E a Vida Continua

sexta-feira, 15 de novembro de 2013

Reflexão - Beleza




 A beleza de cada um

No momento em que a mídia enfatiza a beleza como questão de êxito para o sucesso e condição para se enriquecer de forma muito rápida;
no momento em que se observa que muitos dos nossos jovens estão mais preocupados em mostrar e explorar o corpo, do que em conquistar valores reais;
cabe-nos proceder a uma pequena pausa para meditação a respeito dos caminhos que temos buscado trilhar e daqueles que estamos apontando para os nossos filhos.
Conta-se que um homem acabrunhado entrou em um templo para fazer as suas orações. Em determinado momento, confidenciou a Deus:
Senhor, eu estou aqui porque em templos não há espelhos, pois nunca me senti satisfeito com minha aparência.
Então, na intimidade da consciência, ele começou a ouvir uma voz que lhe dizia, com entonação paternal:
Meu filho, nenhuma das minhas obras surgiu ou ficou sem beleza, pois, lembre-se, que tudo criei com amor.
A aparente feiura é resultado da miopia dos homens, que não sabem, por vezes, descobrir a beleza oculta.
De toda forma, lembre que não importa se o seu corpo é gordo ou magro. O que tem capital importância é que ele é o templo do Espírito imortal. Merece toda a consideração, pois, graças a ele, o Espírito atua no mundo para seu próprio crescimento.
Não importa se seus braços são longos ou curtos. O que tem valor é o desempenho do trabalho honesto que executam.
Não importa se as suas mãos são delicadas ou grosseiras. Sua função é distribuir o bem às outras criaturas. É acarinhá-las e lhes transmitir bem-estar.
Não importa a aparência dos pés. Sua função é tomar o rumo do amor e da humildade.
Não importa o tipo de cabelo, cor, comprimento e se existe ou não numa cabeça. O que importa são os pensamentos que por ela passam e que ela transmite, como criação sua, beneficiando ou destruindo seus irmãos.
Não importa a forma ou a cor dos olhos. O que importa é que eles vejam o valor da vida e, assim ilustrados, colaborem para demonstrar esse valor a outros tantos seres que não gozam da mesma facilidade.
Não importa o formato do nariz. O que importa é inspirar e expirar bom ânimo, entusiasmo, fé.
Não importa se a boca é graciosa ou sem atrativos. O que importa são as palavras que dela saem, edificando vidas ou destruindo pessoas.
*   *   *
Se você não está feliz com a sua aparência física, medite a respeito. Olhe-se no espelho, outra vez, e descubra o brilho dos seus olhos graças ao amor que lhe vai na alma.
Agradeça a possibilidade de um corpo para viver sobre a Terra, nosso lar e nossa escola.
Finalmente, recorde de grandes vultos da Humanidade, que não ganharam prêmios ou foram admirados pela sua beleza física, mas transformaram as comunidades, influenciaram o mundo com seus gestos extraordinários.
Lembre da pequenina irmã Dulce, da Bahia, da também pequena em estatura Madre Teresa de Calcutá.
Por fim, de nosso Francisco Cândido Xavier que, de sua casa, em Uberaba, portador de variadas complicações físicas, espalhava luz para o mundo, através das suas mãos envelhecidas pelo tempo.
Pense nisso.

Redação do Momento Espírita, com variações
a partir do texto 
O espelho, de autoria
desconhecida.
Em 14.11.2013

Reflexão



O JOGO  MAIS CARO DO MUNDO
Eis o título da matéria de um periódico de alcance nacional, apresentando o lançamento de um esperado jogo de videogame.
O game, que está no seu quinto volume, declara-se como o mais caro de todos os tempos, pelas mais de duas centenas de milhões de dólares que custou para ser desenvolvido.
Porém, o que é realmente preocupante, e que sairá muito caro para a sociedade, é o seu conteúdo extremamente violento.
A matéria afirma que nas cenas mais leves do jogo, o jogador tem de atirar em policiais e roubar inocentes, e nas mais pesadas, sequestra e tortura um personagem usando um alicate.
Ficamos a pensar: estamos no Século XXI, cansados de guerras, aterrorizados pela violência do mundo, buscando encontrar soluções de todas as formas para ela mas, ao mesmo tempo, querendo brincar de ser mausbrincar de trazer a violência para dentro de casa?
Sim, pois é isso que os jogadores afirmam. Que se trata de uma brincadeira, de um simulador num mundo virtual.
Os criadores do game em questão contam, orgulhosos, que a ideia surgiu quando, num outro simulador, controlando um carro de polícia pelas ruas, perceberam que era muito mais divertido atropelar pessoas do que perseguir criminosos.
O brinquedo em questão só é recomendado para maiores de dezoito anos e é proibido em diversos países. Mas quem é capaz de fazer esse controle?
Sim, já pode estar em nossos lares, influenciando negativamente nossos filhos.
Muito se discute se tais jogos violentos influenciam ou não no temperamento e na atitude das crianças e jovens.
Será que precisamos de pesquisas para entender que sim?
Se esse tipo de tema nos atrai, se sentimos vontade de assumir papéis de criminosos, de torturar pessoas, de atropelar inocentes, mesmo que num mundo virtual, não será sinal de que alguma semente ou tendência nós possuímos?
Não precisamos ser grandes estudiosos para entender tão simples raciocínio.
Há muitos casos atuais mostrando que alguns jovens têm se viciado tanto em games como esse – pois, infelizmente, esse não é o único – que, depois de um tempo, começam a ter dificuldade em distinguir o real do virtual.
Precisamos rever nossos gostos. Precisamos educar e proteger nossos filhos, nossos jovens.
A violência precisa ser tratada e erradicada em todas as esferas.
Alimentar a mente com cenas violentas, com atos criminosos e grotescos é jogar lixo tóxico para dentro da alma.
Talvez num primeiro momento não percebamos os reflexos disso, mas o lixo se acumula, o lixo se impregna nas cordas íntimas do Espírito, até chegar a fazer parte de nós.
É por isso que um jogo, um dito simples jogo, que pode despertar no fundo da alma resquícios de um passado que viemos aqui para superar, representa perigo iminente, representa ameaça à paz da nova geração.
Pensemos sobre isso, sobre como pode sair realmente caro esse brinquedo, para todos nós, sociedade em desenvolvimento, que ainda busca se curar das chagas abertas pela impiedosa e insistente violência.

