulo magnético que percorre
todo o organismo, deixando-o calmo, e preparando-o para o sono reparador
ou para as lutas de cada dia. O banho diário, quando encontra na mente
apoio, torna-se um passe.
Além das virtudes curativas da água, enxertar-se-ão fluidos magnéticos,
de acordo com a irradiação da alma.
A disciplina dos pensamentos é uma fonte de bem-estar na hora da higiene
do instrumento carnal.
No instante do banho é preciso que se entenda a necessidade da alegria,
que nosso pensamento sustente o amor, até um sentimento de gratidão à
água que nos serve de higiene.
Visualize, além da água que cai em profusão, como fluidos espirituais
banhando todo o seu ser.
O impulso dessa energia destampa em nosso íntimo a lembrança da fé, da
esperança, da solidariedade, do contentamento e do trabalho.
Por este motivo, banho e passe, conjugados, são uma magia divina ao
alcance de nossas mãos.
O chuveiro seria como um médium da água e esta o fluido que vivifica o
corpo.
Poder-se-á vincular o banho ao passe, e ele poderá ser uma transfusão de
energias eletromagnéticas, dependendo do modo pelo qual nós pensamos
enquanto nos banhamos.
Uma mente ordenada na alta disciplina e pela concentração, em segundos,
selecionará, em seu derredor, grande quantidade de magnetismo espiritual
e os adicionará, pela vontade, na água que lhe serve de veículo de
limpeza física, passando a ser útil na higiene psíquica.
Observem que, ao tomar banho, sentimo-nos comovidos, a ponto de nos
tornarmos cantores!
E a alegria advinda da esperança nos chega da água, que é portadora dos
fluidos espirituais, que lhes são ajustados por bênção do amor.
O lar é o nosso ninho acolhedor, e nele existem espíritos de grande
elevação, cuja dedicação e carinho com a família nos mostrará como Deus
é bom.
Essa assistência atinge, igualmente, as coisas materiais, desde a
harmonização até o preparo das águas que nos servem.
Quantas doenças surgem e desaparecem sem que a própria família se
conscientize disso?
É a misericórdia do Senhor pelos emissários de Jesus, operando na
dimensão oculta para os homens, e encarregados de assistir ao lar.
Eles colocam fluidos apropriados nas águas para o banho, e nas que
bebemos. E, quando eles encontram disposições mentais favoráveis,
alegram-se pela grande eficiência do trabalho.
Na hora das refeições, é sagrado e conveniente que as conversas sejam
agradáveis e positivas.
No momento do banho, é preciso que ajudemos, com pensamentos nobres e
orações, para que tenhamos mãos mais eficientes operando em nosso favor.
Se quisermos quantidade maior de oxigênio nitrogenado, basta pensarmos
firmemente que estamos recebendo esses elementos, e a natureza nos dará
isto, com abundância. É o "pedi e obtereis", do Cristo. E, com o
tempo,estaremos mestres nessa operação que pode ser considerada uma
alquimia.
A alegria tem também bases físicas.
Um corpo sadio nos proporcionará facilidades para expressar o amor.
Quando tomar o seu café pela manhã, tome convicto(a) de que está
absorvendo, juntamente com os ingredientes materiais, a porção de
fluidos curativos, de modo a desembaraçar todo o miasma pesado que
impede o fluxo da força vital em seu corpo.
E sairá da mesa disposto(a) para o trabalho, como também para a vida.
Despeça-se de sua família com carinho e atenção, e deixe que vejam o
brilho otimista nos seus olhos, de maneira a alegrar a todos que o amam;
assim, eles lhe transmitirão as emoções que você mesmo despertou neles e
isso lhe fará muito bem.
Lembre-se de que um copo de água que tome, onde quer que seja, pode ser
tomado e sentido como um banho e passe internos.
Não se esqueça de bebê-lo com alegria e amor, lembrando com gratidão de
Quem lhe deu essa água tão necessária, pois se ela vem rica de dons
espirituais, aumentará a sua conexão com o divino poder interno.
É muito bom estar consciente a cada coisa que nos acontece e estar
agradecido, se sentindo abençoado(a) e cheio(a) de amor.
A consciência, a gratidão e o amor são dois caminhos paralelos, que a
felicidade percorre com alegria.


