E a Vida Continua

quinta-feira, 28 de junho de 2012

Vamos Reciclar?

Reciclagem com Tampinhas de Refrigerante e Água


 Reciclagem com Pneus

 Reciclagem com Pet 

 Reciclagem com rolo de Papel Higiênico - Porta- treco

Fonte: Reciclagem Divertida - Facebook

Vamos Reciclar?

Fonte: Reciclagem Divertida - Facebook

Artigo - Períspirito

PERISPÍRITO: CONCEITO



Perispírito : Conceito

“Envolvendo o gérmen de um fruto, há o perisperma; do mesmo modo, uma substância que, por comparação, se pode chamar perispírito, serve de envoltório ao Espírito propriamente dito.”
( Allan Kardec: O Livro dos Espíritos, questão 93)

“O Laço ou perispírito, que prende ao corpo o Espírito, é uma espécie de envoltório semimaterial. A morte é a destruição do evólucro mais grosseiro (Corpo Físico). O Espírito conserva o segundo que lhe constitui um corpo etéreo, invisível para nós no estão normal.”
(Allan Kardec: O Livro dos Espíritos. Introdução, item 6)

Allan Kardec indaga aos Espíritos Superiores:
-  “O Espírito, propriamente dito, nenhuma cobertura tem, ou, como pretendem alguns, está sempre envolto numa substancia qualquer?”
 A que os Espíritos respondem:
“Envolve-o uma substancia, vaporosa para os teus olhos, mas ainda bastante grosseira para nós; assaz vaporosa, entretanto, para poder elevar-se na atmosfera e transportar-se aonde queira.”
Comentando essa resposta, Kardec cria a palavra perispírito (do grego Peri, em torno e do latim spiritus, alma, espírito) para designar esse envoltório do Espírito, por comparação com o perisperma, que envolve o gérmen do fruto.

            Hão dito (afirma Kardec) que o Espírito é uma chama, uma centelha. Isto se deve entender com relação ao Espírito propriamente dito, como principio intelectual e moral, a que se não poderia atribuir forma determinada. Mas, qualquer que seja o grau em que se encontre, o Espírito estará sempre revestido de um envoltório, ou perispírito, cuja natureza se eteriza, à medida que ele se depura e se eleva na hierarquia espiritual. De sorte que, para nós, a ideia de forma é inseparável da de Espírito e não concebemos uma sem a outra. O perispírito faz, portanto, parte integrante do Espírito, como o corpo o faz do homem. Porém, o perispírito por si só, não é o Espírito, do mesmo modo que só o corpo não constitui o homem, porquanto o perispírito não pensa. Ele é para o Espírito o que o corpo é para o homem: o agente ou instrumento de sua ação.
            Quando encarnado o Espírito, o perispírito é o aço que o prende ao corpo físico. Esse laço é uma espécie de envoltório semimaterial. A morte é a destruição do invólucro mais grosseiro. O espírito conserva o segundo, que lhe constitui um corpo etéreo invisível para nós no estado normal.

            O homem é, portanto, formado de três partes essenciais:
1º - O Corpo ou ser matéria, análogo ao dos animai e animado pelo mesmo princípio vital;
2º -   A alma, Espírito encarnado que tem no corpo sua habitação;
3º - O princípio intermediário, ou perispírito, substância semimaterial que serve de primeiro envoltório ao Espírito liga a alma ao corpo. Tais, num fruto, o gérmen, o perisperma e a casca.

            A respeito do uso dos termos alma e Espírito, Kardec assinala:
            “Seria mais exato reservar a palavra alma para designar o princípio inteligente, e o termo Espírito para o ser semimaterial formado desse princípio e do corpo fluídico; mas, como não se pode conceber o princípio inteligente isolado da matéria, nem o perispírito sem ser animado peo princípio inteligente, as palavras alma e Espíritos são, no uso, indiferentemente empregadas uma pela outra; filosoficamente, porém, é essencial fazer-se a diferença.”
            É oportuno ressaltar que o perispírito tem tido outras denominações, das quais destacamos: corpo espiritual ou psicossoma (Espírito André Luiz); corpo fluídico (Leibniz);mediador plástico (Cudworth); e o modelo organizador biológico (Ernani G. Andrade).

Justificativa

   Olá queridos amigos!
Fiquei alguns dias ausente, pois de vez em quando meu blog trava, e não consigo postar. Mas as coisas se resolvem, como tudo na vida.
E assim acredito...


AS COISA SE RESOLVEM...

Na maioria das vezes, as coisas se resolvem, porque não ficamos de braços cruzados à espera de uma solução, que talvez caia em nosso colo. Vamos em busca da melhor maneira de se resolver o problema em questão. 
Mas, também é verdade, que em alguns momentos, o melhor a fazermos, é aguardar, silenciar e confiar... o desespero e ansiedade exagerados não nos levam a lugar algum. 
Por que, não refletirmos, orarmos  e  desenvolvermos pensamentos otimistas? Poderemos ter a certeza de que a qualquer momento seremos intuídos na resolução mais acertada, ou, de que a vida trará uma solução inesperada para aquilo que tanto nos aflige.
Confiar nos protetores amigos, sentirmos que não estamos sozinhos, e que, principalmente, temos a sua proteção, é o mais acertado para desenvolvermos em nós a serenidade, principalmente nos momentos difíceis.
Os Benfeitores estão ao nosso lado sempre. Nós que, por sermos endurecidos, teimosos e pouco confiantes,  não os sentimos. 
À partir do momento em que nos dispusermos a trabalhar no bem, seja em qualquer lugar que estivermos, que, nos esforçarmos para trabalhar em nós a transformação moral, conquistaremos um estado de espírito tal, que através da sintonia elevada, nos sensibilizaremos mais e poderemos captar melhor os conselhos que estes amigos nos oferecem. Aí sim, as "idéias" virão, as intuições serão mais aguçadas e consequentemente, poderemos resolver as questões que nos afligem com maior calma e acerto.
Portanto, desenvolvermos a Fé em nós é urgente, se quisermos termos mais momentos felizes e tranquilos. Abraços!