Redação do Momento Espírita.Em 15.11.2013.

Artigo




                 





      " COMO SABER SE SOU MÉDIUM"
            
               O que é ser médium?
               Muitas pessoas se perguntam:
    
     Será que tenho mediunidade? Se tenho como será ela?
     Como descobrir se já está em mim?
As vezes as sensações que tem sentido, são realmente de caráter mediúnico, ou apenas estados emocionais, ou ainda de certos acontecimentos, não seriam meras fantasias ou suposições erradas. Quando se fica impressionado (a), em demasia com tudo que lhe acontece e ocorre em sua vida. Porém como descobrir e ficar sabendo?, afinal o que é ser um médium?
Usualmente denomina-se médium, aquele (a) em que a faculdade médiunica de maneira ostensiva. É muito importante que se saiba que, todos os seres humanos tem mediunidade em estado latente, como um princípio uma semente que poderá ou não desabrochar, no curso da existência terrena.
ALLAN KARDEC O CODIFICADOR DO ESPIRITISMO nos diz, explicando que todos os indivíduos, são mais ou menos médiuns, no sentido de que somos influenciáveis pelas sugestões alheias, podendo estas partir de espíritos  encarnados e desencarnados que nos desejam influenciar. 
Isto se dá através da sintonia mental de forma, espontânea e natural, surgindo na mente do indivíduo como uma ideias, um pressentimento que são também chamados de intuição.
               Isto pode ocorrer e ser lançado por um espírito encarnado ou desencarnado, e a pessoa aceitará a ideia ou não, dependendo do seu livre arbítrio. O ter do médium, é muito importante saber que esta palavra significa, aquilo que está no meio.
ALLAN KARDEC, propôs esta terminologia inclusive as palavras, "Espiritismo, Espírita", etc. Para designar coisas novas trazidas pelos espíritos superiores. A humanidade portanto médium é o intermediário, aquele que intermedeia a comunicação de um espírito, com as demais pessoas.
A eclosão da mediunidade não depende de religião, idade, raça ou sexo. Muitas criaturas desconhecendo o assunto, ficam amedrontadas, outros temem as responsabilidades, que são inerentes ao exercício mediúnico e recusam-se a conscientizar-se acerca da sua faculdade. De todas as maneiras evitam, qualquer conversa ou situação relacionada com o tema, mas seus sinais de mediunidade foram muito evidentes, intensos e frequentes. Essas pessoas ficaram sujeitas a alguns problemas mais graves, decorrentes das presenças espirituais ao seu lado, as quais captam sem saber como se defender, ou precaver-se contra assédios negativos.
               Mas afinal como saber se sou médium, é a pergunta que muitos (as) se fazem, existem indícios que caracterizam a presença da mediunidade, de forma expressiva. O Espiritismo aclara e orienta todo esse processo, auxiliando o médium principiante e possibilitando o exercício da mediunidade, de maneira equilibrada  e segura, que lhe confere bem estar e paz interior.
Alguns dos indícios do desabrochar  da mediunidade, podem ser relacionados a algumas alterações acentuadas e emocionais súbitas:
     ACENTUADAS SENSIBILIDADES EMOTIVAS...
     VIDÊNCIAS...
     NECESSIDADE COMPULSIVA E INOPORTUNA DE ESCREVER, IDEIAS QUE  
     NÃO SÃO PRÓPRIAS...
     CALAFRIOS, SENSAÇÃO DE FORMIGAMENTO NAS MÃOS E NA CABEÇA...
     SENSAÇÕES DE ENFERMIDADES INEXISTENTES...
Estes sintomas podem surgir de forma associada, com maior ou menor intensidade, prevalecendo um ou outro ou a vários, conforme a condição do ritual espiritual do indivíduo. Precisa-se dizer que: Alguns desses sintomas citados, podem ocorrer sem que seja, necessariamente um sinal de predisposição mediúnica . Outro ponto que precisa-se levar em conta, ressalva que a mediunidade não é uma doença.
               Também não deve ser encarado como um privilégio, ou sobre outro aspecto com uma sobrecarga de responsabilidades de tal teor, que somente uns poucos conseguirão levá-la adiante.
O desabrochar da mediunidade, representa para o ser humano, um horizonte novo que se abre para ele. É o chamamento um convite a fim de que, se volte para o trabalho no bem, que desperte para as realidades, maiores da vida.
É uma realidade sim, mas que precisa ser vivenciada com seriedade, com amor e disciplina, com a conduta retilínea em seus benefícios, em primeiro lugar para o próprio  médium. As vezes as pessoas tem uma impressão distorcida, acerca do Espiritismo, pelo que a mídia apresenta ou seja, pessoas que são médiuns, mas na verdade não são espíritas, embora assim se apresentem e se utilizam das suas faculdades para aparecerem, para divulgarem suas produções mediúnicas , mas que não tem as características Espirituais, cujas orientações são sempre voltadas para fins sérios, Altruísticos e renovadores, sem qualquer conotação de rituais ou lucros materiais.
Se você apresenta as características acima mencionadas, se o que lhe está acontecendo, se encaixa nestes pontos relacionados, é provável que a mediunidade  lhe esteja sinalizando a busca de uma nova vida.
De um caminho novo Espiritualizado. Para que você encontre, em fim o sentido transcendentes da vida terrena.
               A Mediunidade não vem na vida do (a) médium por acaso. É um compromisso que assume perante a Espiritualidade Maior. É como um convite para reavaliar tudo o que se fez, até hoje e recomeçar em base Espiritualizadas e seguras, descobrindo através do intercâmbio com os seres invisíveis, um novo caminho para ser feliz e encontrar a felicidade.
     COMO SERÁ QUE VOCÊ PERCEBE SUA FACULDADE MEDIÚNICA?
     ESTÁ DISPOSTO (A) A TRABALHAR PARA O BEM, OU SEJA PARA CRISTO?
Pense bem e reflita... Se vale a pena, só você pode querer e responder todas as perguntas acima citadas. Mas que suas respostas sejam respondidas com firmeza e solidez. Quero sim!!!! Descobrir minha mediunidade e trabalhar para o próximo com Cristo. Receba forte abraço fraterno em seu coração. do ir. Jesus Carlos.