André Luiz

(Recebido pelo amigo Carlo Roberto)

Poesia


SERENATA
(Cecília Meireles)
“… Permita que eu feche os meus olhos,
pois é muito longe e tão tarde!
Pensei que era apenas demora,
e cantando pus-me a esperar-te.
Permite que agora emudeça:
que me conforme em ser sozinha.
Há uma doce luz no silencio,
e a dor é de origem divina.
Permite que eu volte o meu rosto
para um céu maior que este mundo,
e aprenda a ser dócil no sonho
como as estrelas no seu rumo …”
 
 
'Permita, Deus, que na luz do silêncio possamos Te encontrar sentindo-Te tão próximo, voltar nossa face às tuas infinitas belezas, e sem bramir, elevar a nossa alma até sua excelsa casa, além desse mundo.'

Que todos tenham um ótimo dia...

(Recebido pelo amigo Marco Aurélio... obrigada querido; esse poema veio em ótima hora.)

sábado, 5 de janeiro de 2013

Mensagem


SILÊNCIO
(Madre Tereza de Calcutá)

SILÊNCIO É MISERICÓRDIA

Quando você não revela aos outros a falta de seus irmãos.
Quando você prontamente perdoa sem remexer o passado.
Quando você não julga, mas ora em seu coração.

SILÊNCIO É PACIÊNCIA

Quando você aceita sofrimentos sem reclamar, alegremente.
Quando você não procura consolações humanas.
Quando você não se torna muito excitado, mas espera,
 com paciência que a semente germine.


SILÊNCIO É HUMILDADE

Quando não há competição.
Quando você considera a outra pessoa melhor do que você.
Quando deixa seu irmão brotar, crescer e amadurecer.
Quando você, alegremente, abandona tudo no Senhor,
quando as suas ações podem ser mal interpretadas.
Quando você deixa para outros a glória da recompensa.

SILÊNCIO É FÉ.
Quando você guarda silêncio porque sabe que o Senhor agirá.
Quando você renuncia a voz do mundo para manter-se
na Presença do Senhor.
 
SILÊNCIO É MANSIDÃO

Quando você não defende a si mesmo contra ofensas.
Quando você não clama por seus direitos.
Quando você deixa Deus defendê-lo.



http://www.bemviver.org/ 

Mensagem



A EXPECTATIVA
(Alexandra Torres)
Não falo eu da expectativa sadia, mas daquela que gera inaceitação das coisas ou pessoas quando elas não acontecem como queremos ou, não são o que gostaríamos. A expectativa que gera sofrimento. 
Para basear nosso raciocínio quero começar com um texto do Albino Teixeira*:
 
