E a Vida Continua

terça-feira, 27 de novembro de 2012

Música Espírita - Vaso Escolhido - Tim e Vanessa


LETRA

No deserto das incompreensões o amor de Deus a nos chamar
A nos levantar das lutas humanas e enxugar lágrimas de um mundo afã
Em Damasco, num portal de luz o inolvidável tecelão
Vai se encantar com a visão celeste,se curvar ante o seu Mestre
Se ofuscar com a luz amiga e entender a razão da vida enfim
Palavra em harmonia, canções maestramente entoadas
Por anjos de esferas sublimadas ao clarão que ofusca
O brilho do sol compadecido, inspirado, amável
Percorre os caminhos, acalma o gemido dos aflitos
De todos irmãos pequeninos, dos sedentos de Deus
De amor, pois Tu és o meu Vaso Escolhido
Necessário se faz amar, renovar-se no entendimento
Necessário é trabalhar, ser fiel no pouco e no muito
Necessário é esperar, a esperança é companheira
Necessário é perdoar, o amor mais puro se doa

Natal - Decorando a Casa

Guirlandas que você pode fazer!

Guirlanda de suculentas! Sonho, né? Eu sou apaixonada!


Essa é da Tok Stok, mas com jeitinho, a gente consegue fazer!

Guirlanda pra quem mora na Transilvânia! hahaha

Fofa essa de origami!


Olha que cute!

Sobrou aquele pedaço de feltro? Nada de jogar fora!


O bom, barato e velho botão!

Que maravilha esses enfeites de crochê!
E aí, qual a sua preferida?

http://lymello.blogspot.com.br

Mensagem do Dia


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Música Espírita - Sim Pro Amor - Plinio Oliveira

segunda-feira, 26 de novembro de 2012

Plinio Oliveira - Sim para o Amor

Tim e Vanessa - Alívio

Reciclando - Horta em Pet








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Mensagem do Dia


CURA  ESPIRITUAL

    Comece orando. A prece é luz na sombra em que a doença se instala.
     Semeie alegria. A esperança é medicamento no coração.
     Fuja da impaciência. Toda irritação é desastre magnético de consequências imprevisíveis.
     Guarde confiança. A dúvida deita raios de morte.
     Não critique. A censura é choque nos agentes da afinidade.
     Conserve brandura. A palavra agressiva prende o trabalho na estaca zero.
     Não se escandalize. O corpo de quem sofre é objeto sagrado.
     Ajude espontaneamente para o bem. Simpatia é cooperação.
     Não cultive desafetos. Aversão é calamidade vibratória.
     Interprete o doente qual se fosse você mesmo. Toda cura lança raízes sobre a força maior.

( Médium: Francisco Cândido Xavier - Do livro: "O Espírito da Verdade" - Ed. FEB)

quarta-feira, 21 de novembro de 2012

Artigo - Ajudar-se



É atribuída a Esopo história de um carroceiro que conduzia pesada carga.

Em dado momento, a carroça atolou em solo instável.
Os cavalos não conseguiam movê-la.
Olhando ao redor, notou a presença de Hércules, o herói grego.
Confiante, pediu-lhe auxílio. Estava diante de um filho dos deuses, o homem mais forte do Mundo!
Para sua surpresa, ouviu uma reprimenda:
– Faça força! Empurre! Estimule os cavalos! Se você não se dispuser a ajudar-se, não espere que eu o faça!
Certamente o prezado leitor conhece outras versões desta história, sempre enfatizando o óbvio:
Diante das dificuldades e problemas, é preciso fazer a nossa parte, se esperamos pela ajuda do Céu.
Benjamin Franklin, (1706-1790), um dos homens mais lúcidos e empreendedores do século XVIII, deu forma definitiva a essa idéia, no seu Almanaque, em 1736:
Deus ajuda quem se ajuda.
No século seguinte, Allan Kardec (1804-1869), consagraria o mesmo princípio, no capítulo XXV, de O Evangelho Segundo o Espiritismo, com a máxima sempre lembrada quando somos chamados a enfrentar os desafios humanos:
Ajuda-te que o Céu te ajudará.