sexta-feira, 22 de junho de 2012

Artigo - Amor Após a Morte


O verdadeiro amor
sobrevive à morte

A história amorosa do casal Romeu e Julieta, escrita por William Shakespeare, é o mais famoso caso de amores trágicos, registrados em toda a literatura universal. Analisada sob o ponto de vista geral, poderíamos enquadrá-la no dito popular: “quem ama não mata.” Sob o ponto de vista da reencarnação, o drama, se real, assumiria proporções gigantescas, pois, no caso, teria havido um homicídio, seguido de suicídio. De positivo, há um fato: o amor existente entre os dois jovens.
Na literatura espírita há um romance ditado por J. W. Rochester, psicografia da médium Wera Krijanowski, intitulado A vingança do judeu  (FEB), que retrata a história de um rapaz impedido de prosseguir o romance com a jovem que amava, pelo fato de ser judeu. Ele casou-se com outra moça, ao tempo em que a ex-consorte casou-se com outro rapaz. Ele arquiteta uma vingança contra a família da moça. Os dois filhos nasceram no mesmo tempo. Há então a troca das crianças, isto é: ele criou o filho de sua amada e ela criou o seu filho, judeu.
A família da moça vivia estranhando os modos do menino, sem desconfiar da trama, revelada somente quando as crianças estavam adultas. As implicações espirituais do ocorrido são explicadas por Rochester, bem como a caminhada dos Espíritos nas sucessivas reencarnações. A vingança do judeu é um drama acontecido em séculos passados, mas que não difere dos dramas amorosos da atualidade. Antes de tudo, é a história de dos Espíritos afins.
Identidade de Espíritos – O capítulo IV de O Evangelho segundo o Espiritismo diz que os Espíritos formam, no espaço, grupos unidos de afeição, pela simpatia e semelhança de inclinações. São Espíritos que se sentem felizes por estarem juntos. Espíritos que se procuram. A encarnação os espera, como amigos que se separam momentaneamente. Muitas vezes seguem juntos na encarnação, reunidos na mesma família ou no mesmo círculo, trabalhando juntos, para o progresso comum.
O Evangelho ressalta que somente a verdadeira afeição, de alma para alma, sobrevive à destruição do corpo. Os seres que se unem na Terra somente pelos sentidos não têm motivos para se preocuparem no mundo dos Espíritos. Só as afeições espirituais são duradouras. As afeições carnais extinguem-se com a causa que as provocou. Quanto às pessoas que se unem só por interesse, nada são umas para as outras: a morte as separa na Terra e no céu.
Há de se entender que, muito embora os Espíritos guardem as formas características da sua última encarnação, eles não têm sexo, como entendemos, porque isso depende de sua constituição orgânica. Há entre eles amor e simpatia, baseados na afinidade de sentimentos. O Espírito que animou o corpo de um homem pode animar o de uma mulher numa nova existência, e vice-versa, dependendo das provas por que tenha de passar. Como devem progredir em tudo, cada sexo, cada posição social, oferece-lhes provas, deveres especiais e ocasiões de adquirir experiências.
O Lar – Essas considerações nos levam invariavelmente a desenvolver um histórico sobre o Lar, que, como diz André Luiz na obra Nosso Lar (FEB), psicografada por Francisco Cândido Xavier, é como um ângulo reto nas linhas do plano da evolução divina, sendo a reta vertical o sentimento feminino, envolvido nas inspirações criadoras da vida e a reta horizontal o sentimento masculino, em marcha de realizações no campo do progresso comum.
Diz André Luiz que o Lar é o templo onde as criaturas devem unir-se mais espiritualmente que corporalmente. E acentua que a organização doméstica também existe no Mundo Maior, sendo que o Lar terrestre se esforça por copiá-lo. Só que na Terra, com exceções, os cônjuges agem pelos sentimentos, pela vaidade pessoal, pelo ciúme, pelo egoísmo. Tal como acontece na Terra, a propriedade no Plano Espiritual é relativa e as aquisições são feitas à base de horas de trabalho (bônus-hora).
No fundo, o bônus-hora é o dinheiro, lá. Quaisquer utilidades são adquiridas com os referidos cupons, mediante esforço e dedicação. Com trinta mil bônus-hora, cada família espiritual pode conquistar um lar (não mais que um). André Luiz fala, na obra referida, sobre a senhora Laura, mentora que o acompanhava. Ela explicou-lhe ter um lar, conquistado pelo trabalho perseverante de seu esposo, que foi para o Plano Espiritual muito antes dela. Estavam separados pelos laços físicos por 18 anos, mas continuavam unidos pelos laços espirituais. Recolhido à colônia Nosso Lar, Ricardo não descansou. Depois de um período de perturbações, compreendeu a necessidade do esforço ativo, preparando um ninho para o futuro.
Amor, alimento das almas – É preciso entender que cada qual é responsável espiritualmente pelas suas ações, isto é:  se lesarmos uma pessoa no campo afetivo, arcaremos espiritualmente com as consequências do que fizermos. Cada palavra dada, cada compromisso assumido é responsabilidade adquirida. E não poderia ser de outra maneira, pois somos Espíritos encarnados em evolução para Deus.