sexta-feira, 16 de agosto de 2013

Mensagem Batuíra


Conforto e nós
Batuíra

O sofrimento em comum é agente bendito de unificação, ensinando-nos a esquecer preocupações descabidas e aflições excedentes, porquanto nas horas amargas somos naturalmente induzidos a contar uns com os outros.
Entretanto, quando a tempestade se vai, deixando-nos o passo, em céu azul, eis-nos em nós mesmos, conosco, na intimidade de nossos pontos de vista. E aí surge o grande problema – o problema de render-nos ao trabalho do bem, de tal modo que não disponhamos de tempo para vincular-nos em demasia às nossas opiniões próprias.
Disso concluímos que a influência do conforto e da prosperidade constitui em si precioso ingrediente da vida que nos cabe aproveitar em serviço e mais serviço no bem de todos.
Há quem diga que a felicidade do céu é diminuir a infelicidade da Terra ou extinguir esse mesmo infortúnio. Verdade bela e simples, ser-nos-á lícito transferi-la para o nosso caminho pessoal, compreendendo que a felicidade maior dos que se tornam felizes será sempre atenuar a infelicidade que ainda assedie a existência dos nossos irmãos menos felizes.
Deus nos subtrai a dificuldade para que aprendamos a suprimi-la da estrada alheia. Ajuda-nos para que ajudemos. Abençoa-nos para que nos habituemos a abençoar.
Reconheçamos assim que a tranquilidade e a alegria nos bafejam para que venhamos a mobilizá-las no trabalho do bem geral.
 
Do livro Mais luz, de Batuíra, obra psicografada pelo médium Francisco Cândido Xavier. 

Mensagem Emmanuel - Vida e Morte

Elucidações de Emmanuel

Vida e morte
"Porque o que semeia na sua carne, da carne ceifará a corrupção."
Paulo (Gálatas, 6-8.)
 
Plantaremos todos os dias.
É de Lei.
Até os inativos e os ociosos estão semeando escalracho da imprevidência. 
Há sementes que produzem no curso de breves semanas, outras, todavia, que só oferecem o fruto no breve decorrer dos séculos.
Em todos os tempos a multidão semeou complicações de natureza material, agravando a teia das reencarnações dolorosas, demorando-se no plano da decadência.
Ainda hoje, há os que pretendem curar a honra com o sangue alheio e lavar a injustiça com as represálias do crime.
Daí o ódio de ontem gerando as guerras de hoje, a ambição pessoal formando a miséria que há de vir; os prazeres fáceis requisitando retificações de amanhã.
Até o presente, apenas alguns discípulos, de quando a quando, compreendem a necessidade da Semeadura Espiritual em si mesmos, diferentes de quantos se conhecem no mundo, e marcham no caminho do mestre Supremo.
Se desejas plantar na Lavoura Divina, foge ao velho sistema de semeadura na corrupção e ceifa na decadência.
Semeia para a Vida Eterna.
Repara as multidões encarceradas nesse antigo processo e segue para o Senhor, cuidando das próprias aquisições.

Do livro Sentinelas da Luz, obra psicografada pelo médium Francisco Cândido Xavier e autoria de Espíritos diversos. 
 

sexta-feira, 19 de julho de 2013

Artigo

Evolução e doenças psicossomáticas
Artigos on line Artigos
Escrito por Victor Rebelo   
As doenças e desequilíbrios que manifestamos em nossas vidas ocorrem devido ao nosso atual estágio evolutivo. Conforme vamos ampliando nosso grau de maturidade e lucidez espiritual, a ordem e o amor vão se tornando uma realidade, trazendo harmonia e paz.
Acredito que o ser, iludido por uma percepção individualista de si mesmo, aspira por um sentimento transcendental, com o qual ele possa se sentir plenamente integrado com o Todo (natureza e pessoas).
Neste nível, o egocentrismo deixa de existir. Abandonamos nossa personalidade sem perdermos a individualidade. Viver para o bem de todos é como viver para nosso próprio bem, não existe diferença. Porém, esta realização, este despertar, é um processo gradativo, depende do rumo que o espírito tomar em sua jornada evolutiva, através de suas encarnações e além delas. Depende, também, da sinceridade de suas escolhas e da força de vontade em persistir no caminho escolhido.
A personalidade ou persona não possui essência. O que fomos na última encarnação, já não somos nesta. Algumas tendências, ainda gravadas em nosso subconsciente, persistem, mas não podemos dizer que somos a mesma pessoa. Essa transformação ocorre o tempo todo. A verdade que preservávamos ontem, hoje destruímos com nossas dúvidas, para, amanhã, ampliarmos nossa visão. Este é o infinito ciclo da evolução espiritual. Para isso ocorrer da forma mais “suave” possível, precisamos ter humildade para reconhecer quando estamos equivocados em nossos pontos de vista ou quando é hora de expandirmos nossa percepção. Não podemos ter a prepotência de achar que nosso caminho espiritual é o melhor.
Penso que o mal não existe como essência. Para mim, ele é a manifestação da desordem, do desequilíbrio ou mesmo da busca pela ordenação, pela harmonia interna. Como eu disse no início, conforme o nosso grau de compreensão da vida e de nós mesmos se amplia, e, com ele, um sentimento profundo de amor incondicional, passamos a viver o bem, a ordem, a Luz... Por isso, toda violência é uma forma deturpada e desesperada de buscarmos o Bem que “nos escapa”.
Todo esse processo repercute na qualidade e no fluxo das nossas energias. Quando elas não fluem livremente, a tendência, ao longo do tempo, é o corpo adoecer. Esta “lei” é conhecida como "psicossomatismo", ou seja, desequilíbrios de ordem psicoemocional, que prejudicam nosso fluxo saudável de energias, manifestando-se no corpo por meio de doenças. Nossos conflitos emocionais, assim como nossos padrões de pensamentos e reações desequilibrados criam bloqueios energéticos e/ou aumentam a nossa perda de energia. Portanto, autoconhecimento e reforma íntima são fundamentais no processo de evolução espiritual, refletindo, assim, na saúde do corpo e da mente.