"O que mais sofremos?" 
O que mais sofremos no mundo:
Não é a dificuldade. É o desânimo em superá-la.
Não é a provação. É o desespero diante do sofrimento.
Não é a doença. É o pavor em recebê-la.
Não é o parente infeliz. É a mágoa de tê-lo na equipe familiar.
Não é o fracasso. É a teimosia de não reconhecer os próprios erros.
Não é a ingratidão. É a incapacidade de amar sem egoismo.
Não é a própria pequenez. É a revolta contra a superioridade dos outros.
Não é a injúria. É o orgulho ferido.
Não é a tentação. É a volúpia de experimentar-lhe os alvitres.
Não é a velhice do corpo. É a paixão pelas aparências.
Achei esse texto fantástico quando o li e, como ele me levou a pensar, resolvi compartilhá-lo com vocês.
O problema não são as coisas que acontecem na nossa vida, nas a forma de olhá-las, de recebê-las. É a nossa capacidade de aceitação e transformação do presente. Da ressignificação do fato.
Porque pior do que o problema, a perda, a dor, é o acumulo de energia mental negativa que colocamos nele, a aflição, baseados em processos internos como medos, baixa resiliência, baixa auto estima, rigidez de conceitos, egoismo, melindres, entre outros ...
Vamos pensar juntos em item por item do texto?
"Não é a dificuldade. É o desânimo em superá-la."
É verdade. Dificuldades todos nós temos. Não tem essa de "a minha é maior do que a sua", pois o que é maior ou não é a capacidade pessoal de superá-la. Isso sim é maior ou menor em cada um de nós. Por que para algumas pessoas uma dificuldade é motivadora e em outros paralisante? Porque isso é uma reação pessoal, a partir de como as encaramos.
"Não é a provação. É o desespero diante do sofrimento".
É verdade. Dores e testemunhos todos nós, sem exceção, vamos ter e passar. O que diferencia a superação ou não disso é a postura íntima, se de vítima do destino, ou de aprendiz da vida. Quando optamos pelo primeiro caso certamente a provação será bem pior. Quando escolhemos a segunda opção usamos o momento para crescer e aprendercomo pessoas.
"Não é a doença. É o pavor em recebê-la."
A própria medicina da terra diz que em qualquer tratamento de saúde a adesão espontânea ao tratamento, o otimismo, a confiança, o bom humor pode ajudar e muito, sendo até em alguns casos, determinantes para o restabelecimento.
Para quem tem medo dela, tudo se torna mais difícil. Vamos combinar que não tem nada pior do que ficar de cama e doente, pior ainda, quando são de doenças graves como o câncer. Mas nos diz a medicina holística que quando a doença chega é um recado do nosso corpo para nós mesmos nos informando que algo está errado conosco, no nosso sentimento, no nosso emocional ou mental. Portanto, tentar entender os "recados" do corpo é um bom exercício para evitarmos as doenças.
"Não é o parente infeliz. É a mágoa de tê-lo na equipe familiar."
Ih, é verdade. Ficamos alimentando mágoas contra familiares e agregados ao invés de tentar resolver as coisas e, quando não há como solucioná-las, preferimos viver 24h com o desafeto dentro de nós do que nos libertarmos dessa amarra. Quem guarda mágoa "dorme com o desafeto toda noite".
"Não é o fracasso. É a teimosia de não reconhecer os próprios erros."
Aqui fala alto o orgulho. Quando não aceitamos a nossa participação com atitudes equívocadas nas situações de fracasso na nossa vida perdemos a oportunidade do crescimento, do acertar mais à frente. Isto porque vamos colocar a responsabilidade fora de nós e, do lado de fora nós não temos nenhum poder de mudança. Só enxergando a nós mesmos pudemos superar os fracassos e finalmente vencer, não o mundo, mas a si próprio.
"Não é a ingratidão. É a incapacidade de amar sem egoismo."
Muitas vezes alegamos que as pessoas (amigos, familiares, etc) nos abandonaram em momentos difíceis, delicados de nossa existência. Em alguns casos as pessoas não eram de fatos amigos, mas apenas aproveitadores do nosso bem estar e esses caem fora mesmo, sem dó nem piedade. Entretanto, em outros casos não paramos para pensar se não fomos nós os primeiros a "nos distanciarmos daqueles que nos queriam bem", se não fomos nós a colocar barreiras para evitar a aproximação. E ai sofremos porque ficamos cobrando uma retratação dos outros, quando muitas vezes eles apenas reagiram a nossa ação de afastamento. E vivemos mentalmente alimentando melindre, raiva por nos sentirmos "abandonados". O problema fica muito, mas muito maior do que realmente o é. Isso nada mais é do que a nossa velha e boa mania de "dar e querer receber em troca" pelo que damos.
"Não é a própria pequenez. É a revolta contra a superioridade dos outros."
Aqui entra uma coisa "trash" chamada inveja. Nos achamos incompetentes, não acreditamos em nós e terminamos nos incomodando com a superioridade do outro, com o que vemos nele, queríamos ter, mas achamos ou sabemos que não temos. Isso nos gera uma revolta interna e a pessoa passa a ser alvo da nossa inveja. Bom seria se pegássemos as qualidades que vemos no outro e buscássemos admirá-las e introduzi-las devagarinho dentro de nós, no que se chama da inveja construtiva, ao invés de viver "envenenados" com nosso próprio veneno.
"Não é a injúria. É o orgulho ferido."
Tem um ditado que diz que não existe ofensa, e sim, ofendidos. É verdade. O orgulho fala alto e não paramos para pensar que, se não somos nada do que estão dizendo de nós ou a nós, não precisamos nos alterar. Apenas devolver o presente para quem o trouxe e deixá-lo ir embora com ele. 
"Não é a tentação. É a volúpia de experimentar-lhe os alvitres."
Aqui entra aquela célebre frase: "a carne é fraca". Não. Quem é fraco é o espírito que não educado para o que verdadeiramente ele precisa ou não, se deixa levar pelo desejo de fazer o que não deveria. Por isso, a tentação nada mais é do que o clamor interno por transgredir as regras, os limites, ou seja, o desejo de fazer mesmo sabendo que é equivocado.
"Não é a velhice do corpo. É a paixão pelas aparências."
Bom aqui entra a inaceitação das pessoas por algo inerente a tudo na natureza, inclusive ao homem: o passar do tempo. Pessoas há que vivem angustiadas porque as rugas estão chegando, os cabelos prateando, o corpo se transformando. Se prendem a uma imagem do passado, da época do viço e querem perpetuar aquele rosto jovem presente na foto para sempre, através das plásticas, dos botox, das deformações faciais. Querem enganar a si mesmas dizendo que o tempo não está passando, mas não conseguem enganar ao próprio tempo. Viram espectros do que eram, vivem de passado e deixam de aproveitar e viver do presente com a sabedoria que só o tempo presente trás. Amam demais a "imagem exterior" e esquecem da beleza interna, são os "sepulcros caiados" da modernidade.
Em resumo gente: a solução para as nossas existências é diminuir ou extinguir a carga de aflição que colocamos em tudo na nossa vida, sem necessidade. Por isso, exercitar a aceitação diante das expectativas não consumadas e dos fatos que norteiam a nossa existência é uma atitude sábia que significa saúde física e emocional. 
Quem se coloca como aprendiz diante da vida vive mais feliz, está mais aberto ao novo, ao que renova e, consecutivamente, à conquista da felicidade.
Por isso desejo que você exercite a "arte da aceitação" e trate de mudar os rumos da sua vida para que ela lhe seja doce e saborosa e, menos aflitiva.
http://www.bemviver.org/leitura.complementar.htm