Deus é amor. E só pelo amor chegaremos até Ele. Diz a obra Nosso Lar que quando Jesus disse: “Amai-vos uns aos outros”, não estava falando apenas dos princípios de caridade, mas aconselhando-nos a nos alimentar uns aos outros, no campo da fraternidade e da simpatia. O homem encarnado saberá mais tarde que a conversação amiga, o gesto afetuoso, a bondade recíproca, a confiança mútua, a luz da compreensão, o interesse fraternal, patrimônios que se derivam  do amor profundo, constituem sólidos alimentos para a vida em si. Mas, acentua André Luiz, o fenômeno não é simplesmente sexual. O sexo é a manifestação sagrada desse amor universal e divino, mas apenas uma expressão isolada do potencial inimigo. Entre os casais mais espiritualizados, o carinho e a confiança, a dedicação e o entendimento mútuos permanecem muito acima da união física, reduzida entre eles à realização transitória. A permuta magnética é o fator que estabelece ritmo necessário à manifestação da harmonia. Para que se alimente a ventura, basta a presença e, às vezes, apenas a compreensão.
A vida terrestre se equilibra no amor, sem que a maior parte dos homens se aperceba. Almas irmãs, almas afins, constituem pares e grupos numerosos. Unindo-se umas às outras, amparando-se mutuamente, conseguem equilíbrio no plano de redenção.
Grandes amores da literatura mediúnica – As histórias dos grandes amores descritas pelos romances mediúnicos são as mesmas que acontecem entre nós, por serem extraídas pelos Espíritos da própria vida. As obras que vamos citar, editadas pela Federação Espírita Brasileira,  constituem exemplos dentre os grandes romances da literatura espírita.
O romance Paulo e Estêvão, ditado por Emmanuel por meio de Francisco Cândido Xavier, revela-nos o amor de Paulo de Tarso (na época Saulo de Tarso) e Abigail, irmã do apóstolo Estêvão, lapidado  (morte por apedrejamento) por ordem de Saulo, então perseguidor implacável dos cristãos. Saulo, que era noivo de Abigail, desconhecia que esta era cristã e tampouco irmã de Estêvão.
Em Há Dois Mil Anos, Emmanuel conta a história de uma de suas encarnações como Públio Lêntulus, procurador na Judeia, que conheceu Jesus pessoalmente e deixou um belo escrito sobre o Mestre, até hoje divulgado com o título de Retrato de Jesus. Públio era esposo de Lívia e um grande amor unia os dois. Tinha a  postura do militar, do dirigente, da autoridade. Lívia, ao contrário, era toda amor e doçura.
Alcíone, o amor em forma de mulher – Há Espíritos que vêm à Terra com a missão de exemplificar o amor entre as criaturas, reerguendo-as moralmente, pelo exemplo  que dão. No livro intitulado Renúncia, ditado por Emmanuel, pela psicografia de Francisco Cândido Xavier, enternece-nos a história de um desses Espíritos reencarnado na Terra na pessoa de Alcíone. A história é real e se passa no século de Luís XIV, na França, Espanha, Irlanda e Américas. Destacamos trechos do prefácio do livro, escrito por Emmanuel, com o título Velhas recordações:
“Quem poderá deter as velhas recordações que iluminam os caminhos da eternidade? Lembramo-nos de Alcíone, desde os dias de sua infância. Muitas vezes a vi, com o Padre Damiano, num velho adro de Espanha, passeando ao pôr-do-sol. Não raro, levantava o semblante infantil para o Céu e perguntava, atenciosa:
- Padre Damiano, quem terá feito as nuvens, que parecem flores grandes e pesadas,  que nunca chegam a cair no chão?  
- Deus, minha filha – Dizia o sacerdote.
Mas, se no coração pequenino não devesse existir esquecimento das coisas simples e humildes, voltava ela a interrogar:
- E as pedras, quem teria criado as pedras que seguram o chão?
- Foi Deus também.
Então, após meditar, de olhos mergulhados no grande crepúsculo a pequenina exclamava:
Ah! Como Deus é bom! Ninguém ficou esquecido!
E era de ver-se a bondade singular, o interesse pelo dever cumprido, dedicado à verdade e ao bem. Cedo compreendi que a família afetuosa de Ávila se constituía de amizades vigorosas, se perdiam no tempo.
Os anos – minutos do relógio da eternidade – correram sempre movimentados e cheios de amor. A criança de outros tempos tornara-se a benfeitora cheia de sabedoria. Sua vida não representava um feixe de atos comuns, mas um testemunho permanente de sacrifícios santificantes. Desde a primeira juventude, Alcíone transformara-se em centro de atenções, em fonte de luz viva, onde se podiam vislumbrar as claridades augustas do Céu. Sua conduta, na alegria e na dor, na felicidade e no obstáculo, era um ensinamento generoso, em todas as circunstâncias.
Creio mesmo que ela nunca satisfez a um desejo próprio, mas nunca foi encontrada em desatenção aos desígnios de Deus. Jamais a vi preocupada com a felicidade pessoal; entretanto, interessava-se com ardor pela paz e pelo bem de todos. Demonstrava cuidado singular em subtrair, aos olhos alheios, seus gestos de perfeição espiritual, porém queria sempre revelar as ideias nobres de quantos a rodeavam, a fim de os ver amados, otimistas, felizes.
Minhas experiências rolaram devagarinho para os arcanos do Tempo; a morte do corpo arrastou-me a novos caminhos e, no entanto, jamais pude esquecer a meiga figura de anjo, em trânsito pela Terra. Mais tarde, pude beijar-lhe os pés e compreender-lhe a história divina.”  