quinta-feira, 30 de maio de 2013

Estudos Espíritas - O Passe

O PODER DO PASSE

O passe espírita




 

Aluney Elferr Albuquerque Silva
Sobre o assunto, Kardec tratou sobre o aspecto geral de CURAS e nos demonstra que "este gênero de mediunidade consiste, principalmente, no dom que possuem certas pessoas de curar pelo simples toque, pelo olhar, mesmo por um gesto, sem o uso de qualquer medicação". (L. M. Cap. Xiv - 175 - 2 Parte).
Kardec questionava, pois entendia que o fenômeno não passava de magnetismo, mas sua perspicácia de cientista demonstrava que alguma coisa a mais existia.
Expôs que geralmente todos os magnetizadores são aptos a curar. Examinando mais profundamente o assunto, nos demonstra que diferente do magnetizador é o médium curador, uma vez que esta faculdade é espontânea, e que alguns a possuem sem terem tido, jamais, conhecimento do magnetismo. É assim que nos assinala que neste caso existe a intervenção de uma potência oculta, que é o que realmente constitui e caracteriza a mediunidade.
No item 176, do capítulo mencionado, Kardec formula uma série de perguntas que é importante analisar.
"Pergunta - Podem considerar-se as pessoas dotadas de força magnética como formando uma variedade de médiuns?
Resposta - Não há que duvidar.
Pergunta - Entretanto, o médium é um intermediário entre os Espíritos e o homem; ora, o magnetizador, haurindo em si mesmo a força de que se utiliza, não parece que seja intermediário de nenhuma potência estranha. 
Resposta - É um erro; a força magnética reside, sem dúvida, no homem, mas é aumentada pela ação dos Espíritos que ele chama em seu auxílio... ele aumenta a tua força e a tua vontade, dirige o teu fluido e lhe dá as qualidades necessárias".
Por aí vemos que no mecanismo da cura pelo Passe, são os Espíritos que conduzem o processo, pois que:
  • Aumentam nossos fluidos
  • Dirigem nossos fluidos
  • Qualificam nossos fluidos
Na 6ª pergunta, desejando saber se nas pessoas que possuem o dom de curar, se haveria também ação magnética ou apenas influência dos Espíritos, obteve como resposta: "uma e outra coisa. Essas pessoas são verdadeiros médiuns, pois que atuam sob a influência dos espíritos".

CONCEITOS

Segundo Kardec, a ação fluídica se transmite de perispírito a perispírito, e deste ao corpo material. (Rev. Espírita - Ano Viii - Setembro 1865 - Volume 9 - Pag. 258).
Tal assertiva é hoje comprovada cientificamente, o que demonstra o papel importantíssimo do perispírito na economia orgânica. A comprovação temos em várias obras e principalmente no livro de Sheila Ostrander e Lynn Shoroeder, "Experiências Psíquicas Além da Cortina de Ferro", à pag. 243, quando nos diz: "Os trabalhos preliminares com a fotografia Kirliana até agora parecem indicar que a cura psíquica envolve uma transferência de energia do corpo bioplasmático do curador para o corpo bioplasmático do paciente.
Sendo o intermediário entre o corpo e o espírito o perispírito possui esta característica de receptor e transmissor.
As mudanças ocorridas nesse nível finalmente se refletem no corpo físico e, segundo se afirma, curam-no.
Que é o Corpo Bioplasmático, energético, da ciência?
Nada mais que o Perispírito, que Kardec nos revelou há 142 anos.
Assim é que segundo Kardec, o passe, é a transferência de fluidos de perispírito para perispírito. (A Gênese - Cap. Xiv - Item 31).
No movimento espírita, existem outros conceitos, tais como:
"É uma transfusão de energias psíquicas..."
(Emmanuel - O Consolador - questão 99)
"É uma transfusão de energias regeneradoras..."
(Marco Prisco - Ementário Espírita)
"Não é unicamente transfusão de energias anímicas. É o equilibrante ideal da mente, apoio eficaz de todos os tratamentos".
(André Luiz - Opinião Espírita - cap. 55)
"...O passe é transfusão de energias fisio-psíquicas, operação de boa vontade, dentro da qual o companheiro do bem cede de si mesmo em teu benefício".
(Emmanuel - Segue-me - cap. O PASSE).