***
Uma das características lamentáveis do ser humano, fruto de sua imaturidade, é a tendência ao acomodamento.
Inspira uma interpretação equivocada da Lei de Causa e Efeito, que induz à inércia em situações difíceis.
São encaradas como inexorável carma.
Puro engano!
Carma, amigo leitor, é o que não pode ser mudado.
Carma é a deficiência congênita, a esterilidade definitiva, a doença grave, a morte prematura…
Carma é o problema insolúvel, o prejuízo irreparável…
Nessas situações, compete-nos cultivar a resignação e a submissão aos desígnios divinos para que nos conservemos em paz.
É como ter um espinho no pé. Se não pode ser retirado, melhor andar com prudência, evitando agravar o ferimento e exacerbar as dores.
Quanto ao mais, são contingências da jornada terrestre, que haveremos de superar com a ajuda de Deus, se estivermos dispostos a nos ajudar, movimentando-nos para tirar o carro existencial desses “atoleiros”.

***
Vivemos hoje o terrível drama do desemprego que aflige multidões.
Carma coletivo?
Obviamente, não!
Trata-se de uma contingência gerada por inúmeros fatores:
Os desacertos dos governos, a recessão econômica, os avanços da tecnologia, a decantada globalização…
Sobretudo, o que faz o desemprego é o egoísmo que concentra riquezas, subtrai oportunidades e faz do Homem “o lobo do Homem”.
Sendo contingência, é superável.
Apelando para o Céu e confiando em Deus, haveremos de encontrar meios de prover à própria subsistência.
Ensina Jesus (Mateus, 7:7-8):
Pedi e se vos dará; buscai e achareis; batei à porta e se vos abrirá; porquanto, quem pede recebe e quem procura acha e, àquele que bata à porta, abrir-se-á.
Se orarmos de verdade, como Jesus ensinou, coração isento de mágoas, cérebro iluminado pela fé, nossa oração ganhará as alturas.
Logo virá a resposta, ensejando-nos meios para superar o embaraço.
Deus espera apenas que nos movimentemos, cultivando disposição e bom ânimo.
E que, a cada dia, batamos às portas da iniciativa e procuremos nossos caminhos desde os alvores da manhã, porquanto, enfatiza velho aforismo:
Deus ajuda quem cedo madruga.

Livro Luzes no Caminho - Richard Simonetti
http://www.richardsimonetti.com.br

Artigo - Poesia

O apagador..



O apagador é instrumento
De uso escolar
Serve para apagar
O que não se quer guardar

Se fizesses o mesmo
Com o teu coração
Serias o mais feliz
Desta bela Nação

Quando a leviandade
Te trouxer a dor
Usa à vontade
O apag-a-dor

Quando a maldade
Te levar ao desamor
Usa à vontade
O apag-a-dor

Quando a tirania
Te retirar o fulgor
Usa à vontade
O apag-a-dor

Quando a insegurança
Te levar ao temor
Usa à vontade
O apag-a-dor

O apag-a-dor é instrumento
De preciosa utilização
Apaga tudo o que não presta
Que carregas no coração

O apag-a-dor é o Evangelho
De Jesus de Nazaré
Que te fará mais feliz
Se o usares pelo teu pé.

Poeta alegre
Psicografia recebida por JC, na reunião mediúnica do CCE, C. Rainha, Portugal, em 11 de Setembro de 2012

sábado, 17 de novembro de 2012

A Coisa Mais Bela do Mundo

    
 Um artista que já era autor de muitas telas e grande beleza, pensou um dia em que ainda não havia pintado a " Sua Tela", tela que seria a expressão de sua arte. E como seguisse por uma estrada poeirenta a procurar por uma estrada poeirenta a procurar alguma ideia, encontrou-se com um velho padre que lhe perguntou o que pretendia fazer...
        _ Não sei ainda - respondeu o artista - Desejo pintar a coisa mais bela do mundo. Não poderá dizer-me qual seja?
        _ É muito simples - disse o padre.
        _ Você a encontrará em qualquer igreja ou crença. A coisa mais bela do mundo é a Fé.

        O artista continuou a caminhar. Daí a algum tempo encontrou-se com uma jovem noiva e perguntou-lhe qual era a coisa mais bela do mundo.
        _ É o amor - respondeu a moça. - O amor faz da pobreza, riqueza; suaviza as lágrimas e transforma as pequenas coisas em portentos. Sem ele, não existe a beleza.