Reflexão


quarta-feira, 20 de junho de 2012

Horta em Garrafas Pet

Vamos reciclar e aproveitar para montarmos uma hortinha orgânica em nossa casa?
Eu já fiz a minha, e já nos alimentamos dela em menos de um mês. Todos adoraram!!!
 Logo vou postar uma foto da minha hortinha, mas é muito parecida com a 2ª foto abaixo. Tentem também!...


Retirado da Internet

terça-feira, 19 de junho de 2012

Artigo - Vontade

Vontade e Evolução

Querer é poder! O poder da vontade é ilimitado. O homem, consciente de si mesmo, de seus recursos latentes, sente crescerem suas forças na razão dos esforços. Sabe que tudo o que de bem e bom desejar há de, mais cedo ou mais tarde, realizar-se inevitavelmente, ou na atualidade ou na série das suas existências, quando seu pensamento se puser de acordo com a Lei divina. E é nisso que se verifica a palavra celeste: "A fé transporta montanhas."Não é consolador e belo poder dizer: "Sou uma inteligência e uma vontade livres; a mim mesmo me fiz, inconscientemente, através das idades; edifiquei lentamente minha individualidade e liberdade e agora conheço a grandeza e a força que há em mim. Amparar-me-ei nelas; não deixarei que uma simples dúvida as empane por um instante sequer e, fazendo uso delas com o auxílio de Deus e de meus irmãos do espaço, elevar-me-ei acima de todas as dificuldades; vencerei o mal em mim; desapegar-me- ei de tudo o que me acorrenta às coisas grosseiras para levantar o vôo para os mundos felizes!" Vejo claramente o caminho que se desenrola e que tenho de percorrer. Esse caminho atravessa a extensão ilimitada e não tem fim; mas, para guiar-me na estrada infinita, tenho um guia seguro, a compreensão da lei de vida, progresso e amor que rege todas as coisas; aprendi a conhecer-me, a crer em mim e em Deus. Possuo, pois, a chave de toda elevação e, na vida imensa que tenho diante de mim, conservar-me-ei firme, inabalável na vontade de enobrecer-me e elevar-me, cada vez mais; atrairei, com o auxílio de minha inteligência, que é filha de Deus, todas as riquezas morais e participarei de todas as maravilhas do Cosmo. Minha vontade chama-me: "Para frente, sempre para frente, cada vez mais conhecimento, mais vida, vida divina!" E com ela conquistarei a plenitude da existência, construirei para mim uma personalidade melhor, mais radiosa e amante. Saí para sempre do estado inferior do ser ignorante, inconsciente de seu valor e poder; afirmo-me na independência e dignidade de minha consciência e estendo a mão a todos os meus irmãos, dizendo- lhes: Despertai de vosso pesado sono; rasgai o véu material que vos envolve, aprendei a conhecer-vos, a conhecer as potências de vossa alma e a utilizá-las. Todas as vozes da Natureza, todas as vozes do espaço vos bradam: "Levantai-vos e marchai! Apressai-vos para a conquista de vossos destinos!" A todos vós que vergais ao peso da vida, que, julgando-vos sós e fracos, vos entregais à tristeza, ao desespero, ou que aspirais ao nada, venho dizer: "O nada não existe; a morte é um novo nascimento, um encaminhar para novas tarefas, novos trabalhos, novas colheitas; a vida é uma comunhão universal e eterna que liga Deus a todos os seus filhos." A vós todos, que vos credes gastos pelos sofrimentos e decepções, pobres seres aflitos, corações que o vento áspero das provações secou; Espíritos esmagados, dilacerados pela roda de ferro da adversidade, venho dizer-vos: Não há alma que não possa renascer, fazendo brotar novas florescências. Basta-vos querer para sentirdes o despertar em vós de forças desconhecidas. Crede em vós, em vosso rejuvenescimento em novas vidas; crede em vossos destinos imortais. Crede em Deus, Sol dos sóis, foco imenso, do qual brilha em vós uma centelha, que se pode converter em chama ardente e generosa! Sabei que todo homem pode ser bom e feliz; para vir a sê-lo basta que o queira com energia e constância. A concepção mental do ser, elaborada na obscuridade das existências dolorosas, preparada pela vagarosa evolução das idades, expandir-se-á à luz das vidas superiores e todos conquistarão a magnífica individualidade que lhes está reservada. Dirigi incessantemente vosso pensamento para esta verdade: podeis vir a ser o que quiserdes. E sabei querer ser cada vez maiores e melhores. Tal é a noção do progresso eterno e o meio de realizá-lo; tal é o segredo da força mental, da qual emanam todas as forças magnéticas e físicas. Quando tiverdes conquistado esse domínio sobre vós mesmos, não mais tereis que temer os retardamentos nem as quedas, nem as doenças, nem a morte; tereis feito de vosso eu inferior e frágil uma alta e poderosa individualidade!