A FÉ E SUA INFLUÊNCIA NOS PROCESSOS DE CURAS

Verificamos três importantes assuntos no campo do passe, que são também deveras preponderantes para que a ação fluídica transmitida ao enfermo possa gerar profundo restabelecimento.
O poder da fé demonstra, de modo direto e especial, na ação magnética; por seu intermédio, o homem atua sobre o fluido, agente universal, modifica-lhe as qualidades e lhe dá uma impulsão por assim dizer irresistível.
Daí decorre que, aquele que, a um grande poder fluídico normal, junta a FÉ, pode só pela força de sua vontade dirigida para o bem, operar esses singulares fenômenos de cura e outros mais, tidos antigamente por prodígios, milagres, mas que não passam de efeitos de uma lei natural, tal o motivo que levou a Jesus dizer a seus apóstolos: "Se não curastes, foi porque não tendes fé". (Allan Kardec, em O Evangelho Segundo o Espiritismo, cap 7).
Na verdade não há muito o que interpretar destas palavras de Kardec; apenas queremos aqui ressaltar a ponte existente entre a fé e a ação fluídica por obra da força de vontade. Torna-se desnecessário dizer, que na ausência da fé, por parte do passista, é a anulação prática de seu poder fluídico e, no paciente é a falta do catalisador fundamental do restabelecimento. Conforme Kardec nos assevera : "Entende-se por fé a confiança que se tem na realização de uma coisa, a certeza de atingir determinado fim." . A A fé que compreendendo o mecanismo de atuação acredita patentemente na assistência invisível no momento da ação fluídica. Não vamos confundir a fé com presunção, pois a fé é humilde.
Tanto quem doa como também quem recebe esta fé deverá ser uma diretriz muito importante no resultado das atividades fluidoterápicas.

MERECIMENTO

Para podermos em profundidade entender o merecimento faz-se necessário recorrer à teoria da reencarnação. Como esse tema, por si só, comporta muitos volumes e não é o nosso objetivo nesse estudo, nos limitaremos a um raciocínio de Kardec, simples e por demais objetivo, o qual se não leva os descrentes a aceitar a reencarnação, pelo menos os induz a pensar e reconhecer, logicamente que sua possibilidade é mais racional e justa que sua negação pura e simples. "Por virtude do axioma segundo o qual todo efeito tem uma causa, tais misérias (doenças incuráveis ou de nascença, mortes prematuras, reveses da fortuna, pobreza extrema, etc.) são efeitos que hão de ter uma causa e, desde que admita um Deus justo, essa causa também há de ser justa. Ora, ao efeito precedendo sempre a causa, se esta não se encontra na visa atual, há de ser anterior a essa vida, isto é, há de estar numa existência precedente a esta." (Allan Kardec, em O Evangelho Segundo o Espiritismo, cap 5).
Isto posto, afiançamos que a questão do merecimento está diretamente ligada aos débitos do passado, tanto desta quanto de outras vidas, como aos esforços que vimos empreendendo para nos melhorarmos física, psíquica, moral e espiritualmente.
Porventura, se na vida anterior envolvemos a nós mesmos em pesados delitos, tendo comprometido igualmente nosso perispírito, teremos que assumir também as conseqüências de tais mazelas. Sendo o nosso órgão espiritual comparado a uma esponja que a tudo absorve, seguramente transferirá ao novo corpo as deficiências localizadas, as quais, dependendo da extensão e gravidade das faltas, demorarão para se reharmonizar, envolvendo-nos no aprendizado de valorização das reais finalidades orgânicas.
Por outro lado, se temos qualquer problema, que tomamos aqui, o fumo, e devido a esse fumo temos problemas pulmonares e queremos nos tratar, mas não largamos o cigarro, por mais ingentes sejam os esforços fluídicos empregados para o restabelecimento, tudo redundará em falhas ou ineficiência, no mesmo caso acontece, com os problemas psíquicos (cármico), e não nos esforçamos por melhorar nosso mundo mental, nosso padrão vibratório, nosso campo psíquico, dificilmente conseguiremos atingir nosso desiderato. Situações tais, vulgarmente chamadas de "ausência de merecimento", são fatores a serem considerados nos tratamentos fluidoterápicos.
Como a situação da falta de merecimento está vinculada diretamente com nossa inferioridade, poucos são os que aceitam tal explicação com tranqüilidade, pois, mesmo sendo quem somos, nos acreditamos melhores do que na realidade o somos e , por isso mesmo queremos "driblar" a espiritualidade fazendo rápidas e curtas e diria também sem sentimentos boas ações, com isso imaginando adquirir a "senha" do merecimento. E Aí, verificamos algumas opiniões sobre os passistas, no sentido de que eles não são "bons", não estão "amparados pelos espíritos", que não "servem para tal", e outras mais, todavia costumeiramente nos esquecemos que às vezes existe maior merecimento em continuar enfermo do que saudável.
Finalizando, diremos que não existe tratamento impossível, pitadas de altivez, animo, força de vontade, crescimento moral, fé são também disposições que permitimos a nós mesmo para uma futura melhoria física ou espiritual. E lembrando a máxima de Jesus que " a fé transporta montanhas".