A Morte da Gata


As duas meninas, sete e nove anos, brincavam na calçada.
Nas proximidades, a gata rueira, impossível de ser contida nos limites da casa, como todos os felinos.
A bichana resolveu atravessar a rua.
Um automóvel aproximava-se, veloz.
Ela esgueirou-se, rápido.
Escapou por um triz, como sempre, valendo-se das “sete vidas” com que o imaginário popular brinda a agilidade dos felinos.
Certamente gastou a última, porquanto outro carro vinha em sentido contrário e a pobre foi colhida por rodas implacáveis.
Em segundos expirava, velada pelas meninas que choravam em desolação, traumatizadas com a violência presenciada, inconformadas com a perda de sua Juju.

***
– Papai, a Juju cumpriu um carma?
– Não, filhinha. Animais não têm dívidas a pagar. São conduzidos pelas forças da Natureza, sob orientação do instinto.
– Mamãe dizia que era uma criminosa, destruidora de cortinas e estofados!
– Não fazia por mal… Apenas afiava as garras, como todo felino.
– Podemos orar por ela?
– Certamente! Será como se lhe fizessem um carinho à distância.
– Quando morrermos, vamos encontrá-la?
– Talvez… As almas dos animais não costumam demorar-se no Além.
– Animal também reencarna?
– Sim. Faz parte de sua evolução.
– Gato pode reencarnar como cachorro?
– Sem dúvida, e também em outras espécies, em constante desenvolvimento, ao longo dos milênios.
– Que bom papai! A Juju poderá voltar como filha de nossa Baby!
***
Algum tempo depois, Baby, a cadelinha, despeja no mundo quatro filhotes.
As meninas encantam-se, particularmente com a menor.
– Veja, papai! Tem a mesma cor de nossa Juju e até os olhos puxadinhos. Deve ser ela!
– Pode ser, filhinha – sorriu o pai, condescendente.
Não seria caridoso contestar a animadora fantasia.
Afinal, não era impossível… Como devassar os meandros da evolução, a progressão das experiências, as espécies a que se liga o princípio espiritual, na longa jornada rumo à consciência?…
– Podemos ficar com ela?
– Se quiserem…
– Vai chamar-se Juju.
– Tudo bem.

***
Observando o entusiasmo das meninas, conjecturava o pai, com seus botões:
“Ah! Vida abençoada! Sempre a brotar, irresistível, plena de esperanças, sobrepondo-se à desolação da morte!”

Livro Para Rir e Refletir
http://www.richardsimonetti.com.br/artigos/exibir/89