      O artista prosseguiu a procurar. Como um veterano de guerra passasse tropegamente pelo seu caminho, o pintor fez-lhe a mesma pergunta. E o velho soldado respondeu:
        _ A coisa mias bela do mundo é a Paz. E a mais feia é a Guerra. Onde existe a paz, existe igualmente a beleza. 

        "Fé, Amor e Paz". Como poderei pintá-los? - perguntou a si mesmo o artista. E abanando tristemente a cabeça, voltou desanimado para casa.
        Mas ao transpor o seu limiar ele encontrou a coisa mais bela do mundo. No olhar de seus filhos, viu a Fé. No sorriso da esposa brilhava o Amor. E ali, no seu lar, havia a Paz a que se referira o soldado.

        Destarte, o artista conseguiu pintar a "coisa Mais Bela do Mundo". E, ao terminar seu trabalho, denominou-o LAR.

                                                                               W. O. Goodwin   (Transcrito)

Revista Espírita Allan Kardec - Ano III - N] 10 - p.18

quarta-feira, 14 de novembro de 2012

Sorvete em Camadas


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http://www.ohnuts.com/blog/2012/08/layered_peanut_butter_brittle_1.html

Homenagem - Vovó Meca

Vamos hoje homenagear VÓ MECA, a doce e querida mãezinha de Eurípedes Barsanulfo.
Era ela quem fazia os xaropes distribuídos na farmacinha...
Adorava a planta medicinal MALVA, e sempre que alguém a visitava em sua casa, dela levava uma folhinha....


Que VÓ MECA possa continuar a nos amparar e sempre guiar nossos corações para o verdadeiro amor!!!




Arte - Barrado Amarrado

Sempre quis aprender a fazer esse amarradinho... Dá um efeito lindo... Com a criatividade, podemos aplicá-lo, em cortinas, pano de prato, tapetes, etc...

Crie e Faça Você Mesmo



terça-feira, 13 de novembro de 2012

Mensagem do Dia

COMPREENDEI E PERDOAI.



          Filhos, a compreensão é a virtude que vos predispõe naturalmente ao perdão.
        Compreendei para perdoar.
        Não conserveis ressentimentos no coração, sabendo que aquele que vos decepciona é um companheiro vencido pelos seus próprios conflitos.
        Não exijais dos outros infalibilidade.
        Os amigos que seguem ao vosso lado, qual vos acontece, são espíritos assinalados por muitas limitações, aparentando exteriormente o que ainda não são.
        Compadecei-vos das mazelas alheias, não sobrecarregando os ombros daqueles que avançam, mal se agüentando ao peso da cruz.
        Não condicioneis a vossa conduta no bem à conduta de quem quer que seja; que a vossa fé não dependa da demonstração de fé dos que vos inspiram na jornada...
        Somente em Jesus Cristo devereis vos encorajar na luta.
        Os irmãos de crença espírita, principalmente os que se encontram servindo na mediunidade e os que ocupam posições de liderança, são, afinal, espíritos comprometidos com o passado: nenhum deles se encontra imune ao assédio das trevas.
        Não raro, o personalismo e a vaidade apenas ocultam nas almas uma estamenha de chagas...
        Os que intentam brilhar para o mundo estão longe de possuir luz própria.
        A rigor, muitos de nós outros não estamos ainda sequer preparados para uma maior proximidade com o Cristo - a possibilidade de semelhante convivência mais estreita nos levaria ao delírio.
        Quem, há séculos, se habituou nas sombras, só gradativamente se acostuma à claridade.
        O homem sem maior entendimento do Evangelho transfere a sua ambição concernente às coisas materiais para as coisas divinas.
        Os apóstolos não chegaram a disputar entre si a primazia de estarem, no Reino Celeste, ao lado do Senhor?
        Assim, tomai vós mesmos a iniciativa da exemplificação e da coragem de vivenciar, de forma irrepreensível, a crença que abraçastes.