A VONTADE

Iniciemos seu estudo com Kardec: " Sabe-se que papel capital desempenha a vontade em todos os fenômenos do magnetismo. Porém, como há de explicar a ação material de tão sutil agente? - A vontade é atributo essencial do espírito. Com o auxílio desse alavanca, ele atua sobre a matéria elementar e, por ação consecutiva, reage sobre seus compostos, cujas propriedades íntimas vêm assim a ficar transformadas. Tanto quanto do espírito errante, a vontade é igualmente atributo do espírito encarnado; daí o poder do magnetizador, poder que se sabe esta na razão direta da força de vontade. Podendo o espírito encarnado atuar sobre a matéria elementar, pode do mesmo modo mudar-lhe as propriedades, dentro de certos limites. (Livro dos Médiuns, cap 8, item 131).
A clareza e a objetividade destas palavras não nos deixam dúvidas. Tratam desde a origem, a sede da vontade, até seu alcance, sua desenvoltura, ligando-lhe a intensidade tais sucessos magnéticos da cura. A vontade, não podendo ser confundida como uma técnica em si, é a propulsora da ação fluidoterápica por excelência, tanto a nível de emissão fluídica como de recepção. Falamos recepção, pois também somos conhecedores que a vontade firme de receber absorve com maior profundidade e eficiência a ação fluídica do magnetizador e dos espíritos envolvidos na tarefa.
E os espíritos ainda, nos garantem que ela ( a vontade) pode ser aumentada por suas influências e ajuda, indiretamente confirmando-nos que, de fato, somos por eles dirigidos. (Livro dos Espíritos, questão 459).
" Compreendemos que a matéria mental é o instrumento sutil da vontade, atuando nas formações da matéria física, gerando as motivações de prazer ou desgosto, alegria ou dor, otimismo ou desespero, que não se reduzem efetivamente a abstrações, por representarem turbilhões de força em que a alma cria os seus próprios estados de mentação indutiva, atraindo para si mesmo os agentes de luz ou de sombra, vitória ou derrota, infortúnio ou felicidade". (André Luiz, Mecanismos da Mediunidade, cap 4 - Indução mental).
Então verificando todo o explanado acima, concluímos generalizando que só seremos bons passistas se, além dos caracteres anteriormente já analisados, possuirmos uma vontade firme e ativa, a qual é construída com ação e vivência consciente, e não só com palavras.

O PASSISTA

" A mediunidade curativa consiste no dom que certas pessoas tem de curar pelo simples toque, pelo olhar ou por um gesto. Sem o concurso de qualquer medicação, sendo o médium um intermediário entre os espíritos e o homem. (Allan Kardec, em O Livro dos Médiuns, cap 14) É claro que não nos reportamos aos magnetizadores que desenvolvem as forças que lhe são peculiares, no trato as saúde humana. Referimo-nos, sim, aos intérpretes da espiritualidade superior, consagrados à assistência providencial dos enfermos para encorajar-lhes a ação, pois caracteriza-se mediunidade, desde que haja influência exterior ou melhor dizendo, espiritual. Decerto, o estudo da constituição humana lhes é naturalmente aconselhável, tanto quanto ao aluno de enfermagem, embora não seja médico, se recomenda a aquisição de conhecimentos do corpo em si. E do mesmo modo que esse aprendiz de rudimentos da medicina precisa atentar para a assepsia do seu quadro de trabalho, o médium passista necessitará vigilância no seu campo de ação, porquanto de sua higiene espiritual resultará o reflexo benfazejo naqueles que se proponha socorrer.
"Os encarnados de um modo geral, poderiam colaborar em semelhantes atividades de auxílio magnético? Perguntou André Luiz.
Todos, com maior ou menor intensidade, poderão prestar concurso fraterno, nesse sentido - e, porquanto, revelada a disposição fiel de cooperar a serviço do próximo, por esse ou aquele trabalhador, as autoridades de nosso meio designam entidades sábias e benevolentes que orientam indiretamente a neófito, utilizando-lhe a boa vontade e enriquecendo-lhe o próprio valor.
Todavia nas atividades de assistência espiritual, o passe é das tarefas mais delicadas, exigindo muito critério, responsabilidade e boa vontade. Os médiuns precisam revelar algumas qualidades de ordem superior entre as quais destacamos, como ideal a ser perseguido, as seguintes: (André Luiz, em Missionários da Luz, cap 19).
  • Ter grande domínio sobre si mesmo
  • Espontâneo equilíbrio dos sentimentos
  • Acendrado amor aos semelhantes
  • Alta compreensão da vida
  • Profunda confiança no Poder Divino".
O passista é aquele que ministra o passe. Ser um passista espírita é uma tarefa de grande responsabilidade, pois trata-se de ajudar e abençoar as pessoas em nome de Deus. Pessoas carentes e sedentas de melhoria, procuram no centro espírita o recurso do passe como forma de alívio das pressões psicológicas e sustentação para suas forças morais e físicas.
O passista não precisa ser um santo, mas necessita esforçar-se na melhoria íntima e no aprendizado intelectual, conforme acima vemos. Armado do desejo sincero de servir, quase todos os iniciantes podem trabalhar neste sagrado ministério. O passista deve procurar viver uma vida sadia, tanto física quanto moralmente. Aos poucos, os vícios terrenos têm que ceder lugar às virtudes. O uso do cigarro e da bebida devem ser evitados. Como o passista doa de si uma parte dos fluidos que vão fortalecer o lado material e espiritual do necessitado, esses fluidos precisam estar limpos de vibrações deletérias oriundas de vícios.
No aspecto mental, o passista deve cultivar bons pensamentos no seu dia-a-dia. O orgulho, o egoísmo, a maledicência, a sensualidade exagerada e a violência nas atitudes devem ser combatidos constantemente. A Espiritualidade superior associa equipes de Benfeitores aos trabalhadores que se esforçam, multiplicando-lhes a capacidade de serviço.
A fé racional e a certeza no amparo dos bons Espíritos são sentimentos que devem estar presentes no coração de todos os passistas. É fundamental no trabalho de passe, doar-se com sinceridade à tarefa sob sua responsabilidade, vendo em todo sofredor uma alma carente de amparo e orientação.
O passista não deve ter preferência por quem quer que seja. Seu auxílio deve ser igualmente distribuído a todas as criaturas. As elevadas condições morais do passista são fundamentais para que ele consiga obter um resultado satisfatório no serviço do passe.
Portanto, todos podemos ministrar passes, porém é necessário um mínimo preparo moral a fim de que a ajuda seja o mais eficaz possível. Como todas as tarefas realizadas dentro do centro espírita, esta também carece de cuidados e atenção por parte de quem se propõe a executá-la.
“Como a todos é dado apelar aos bons Espíritos, orar e querer o bem, muitas vezes basta impor as mãos sobre a dor para a acalmar; é o que pode fazer qualquer um, se trouxer a fé, o fervor, a vontade e a confiança em Deus” - (Allan Kardec - Revista Espírita, Setembro, 1865).