Autor: Léon Denis. Livro: O Problema do Ser, do Destino e da Dor

segunda-feira, 18 de junho de 2012

História


A  BOMBA  D'  ÁGUA

Contam que um certo homem estava perdido no deserto, prestes a morrer de sede. 
Foi quando ele chegou a uma casinha velha, uma cabana desmoronando - sem janelas, sem teto, batida pelo tempo. O homem perambulou por ali e encontrou uma pequena sombra onde se acomodou, fugindo do calor do sol desértico. 
Olhando ao redor, viu uma bomba a alguns metros de distância, bem velha e enferrujada. Ele se arrastou até ali, agarrou a manivela, e começou a bombear sem parar. Nada aconteceu. Desapontado, caiu prostrado para trás e notou que ao lado da bomba havia uma garrafa. Olhou-a, limpou-a, removendo a sujeira e o pó, e leu o seguinte recado:
"Você precisa primeiro preparar a bomba com toda a água desta garrafa, meu amigo. PS.: Faça o favor de encher a garrafa outra vez antes de partir."
O homem arrancou a rolha da garrafa e, de fato, lá estava a água. A garrafa estava quase cheia de água! De repente, ele se viu em um dilema:
Se bebesse aquela água poderia sobreviver, mas se despejasse toda a água na velha bomba enferrujada, talvez obtivesse água fresca, bem fria, lá no fundo do poço, toda a água que quisesse e poderia deixar a garrafa cheia pra próxima pessoa... mas talvez isso não desse certo. 
Que deveria fazer? Despejar a água na velha bomba e esperar a água fresca e fria ou beber a água velha e salvar sua vida? Deveria perder toda a água que tinha na esperança daquelas instruções pouco confiáveis, escritas não se sabia quando? 
Com relutância, o homem despejou toda a água na bomba. Em seguida, agarrou a manivela e começou a bombear... e a bomba começou a chiar. E nada aconteceu!
E a bomba foi rangendo e chiando. Então surgiu um fiozinho de água; depois um pequeno fluxo, e finalmente a água jorrou com abundância! A bomba velha e enferrujada fez jorrar muita, mas muita água fresca e cristalina.
Ele encheu a garrafa e bebeu dela até se fartar. Encheu-a outra vez para o próximo que por ali poderia passar, arrolhou-a e acrescentou uma pequena nota ao bilhete preso nela: 
"Creia-me, funciona! Você precisa dar toda a água antes de poder obtê-la de volta!"
Podemos aprender coisas importantes a partir dessa breve história: 
1. Nenhum esforço que você faça será valido, se ele for feito da forma errada. Você pode passar sua vida toda tentando bombear algo quando alguém já tem reservado a solução para você. Preste atenção a sua volta!
Deus está sempre pronto a suprir sua necessidade!
2. Ouça atentamente o que Deus tem a te dizer, através de alguém, de um livro, de uma mensagem de rádio ou TV, de um jornal ou revista, através da internet ou de um e-mail, etc. e confie. Como esse homem, nós temos as instruções por escrito à nossa disposição. Basta usar.
3. Saiba olhar adiante e compartilhar! Aquele homem poderia ter se fartado e se esquecido de que outras pessoas que precisassem da água pudessem passar por ali. Ele não se esqueceu de encher a garrafa e ainda por cima soube dar uma palavra de incentivo. Se preocupe com quem está próximo de você. Lembre-se: você só poderá obter água se a der antes.
Cultive seus relacionamentos, dê o melhor de si!

Autor Desconhecido

Reflexão



10 MANDAMENTOS PARA A PAZ NA FAMÍLIA
“Autor Desconhecido”
1 - Tenha fé viva a Palavra de Deus, amando o próximo como a si mesmo.
2 - Ame-se, confie em si mesmo, em sua família e ajude a criar um ambiente de amor e paz ao seu redor
3 - Reserve momentos para brincar e se divertir com sua família, pois a criança aprende brincando e a diversão aproxima as pessoas.
4 - Eduque seu filho através da conversa, do carinho e do apoio e tome cuidado: quem bate para ensinar está ensinando a bater.
5 - Participe com sua família da vida comunidade, evitando as más companhias e diversões que incentivam a violência.
6 - Procure resolver os problemas com calma e aprenda com as situações difíceis, buscando em tudo o seu lado positivo.
7 - Partilhe seus sentimentos com sinceridade, dizendo o que você pensa e ouvindo o que os outros têm a dizer.
8 - Respeite as pessoas que pensam diferente de você, pois as diferenças são uma verdadeira riqueza para cada um e para o grupo.
9 - Dê bons exemplos, pois a melhor palavra é o nosso jeito de ser.
10 - Peça desculpas quando ofender alguém e perdoe de coração quando se sentir ofendido, pois o perdão é o maior gesto de amor que podemos demonstrar.
Informativo Espírita - Agosto de 2000
www.universoespirita.org.b

Joana D'arc


JOANA  D´ARC

Considerava pelos católicos a grande bruxa da Idade Média, é hoje, para muitos, a mulher do milênio. Movida por intensa fé e patriotismo contribuiu de forma decisiva para mudar o rumo da Guerra dos 100 Anos, entre a França e a Inglaterra. Nascida em Domrémy, em 6 de janeiro de 1412, filha de camponeses, distinguiu-se, desde pequena, por sua índole piedosa e devota. Aos 13 anos, através de sua mediunidade, passou a receber orientações de seus Guias Espirituais que a exortavam às virtudes cristãs.
Seu país encontrava quase todo sob o domínio inglês. Cumprindo ordens do Além, partiu de sua aldeia, aos 17 anos, indo ao encontro do capitão Robert de Bandricourt, que a conduziu até Chinon, onde encontrava o príncipe Carlos. Nesse encontro, Joana comunica ao futuro Rei a respeito de sua divina missão e recebe um pequeno exército para defender Orléans.
Com sua atitude heróica e fervorosa, atraiu, pelo caminho, a adesão de muitos, aumentado as tropas sob o seu comando. Antes do primeiro ataque, tentou convencer os ingleses a renderem-se, no que não foi atendida e conquista a sua primeira vitória, aumentando o seu prestígio, até mesmo entre os adversários. Sua estranha figura à frente dos combatentes franceses, com seu estandarte, aumentou a crença em seu poder “sobrenatural”. Com sua força e coragem, elevou o espírito abatido dos franceses a um grande civismo.
A nova tarefa de Joana foi levar ao trono Carlos VII que se sagrou rei na catedral de Reims, como mandava a tradição na realeza francesa, em julho de 1429. Uma vez no poder, entrega-se a leviandade da corte, abandonando a guerreira, em seu novo empreendimento: o de libertar Paris. Menos de um ano depois, Joana é presa e submetida a um escandaloso processo por heresia, enfrentando os juízes da Inquisição com serenidade, apesar da pouca idade e de ser analfabeta, responde com grande desembaraço e inteligência as perguntas, às quais nem os mais notáveis clérigos teriam respostas tão firmes e lúcidas.
Preparada pela Espiritualidade para a sua grande missão, Joana mostrou tanta coragem e fé que chegou a conquistas consideradas efetivamente milagrosas. De vitórias ao suplício, legou ao mundo o nacionalismo dentro dos princípios cristãos, que os poderosos daquela época não podiam compreender e aceitar. Condenada à fogueira na praça de Rouem, em 30 de maio de 1431, foi queimada viva. Seu martírio serviu para imortaliza-la e até hoje desperta interesses, mas destacamos entre tantas obras a de Léon Denis, Joana D’Arc, Médium, como a mais completa.