BEZERRA DE MENEZES

segunda-feira, 12 de novembro de 2012

Alcoolismo e Obsessão

Ninguém está sozinho! Temos a opção de escolher qual a companhia que queremos ter. A obsessão é típica no caso do uso do álcool, veja como ocorre essa interação. http://www.tvmundialdeespiritismo.com/index.php?programa=16&video=111

Mensagem

Mensagem do Dia


 Facebook -Salve o Planeta

quinta-feira, 8 de novembro de 2012

Vícios e Danos Espirituais


      
 http://www.mocidadeamem.com.br/

"O homem que julga infalível a sua razão está bem perto do erro. Mesmo aqueles, cujas idéias são as mais falsas, se apoiam na sua própria razão e é por isso que rejeitam tudo o que lhes parece impossível. Os que outrora repeliram as admiráveis descobertas de que a Humanidade se honra, todos endereçavam seus apelos a esse juiz, para repeli-las. O que se chama razão não é muitas vezes senão orgulho disfarçado e quem quer que se considere infalível apresenta-se como igual a Deus. Dirigimo-nos, pois, aos ponderados, que duvidam do que não viram, mas que, julgando do futuro pelo passado, não crêm que o homem haja chegado ao apogeu, nem que a Natureza lhe tenha facultado ler a última página do seu livro."
(O Livro dos Espíritos, Introdução, ponto VII)

quarta-feira, 7 de novembro de 2012

Homenagem

Eurípedes Barsanulfo: "Homem Magnético"