CONDIÇÕES FÍSICAS DO PASSISTA

Deste ponto de visualização, poderia parecer à primeira vista que apenas aqueles que têm bom condicionamento físico são passíveis de aplicar passes. É fora de dúvidas que uma saúde perfeita, um corpo sem doenças, favorecerá enormemente na função de uma boa doação fluídica, transmitindo de uma forma mais harmônica e profunda os fluidos salutares. Mas, por todo o estudo que até aqui sintetizamos, é bem fácil verificar que isso não é tudo; afinal, são inumeráveis os casos de pessoas que são socorridas por outras mais débeis e frágeis fisicamente, mas, nem por isso, os alcances são menos expressivos.
Todavia, neste trabalho, de modo algum estamos querendo menosprezar o valor do equilíbrio orgânico do médium passista, notadamente daquele que doa as suas próprias energias.
Vejamos como pensa Michaelus em seu Livro Magnetismo Espiritual" Um corpo sem saúde não pode transmitir aquilo que não possui; a sua irradiação seria fraca, ineficaz e mais nociva do que útil, para si e para o doente".
"Deve-se, entretanto, distinguir entre uma pessoa incessantemente doente da que é apenas atingida de uma doença local, um mal de estômago, dos rins, etc., embora de caráter crônico." (Michaelus, no mesmo livro, cap 7).
Apesar de parecer contraditório, a saúde é importante ser velada, mas, de igual modo, não é tudo. Afinal, como o fluxo magnético provém não só do corpo senão essencialmente da alma, é desta que devemos cuidar em primeiro lugar. Só que é indissociável o cuidar de uma sem o zelar da oura. Outrossim, o estado físico, por si só, não diz tudo o que precisa ser observado; já dissemos em outros capítulos, que a mentalização negativa destrói, desintegra, perturba nossos campos fluídicos equilibrados e equilibrantes, donde fácil concluir que o físico não é sobrevalente ao estado mental.
De forma alguma, como já expressamos acima, queremos dizer que o zelo pela saúde não seja necessário, pois, o é realmente. Em primeiro lugar por estarmos cuidando do veículo de manifestação de nosso espírito na terra, para através dele poder aprender, viver e obrar. Em segundo lugar que aquele que doa algo, deverá profundamente se preocupar com o que estar doando, para que não prejudique aquele que recebe, ao invés de o ajudar.
Preocupamo-nos aqui, também com a alimentação, pois conforme André Luiz nos diz em seu Livro Missionários da Luz, cap 19: " "O excesso de alimentação produz odores fétido, através dos poros, bem como das saídas dos pulmões e do estômago prejudicando as faculdades radiantes devido às desarmonias que geram no aparelho gastrointestinal. O álcool e outras substâncias tóxicas operam distúrbios nos centros nervosos, modificando certas funções psíquicas e anulando os melhores esforços na transmissão de elementos regeneradores e salutares".
A saúde, como podemos verificar, é uma das condições primordiais para o trabalho do passe.
Se o médium não tem uma saúde, ao menos, harmônica, como poderá transmiti-la?.
Os fluidos que saem através do passista é lógico que vão impregnados de saúde ou de mazelas segundo a situação de que o médium se encontre.
A vontade que movimenta os fluidos regeneradores, capazes de rearmonizar o perispírito ou o organismo enfermiço, pode manipular fluidos deletérios pelo mesmo mecanismo, criando ou até mesmo acentuando males em curso de instalação ou de desenvolvimento. O passista poderá receber fluidos puros, estes, porém, serão tisnados ao contato de suas próprias emanações individuais que lhe alteram o teor regenerativo, poluindo-os antes de transferi-los ao amigo enfermo.