Maria Vilma de Oliveira – DCSE/UEM
Jornal O Espírita Mineiro - Nº 253

quinta-feira, 14 de junho de 2012

Artigo - Filme Espírita

O filme E A Vida Continua... na visão de seu diretor


Paulo Figueiredo, conhecido ator e diretor de novelas e peças teatrais, comenta sua atuação como roteirista e diretor no próximo lançamento cinematográfico E A Vida Continua..., com base na mesma obra editada pela FEB.

Reformador: Qual foi sua motivação para introduzir temas espíritas em teatro, televisão e cinema?

Paulo Figueiredo:
 Um dos principais motivos é a conhecida influência que essas mídias exercem sobre o grande público. Televisão, cinema, teatro, acredito que nessa ordem, são poderosos modificadores sociais. A moda, o falar, o gestual, a discussão sobre temas do momento sofrem alterações em ritmo impressionante, mais ainda na população jovem. Utilizado, em sua maior parte, para expor publicamente o que o ser humano carrega de vergonhoso na bagagem de vícios, em sua peregrinação pelo Planeta, esse imenso poder de comunicação e sedução parece estar, quase que inteiramente, a serviço de lideranças espirituais suspeitas. Mostram na tela ou no palco a face espúria dos personagens, a maldade, a violência vingada sem a contrapartida do perdão, do resgate, dos mais nobres sentimentos humanos, da evolução espiritual, enfim. Isso é trabalho inútil, improdutivo. Entendo que, se levarmos para a tela ou para o palco histórias de superação, de vitória sobre o erro, podemos até não atingir multidões, mas boa parte dela terá o que pensar minutos antes de dormir. E A Vida Continua... foi transposto da literatura para o cinema e a TV com o fim de usar tais meios de comunicação para veicular ideias e conceitos exemplares.

Reformador:
 E como surgiu a ideia de produzir o filme E A Vida Continua...?

Paulo Figueiredo:
 Recentemente, por volta de 2004, tive o prazer de conhecer e privar da amizade de um homem chamado Oceano Vieira de Melo, historiador, documentarista, muito dedicado a estudos profundos do Espiritismo e de seus mais célebres expoentes.
Afinidades e objetivos comuns vieram à tona levando-nos a unir experiências profissionais e vivências do cotidiano com a velha vontade de ajudar, através do cinema, na divulgação de histórias sempre tão atuais, dessas que impressionam e ao mesmo tempo levam à reflexão, sobre questões em geral muito próximas do dia a dia de todos nós, humanos, aprendendo a viver. A parceria surgiu sem esforço, e o sonho engavetado voltou decidido a virar realidade. Fizemos, enfim, E A Vida Continua...!

Reformador: Quais suas percepções ao trabalhar o livro e elaborar o roteiro do filme?

Paulo Figueiredo: Há trinta e tantos anos, escrevi uma peça teatral (inacabada) e dei-lhe o mesmo nome do livro no qual me inspirei: E A Vida Continua... Essa obra literária era minha conhecida, um dos romances espíritas mais expressivos que já havia lido. Eu sentia como uma espécie de dever a ser cumprido, contar aquela história para o grande público, através de algum meio artístico. Busquei estimular parceiros no ambiente artístico e fora dele, para que embarcassem comigo no projeto. 
Logo descobri a inviabilidade da minha pretensão, e o script incompleto mergulhou na gaveta e lá ficou. Nosso sempre querido Chico Xavier me deu conselhos a respeito. Por algum motivo, eu sabia que o futuro me reservaria a sonhada oportunidade.Num processo que considero intuitivo, percebi que as ideias têm seu tempo de nascer e amadurecer. A opção pelo cinema surgiu em 2002, e, mesmo sem nenhuma perspectiva concreta, comecei a trabalhar no roteiro, depurando-o continuamente através de 11 tratamentos, até que se mostrou satisfatório. Dois anos foi o tempo dedicado a esse trabalho. Uma tarefa que me trouxe paz e aprendizado. Cansaço, nunca. Testemunha muda e paciente foi o exemplar do livro que usei como base. De suas páginas esfaceladas, rabiscadas com canetas de todas as cores, foi-me permitido extrair meu roteiro.

Reformador: E nos contatos com os atores, como foi a receptividade?

Paulo Figueiredo: Pessoas, instituições, empresas, pessoal técnico e de produção, artistas em geral colaboraram decisivamente para a realização, envolvendo-se material e espiritualmente no projeto. Posso afirmar que o próprio elenco foi determinado de forma evidentemente natural. Vieram as sugestões de nomes para cada papel. À medida que iam sendo apresentados a mim os atores e as atrizes indicados, mais e mais me dominava o sentimento de que se tratava de uma escolha já feita, que aquelas eram as pessoas ideais, e que minha tarefa não era mais do que apenas efetivar suas participações. E a reciprocidade de sentimentos era completa.
Todos trabalhamos felizes. Dois anos foram consumidos até o instante de apresentar o filme. É pouco trabalho, se comparado ao que os nossos mais belos sonhos esperam como resultado: plantar nos corações e mentes dos nossos irmãos pelo menos um pouco de amor. Não importa a quantidade de espectadores que o filme terá. Se apenas um receber o recado e o usar para mudar sua vida para melhor, já teremos sido regiamente pagos.