Floriano Legado do Amaral
Há 94 anos, em 1º de Abril de 1907, Eurípedes Barsanulfo inaugurava o primeiro Colégio Espírita do Mundo, que tomou o nome Allan Kardec. O prédio, onde funciona até hoje é um monumento da arte arquitetônica, feito com alvenaria de primeira qualidade e com muito gosto artístico.
Não há história sem referencias numéricas e humanas. Na história do Espiritismo há uma infinidade delas. Na galeria dos referenciais humanos encontramos Eurípedes Barsanulfo, que amiúde é citado em palestras, artigos, ensaios, reportagens e livros, que viveu na cidade de Sacramento, no Estado de Minas Gerais, de 1º de Maio de 1880 a 1º de Novembro de 1918. Hoje, Eurípedes Barsanulfo é Patrono de inúmeras instituições espíritas.
Extraordinário médium e grande educador, cuja Pedagogia semelhava-se à metodologia do Emérito Professor Pestalozzi, mestre de Allan Kardec. Eurípedes Barsanulfo foi um herói, pois já em 1º de Abril de 1907, ele inaugurava o primeiro Colégio Espírita do Mundo, que tomou o nome Colégio Allan Kardec. O prédio, onde funciona até hoje é um monumento da arte arquitetônica, feito com alvenaria de primeira qualidade e com muito gosto artístico. Por tudo que Eurípedes Barsanulfo fez pela educação e pela divulgação da Doutrina Espírita num tempo em que o Catolicismo imperava e as dificuldades eram imensas para os que não freqüentavam as sacristias, cheguei a pensar que o Movimento Espírita está a lhe dever um importante e vistoso monumento. Hoje já não penso assim, porque vejo que ele em si mesmo é um monumento. Sua obra educacional e mediúnica é impar. Ela avalia perfeitamente o Professor e o valoroso espírita que foi, é o será sempre. Possuidor de várias faculdade paranormais, soube usá-las, com decoro e disciplina, em benefício do próximo necessitado. Curou muita gente com os recursos de sua paranormalidade e com remédios homeopáticos que distribuía graciosamente. "O trabalho mediúnico de Eurípedes Barsanulfo no Grupo Espírita "Esperança e Caridade" tomava proporções imensas,exigindo muitas horas de trabalho do médium. Ele quase não tinha tempo para se alimentar. Pela manhã, tomava dois ovos crus, no almoço comia empadinhas especiais que sua irmã Mariquinha (Maria Neomísia) lhe preparava. E frutas. E dormia, tão somente, de quatro a cinco horas por dia; sono, aliás, constantemente interrompido por pessoas que pediam remédios ou vinham chamá-lo para fazer um parto ou uma cirurgia mediúnica urgente. Em verdade, nem de madrugada tinha ele sossego.
"A Igreja, preocupada com o gigantesco trabalho que o Apóstolo da Caridade vinha desenvolvendo em nome do Espiritismo procurava, de alguma forma, obstá-lo - embora, no atendimento aos sofredores, Eurípedes Barsanulfo jamais lhes perguntasse a que religião pertenciam...
E a campanha dos padres e beatos começou a ser dirigida aos pais católicos no sentido de retirarem seus filhos do Liceu Sacramentano (em que Eurípedes Barsanulfo era professor). A campanha atingiu, inclusive, diretores e professores, os quais se demitiram em massa no mês de setembro. E Eurípedes Barsanulfo, para não deixar os alunos perderem um ano de estudos, apressou o exame final - marcado para novembro - foi realizado em outubro. Watersides Wilson, seu irmão, auxiliou- o nessa tarefa.
Eurípedes Barsanulfo já havia deixado a vereança para melhor cumprir sua missão espiritual e, agora, corria perigo do Liceu Sacramentano fechar suas portas...
A campanha clerical parecia vitoriosa. Só parecia, porque no lugar do Liceu Sacramentano surgiria, por iniciativa de Eurípedes Barsanulfo, o Colégio Allan Kardec, que superou as melhores expectativas e ganhou fama e muitos alunos.
"Durante seis anos consecutivos pode Eurípedes Barsanulfo desenvolver com relativo sossego sua dupla missão: a mediúnica e a de educador, ambas a exigir total abnegação. Dir-se-ia que os perseguidores o haviam esquecido..."
"Em 1913, porém, estando com trinta anos de idade viu-se, pela primeira vez, obrigado a defender, publicamente, as verdades espirituais. Duas polêmicas teve ele de sustentar quase ao mesmo tempo com líderes católicos; uma pela imprensa, outra em praça pública - e em ambas Eurípedes Barsanulfo, amparado pela Espiritualidade Superior, fez a Doutrina Espírita sair vitoriosa".
"O primeiro debate foi com o padre Feliciano Yague, de Campinas, missionário do Imaculado Coração de Maria e considerado notável pregador. Era homem de muita cultura e consta que dirigia o Colégio Saleziano. Veio ele a Sacramento a convite dos padres da Igreja Matriz com um único objetivo: destruir com sua poderosa dialética a influência de Eurípedes Barsanulfo e, pois, o famoso Colégio Allan Kardec..."
"Padre Yague chegou apoiado por intensa publicidade. E, no domingo pela manhã, a Igreja Matriz estava superlotada de curiosos. Compareceram, inclusive, chefes políticos da região. Terminada a missa, padre Yague subiu ao púlpito e, apoplético, fez desabar sobre o Espiritismo uma tempestade de inverdades, classificando os espíritas de "adeptos do diabo".
"A figura de Eurípedes Barsanulfo o padre deixou para o fim do sermão". Arrasou-a, inclusive, com impropérios e, para provar que a Doutrina Espírita era diabólica, cometeu um grave erro: desafiou o médium para um debate em praça pública..."
"Ora, Eurípedes Barsanulfo desdobrava-se com muita facilidade e fora, em Espírito, ouvir a pregação do padre. Quando os amigos vieram contar-lhe sobre o desafio o apóstolo, tranqüilo, respondeu:
- O nosso irmão pregador está exaltado. Mas não posso silenciar neste caso. Não que me sinta ofendido, mas porque a Doutrina Espírita foi desfigurada, publicamente. Digam ao padre Feliciano Yague que desejo encontrar- me com ele na casa do coronel José Afonso de Almeida para acertarmos o dia, local, hora e outros detalhes que se fizeram necessários.”
"Quem levou o recado foi o espírita João Gonçalves Rios. E, logo depois, José Afonso de Almeida, um dos homens mais respeitados de Sacramento (era coronel da Guarda Nacional e presidente da Câmara Municipal) recebia em sua sala de visitas o padre Feliciano Yague, Eurípedes Barsanulfo, Watersides Wilson, Orígenes Tormim e o padre Julião Nunes. O coronel aceitou a proposta de dirigir o debate e determinou que seria realisado no dia vinte e oito de outubro (1913), a uma hora da tarde, no coreto da Praça da Matriz. E mais ficou estipulado: os oradores fariam uso da palavra, alternadamente - trinta minutos cada um pelo espaço de duas horas."
- E o tema? perguntou o coronel, alisando o cavanhaque. O tema central?"
"O padre Feliciano, então, prontificou-se a provar que o Espiritismo é o ateísmo; que os fenômenos de Espiritismo não se podem explicar sem a intervenção diabólica; que o Espiritismo não é religião e nem ciência... Cinco pontos capitais. E o coronel José Afonso de Almeida, a pedido de Eurípedes Barsanulfo e com a concordância do padre Yague mandou que se lavrasse uma ata da reunião, o que foi feito, imediatamente. Leu-a em seguida em voz alta e pediu aos presentes que assinassem. Era uma medida de precaução: com a ata nenhuma das partes poderia fugir ao compromisso...
"Uma hora depois a população ficou a par da polêmica religiosa. No centro da cidade e na periferia não se falava de outro assunto. A notícia atravessou as fronteiras e vieram de outras cidades caravanas espíritas. E, no dia marcado, agruparam-se na Praça da Matriz aproximadamente duas mil pessoas! No coreto já se viam Eurípedes Barsanulfo ao lado de seu desafiante padre Yague, o coronel José Afonso de Almeida, padre Julião Nunes e o padre Pedro Ludovico de Santa Cruz; este último, é preciso que se diga, por força das circunstâncias, possuía um clube de jogo de baralho, era banqueiro do jogo do bicho e carregava dentro da batina dois revólveres."
"O ambiente era nefasto; mas a presença do coronel José Afonso de Almeida representava uma garantia. E a palavra foi franqueada ao padre Feliciano Yague, o qual, quase freneticamente, entrou direto no tema inicial. Mas, sua dialética aplicada contra o Espiritismo em nada o ajudou porque o padre partia de uma inverdade, ou seja; o Espiritismo é o ateísmo. Os intelectuais de Sacramento sentiram logo que ele perderia a polêmica. Suas divagações tornaram-se por demais tortuosas e, como era de esperar-se, trouxe à baila o "Inferno" e, assim, fugiu do tema, certamente para confundir Eurípedes Barsanulfo...
"Deus (disse o padre, gesticulando para a multidão) declara existir o inferno; o Espiritismo o nega; logo, o Espiritismo acha Deus ignorante, porque ignora a existência do inferno ou mentiroso, porque, em sabendo, declara ser irreal a sua existência.
"E, assim, com um sofisma silogístico o padre Yague viu o coronel apontar-lhe o relógio; trinta minutos se haviam passados. As duas mil pessoas entreolharam-se. Eurípedes Barsanulfo, então, sempre cavalheiro, cumprimentou o seu opositor e pediu aos presentes que pensassem em Deus - e, arrebatado, com sua voz atenorada e com timbre cristalino fez de improviso uma prece, sem esquecer de implorar a proteção para o padre Feliciano Yague e todos os que não compreendiam, ainda, as Verdades Divinas. E deu início ao seu discurso sob a inspiração de Santo Agostino.
"As frases fluíam de sua boca vertiginosamente, cheias de sabedoria e bondade. E mais: eram eles compreendidas, inclusive, pelos homens mais simples. Então, todos os andaimes do edifício construído pelo padre Yague com sofisma e expressões violentas começaram a ruir: o Espiritismo é o ateísmo... os fenômenos do Espiritismo não se podem explicar sem a intervenção diabólica... O Espiritismo não é religião... O Espiritismo não é ciência... Foi em vão a réplica do padre.
"No final da polêmica Eurípedes Barsanulfo estava, ainda, como que transfigurado. A multidão, então, aplaudi-o e quis carregá-lo em triunfo pelas ruas. Mas, o médium pediu calma e rodeado por parentes e amigos regressou, rápido, à sua casa.
"No dia seguinte, sem que ninguém notasse, o padre Feliciano Yague tomou o caminho para Campinas, enquanto os beatos mais exaltados de Sacramento espalhavam pelas esquinas, armazéns e bares dúvidas a respeito da derrota do pregador campineiro... Eurípedes Barsanulfo, então, mandou imprimir um boletim com a síntese da polêmica e distribuiu-o entre o povo e cidades vizinhas. E encerrou a questão."
Que pena, tenho tanto ainda para falar de Eurípedes Barsanulfo, mas o espaço acabou. Remeto, então, os que quiserem saber mais sobre essa figura maravilhosa à obra Eurípedes Barsanulfo, O Apóstolo da Caridade, de Jorge Rizzini, publicado por Edições Correio Fraterno. Jorge Rizzini, fez ampla pesquisa de campo em Sacramento e pôs tudo no papel, para que a posteridade saiba quem foi Eurípedes Barsanulfo.

(Publicado no Correio Fraterno do ABC Nº 367 de Agosto de 2001)