CONDIÇÕES MORAIS

Fazendo uso da palavras do Codificador em o Livro dos Médiunscap 20, compreenderemos de uma maneira mais alargada a função da moral em torno do passe:
Se o médium, do ponto de vista da execução, não passa de um instrumento, exerce, todavia, influência muito grande, sob o aspecto moral. A alma exerce sobre o espírito livre um espécie de atração, ou repulsão, conforme o grau da semelhança existente entre eles. As qualidades, que de preferência, atraem os bons espíritos são: a bondade, a benevolência, a simplicidade de coração, o amor do próximo, o desprendimento das coisas materiais. Os defeitos que os afastam são: o orgulho, o egoísmo, a inveja, o ciúme, o ódio, a cupidez, a sensualidade e todas as paixões que escravizam o homem à matéria. Além disso, a porta que os espíritos imperfeitos exploram com mais habilidade é o orgulho, porque é a que a criatura menos confessa a si mesma. O orgulho tem perdido muitos médiuns dotados das mais belas faculdades".
Na Revista Espírita de Outubro de 1867, Kardec publicou uma mensagem do Abade Príncipe de Hohenlohe muito interessante:
"Conforme o estado de vossa alma e as aptidões do vosso organismo, podeis, se Deus vo-lo permitir, tanto curar as dores físicas quanto os sofrimentos morais, ou ambos. Duvidais de ser capaz de fazer uma ou outra coisa, porque conheceis as vossas imperfeições . Mas Deus não pede a perfeição, a pureza absoluta dos homens da terra. A esse título, ninguém entre vós seria digno de ser médium curador. Deus pede que vos melhoreis, que façais esforços constantes para vos purificar e vos leva em conta a vossa boa vontade. Melhorai-vos pela prece, pelo amor ao Senhor, de vossos irmãos e não duvideis que o Todo-Poderoso não vos dê as ocasiões freqüentes de exercer vossa faculdade mediúnica. Até lá orai, progredi pela caridade moral, pela influência do exemplo".
Noutra oportunidade o Codificador indagou ao espírito Annonay, sonâmbula de uma lucidez notável, a qual ele conhecera quando encarnada: (Revista espírita, Março de 1859)
"27 - O poder magnético do magnetizador depende de sua constituição física?
Sim, mas muito de seu caráter. Numa palavra; depende de si próprio.
30 - Quais as qualidades mais essenciais para o magnetizador?
O coração, as boas intenções sempre firmes; o desinteresse.
31 - Quais os defeitos que mais o prejudicam?
As más inclinações, ou melhor, o desejo de prejudicar".
Verificamos que o fluido emanado por nós será sempre mais depurado a medida que formos mais puros e despendidos da matéria, a medida que darmos mais valor aos bens espirituais em detrimento das coisas materiais.
"As qualidades do fluido humano apresentam nuanças infinitas, conforme as qualidades físicas e morais do indivíduo. É evidente que o fluido emanado de um corpo malsão pode inocular princípios mórbidos ao magnetizado. As qualidades morais do magnetizados, isto é, a pureza de intenção e de sentimento, o desejo ardente e desinteressado de aliviar o seu semelhante, aliado à saúde do corpo, dão ao fluido um poder reparador que pode, em certos indivíduos, aproximar-se das qualidades do fluido espiritual". (Revista Espírita, Setembro de 1865).
Reflitamos no que nos diz o espírito Alexandre em o Livro Missionários da Luz, cap 19:
"O missionário do auxílio magnético, na Crosta terrestre ou aqui em nossa esfera, necessita ter grande domínio sobre si mesmo, espontâneo equilíbrio de sentimentos, acendrado amor aos semelhantes, alta compreensão da vida, fé vigorosa e profunda confiança no Poder Divino".
Não pensemos, todavia, que isso só se aplica aos espíritas. A moral é chave fundamental para todos os povos. "Os curandeiros, mesmo aqueles que não são vistos com os bons olhos da humanidade, inclusive uma grande parte espírita, são portadores de virtudes enobrecedoras e, sem dúvida, isso é fundamental para seus sucessos". (George W. Meek, em As Curas Paranormais ).
Através de todas estas análises, sentimos como o posicionamento moral do médium é muito importante para o sucesso de sua tarefa. Não esperemos, pois, que os pacientes sejam sempre "bonzinhos" e que os espíritos estejam sempre "na agulha" para agiram ao nosso "estalar de dedos", sem que sejamos nós os primeiros a estarmos prontos, física e sobretudo, moralmente para o trabalho. Não seria de se pensar diferente. A moral há de ter importância preponderante nos trabalhos fluídicos, já que o meio onde os fluidos são processados é basicamente mental (para não dizer espiritual). A mente determina a vibração fluídica a partir da vontade e esta libera os fluidos, tonificando-os pelo padrões psíquicos dos emissores; estes fluidos serão tão melhormente consistentes e harmonizados quanto maior equilíbrio tiver a moral dos doadores. Assim, deixando de lado as condições do receptor final (paciente), a emissão fluídica assume o cunho de pureza determinada pela moral em que vibram os emissores.

CONDIÇÕES MENTAIS

Ondas vitais, essenciais, pensamentos, idéias, desejos e etc...
Tudo isso age e reage sobre os outros seres, influenciando-os em sua vontade, sentimentos, pensamentos e atos. E tudo se reflete na radiação tonal, na aura individual, criando atmosfera boa ou má, atrativa ou repulsiva, saudável ou enfermiça. Para termos este campo vibratório em uma condição menos deplorável, é imprescindível que tomemos em conta nosso direcionamento mental, em que diapasão estamos tratando de vibrar, para sabermos o que iremos receber, pois, as afinidades vibratórias [e que regulam esse intercâmbio de dar e receber, no plano invisível, forças e fluidos. Facilitando ou dificultando ainda mais, o trabalho da espiritualidade responsável pelos trabalhos de fluidificação.
Estas condições que ora abordamos estão profundamente relacionadas com as anteriores, ou seja, as condições morais do médium passista
Vamos ainda pensar nas condições psicológicas do médium ante o serviço do passe. Muitas publicações têm surgido em nossos tempos, sobre o poder da mente, com colocações, diríamos, nem sempre bem ponderadas. Isto porque, na maioria delas, enfatiza-se o "querer é poder", mas, atribuindo ao querer a simples repetitividade, até meio irracional, de palavras ou frases "chaves". Os médiuns hão de desenvolver condições íntimas de fé e confiança, que se adquirem com muito labor. A alma exerce sobre o espírito livre uma espécie de atração ou repulsão, conforme o grau de atitudes cultivadas existentes entre eles. A mente esta presente como ponto de muita relevância nas manifestações mediúnicas, pois o cérebro é um aparelho emissor e receptor de ondas mentais; o pensamento é um fluxo energético do campo espiritual, ou seja, se não tentarmos manter-nos em um estado constante de reforma mental, na construção de pensamentos melhores, seguramente estaremos também prejudicando esta manifestação de amor através do passe. Pois atraímos a sintonia que cultivamos. O Cultivo da mente pura é nosso dever, já que como vimos, ela é o filtro por onde passam as benesses que favorecerão nosso próximo e, por conseguinte, a nós mesmos.
A energia transmitida pelos amigos espirituais circula primeiramente na cabeça dos médiuns (só para recordar, lembremos onde fica o Centro Coronário e qual a sua importância).
O cérebro é como um aparelho emissor e receptor de ondas mentais; o pensamento é um fluxo energético do campo espiritual.
A vibração é um movimento de vaivém, chama-se movimento vibratório.
Sintonia é a identidade ou harmonia vibratória, isto é, o grau de semelhança das emissões ou radiações mentais de dois ou mais espíritos, encarnados ou desencarnados, ou seja, afinidade moral.
Sabemos que o pensamento é um fluxo fluídico, é matéria sutil do corpo espiritual, logo é concreto e às vezes muito visível, podendo perdurar longamente em dadas circunstâncias.