Reformador: Como sentiu a repercussão nas primeiras pré-apresentações para eventuais distribuidores e em Festivais?


Paulo Figueiredo: Como vem acontecendo em todas as pré-apresentações, o II Festival de Cinema Transcendental, em Brasília (DF), em março último, serviu como importante teste junto ao grande público. Pude observar e sentir, da maneira mais objetiva e eficiente possível, as reações das pessoas na plateia durante a projeção do filme. Ao longo de cada diferente trecho, notei perfeita compatibilidade entre o que se passava na tela e a consequente reação de todos. Isso significa, eu acho, que as minhas intenções, meu propósito como autor do filme, foram transmitidos ao público da forma imaginada já a partir da criação do roteiro, o que é uma recompensa extraordinária.

Reformador: Quando o filme será lançado e quais suas expectativas?


Paulo Figueiredo: O lançamento está previsto para agosto próximo. Apesar de toda estreia ser recheada de expectativas, a quantidade de razões que temos para acreditar na receptividade do grande público supera eventuais receios, a bem da verdade normais num realizador de filmes.

Reformador: Qual sua visão sobre a difusão de princípios espíritas em filmes cinematográficos e em novelas?

Paulo Figueiredo:
 É um caminho extraordinário, considerado o alcance dessas mídias. Depende, porém, de quem o utilize. Vale aqui lembrar como exemplo o automóvel. Criado como inocente meio de transporte, vira arma letal nas mãos do irresponsável.

Artigo - Desencarnação

Morri e agora?!

Geraldo Campetti Sobrinho
Breves reflexões sobre a morte.
A principal surpresa do indivíduo ao se defrontar com a experiência da morte é a de que continua vivo. A morte não existe. Acreditar na imortalidade espiritual implica em modificar por completo os padrões de vida quando comparados com o perfil do materialista, que não crê em nada além da morte. Aquele que imagina o fim absoluto ao término da existência física não tem razão alguma para ser uma boa pessoa, ajudar o outro, ser honesto, solidário, caridoso. Tudo deixará de existir mesmo; então, para que considerar a ética e os valores defendidos pelos moralistas?

No entanto, quando admitimos a continuidade existencial após o sepulcro, somos naturalmente impelidos a adotar mínimas providências para considerar como ficará nossa situação do outro lado da vida.As concepções religiosas acerca do assunto são variadas e, às vezes, conflitantes. Mas, esta é a razão da existência de diversas religiões, pois cada uma explica à sua maneira como ficará a alma após a morte do corpo físico. Céu, inferno, purgatório, sono eterno, espera de julgamento são opções tradicionais que as doutrinas dogmáticas ofertam a seus profitentes. O Espiritismo tem mais a oferecer.
A vida futura contém a explicação para o entendimento da mensagem de Jesus. Sem a perspectiva do porvir, ficamos limitados a estreitos horizontes que nos impedem de ampliar a visão para entendimento mais amplo do verdadeiro significado da vida, em sua expressão de imortalidade. Um amigo comentava ainda outro dia: “o maior patrimônio que Deus ofereceu ao homem foi conferir-lhe o dom de ser imortal”. Essa condição é inerente à nossa natureza. Portanto, não há como excluí-la, por mais que alguém tenha esse propósito. Nem nós mesmos conseguimos eliminar a essência divina que guardamos na intimidade do ser, pois reconhecer a paternidade de Deus implica assumir a postura de filhos. Entretanto, por mais que tenhamos a ideia de nossa imortalidade, a experiência da morte física é algo que ainda nos causa estranheza, surpresa e, por que não dizer, em algumas situações, mal-estar?! 
Nascemos, morremos, renascemos inúmeras vezes, e continuamos nos acertos e desacertos das provas e expiações, repetindo lições não aprendidas, indo e vindo e tornando a voltar... E a morte, ainda nos causando enorme impacto! Quando observamos e acompanhamos entes queridos, familiares ou amigos próximos, despedindo-se da vida impermanente e acessando o portal da realidade imorredoura, é quase inevitável refletirmos sobre a transitoriedade da existência passageira e a importância da vida perene.
É indispensável que tais reflexões se manifestem enquanto estivermos a caminho, do lado de cá. E o Espiritismo concede-nos essa extraordinária oportunidade, por nos oferecer os elementos indispensáveis para que pensemos mais amplamente, entendendo a essência da vida no antes e depois da breve passagem pela vida material.
Do outro lado da vida não há milagres. E a morte não nos transformará num “passe de mágica”. A situação a ser encontrada por lá é exatamente a que estamos construindo aqui neste momento. Por isso, não percamos tempo em dúvidas e questionamentos desnecessários; esforcemo-nos por praticar a lei de justiça, amor e caridade em sua essência e plenitude. Isso sim é que fará a diferença fundamental entre a nossa felicidade ou infelicidade no grande amanhã que aguarda a todos.

Referências:

KARDEC, Allan. O evangelho segundo o espiritismo. Trad. Guillon Ribeiro. 130. ed. 1. reimp. Rio de Janeiro: FEB, 2011. Cap. 28, it. 40 e 41.
______. O livro dos espíritos. Trad. Evandro Noleto Bezerra. 2. ed. 1. reimp. Rio de Janeiro: FEB, 2011. Q. 165. SIMONETTI, Richard. Quem tem medo da morte? 3. ed. Bauru, SP: CEAC, 2003. XAVIER, Francisco C. Voltei. Pelo Espírito Irmão Jacob. 28. ed. 4. reimp. Rio de Janeiro: FEB, 2010.

Reflexão do Dia


segunda-feira, 11 de junho de 2012


Fanatismo Religioso - José Raul Teixeira






   
    O fanatismo religioso ainda campeia, destilando ódio e sangue em nome de Deus. Até quando vamos assistir a esses fenômenos tão feios, em nome da religião?

       Enquanto houver criaturas que se afirmem religiosas, mas que sejam, em realidade, perturbadas e preconceituosas. Tudo o que essas pessoas dizem e fazem, passa pelo filtro do seu entendimento, e como o seu entendimento está contaminado por conceitos e preconceitos indigestos, por propostas de fé deformadas, as conseqüências do que dizem e fazem estarão carregadas desse desequilíbrio.

       A religião, por si só, traz a todos o ensinamento do bem.

       Se tivermos um arejado entendimento da figura do Cristo, com aberturas emocionais e intelectuais que nos permitam melhor entendê-Lo, melhor O interpretaremos, melhor destrinçaremos Seus ensinamentos. Porém, se tivermos aberturas menores, a tendência será limitar, apertar, condicionar as interpretações dos Seus ensinos em razão da estreiteza da nossa mente.

       Se encontramos pessoas excessivas ou mesmo fanatizadas na pauta do movimento religioso, com certeza serão pessoas fanáticas em tudo o que fizerem. Ninguém consegue ser fanático na religião e não ser fanático (ciumento, possessivo, opressor, dono-da-verdade, etc.) na relação com a esposa, com o marido ou com os filhos ou, ainda, no seu trabalho profissional. São sempre pessoas excessivas. O problema, assim, não é da religião que professam. O problema é delas, estejam na religião ou onde quer que seja.

       O fato de uma pessoa pervertida estar dentro de um templo religioso não significa que ela tenha mudado de vida, do mesmo modo, se encontrarmos um santo visitando um gueto nauseante e sórdido, não significa que ele tenha deixado de ser santo. Onde estivermos portamos a nossa bagagem espiritual, as nossas idiossincrasias ou a nossa cultura, no sentido mais amplo possível. Tudo o que nós fizermos terá o sabor do estado evolutivo a que tenhamos chegado.

       Torna-se, então, necessário nos investir de muita paciência e ter uma visão bastante amadurecida relativamente a irmãos de outras crenças que, muitas vezes, condenam os espíritas porque acham que somos endemoniados, que não somos cristãos ou que não cremos em Deus, como eles crêem. Por mais que falemos de Deus ou de Jesus, a questão para eles é ideológica. Não conseguem aceitar que quem não faça parte dos seus núcleos de crença, quem não faça os mesmos gestos ou não repita os mesmos bordões, possam ser considerados como filhos de Deus. Isso em nada nos deverá perturbar.

       Chegará o dia do aclaramento, do amadurecimento, o dia da verdade. Porém, vale verificarmos se em nossos arraiais não temos confrades com esses mesmos teores de intolerância, com esse mesmo espírito absolutista ou com essa postura messiânica de quem é capaz de salvar o mundo, pelo fato de ser espírita, ou se nós mesmos não alimentamos essa loucura internamente.

       O lamentável é que todos os grupos ou indivíduos que atiram pedras, uns contra os outros, sejam quais sejam as crenças que estejam em litígio, se atribuem a condição de criaturas salvas, redimidas, e com intimidade com Jesus Cristo. Essa suposta intimidade lhes dá o direito de julgar e de condenar as outras pessoas, fugindo completamente do ensino de Cristo que recomendou que amássemos os próprios inimigos e orássemos por aqueles que nos perseguissem e caluniassem. Ora, se nós, os espíritas, não somos inimigos de ninguém, por que tanta malquerença, por que esse espírito inamistoso, por que?

       A nossa felicidade hoje é não existir mais Tribunal do Santo Ofício e não haja mais o espaço para as guerras santas, embora ainda existam, extra-oficialmente. Pelo menos em nosso país isso não pode existir. Essa é a nossa grande felicidade. Isso demonstra que já evoluímos. Mas, no campo minoritário, quando chegamos no crivo da sociedade mais basal, vamos achar Espíritos muito limitados, açulados por mentes muitos sagazes, encarnadas e desencarnadas, que deles desejam tirar proveito, ao mesmo tempo em que lhes retarda a marcha do progresso. Utilizam-nos como marionetes, nesse grande palco da interpretação religiosa. Cabe aos espíritas não alimentar nenhuma guerra com esses irmãos, sem deixar, contudo, de pôr cada coisa em seu lugar na esfera do respeito social, que uns devemos aos outros, a fim de que as relações sociais não se convertam numa balbúrdia. Temos que compreendê-los em seu momento intelectual e moral, e não fazer da mensagem do Cristo uma muralha divisionista, mas um toldo unificador, independentemente dos modos de interpretar os Seus ensinamentos.
( Extraído do site de “O Mensageiro)

domingo, 10 de junho de 2012

Artigo - Drogas

Os pais, os jovens, as drogas...

 •  Postado por Wellington Balbo

Uma das grandes preocupações do mundo contemporâneo é pertinente às drogas, ou, melhor dizendo, o envolvimento dos jovens, nossos filhos, com elas. E quando o fato ocorre em uma família não raro os pais perguntam-se: Onde foi que eu errei? E mil dúvidas perambulam pela cabeça de toda a família em busca de uma alternativa para a resolução de tão intrincado desafio. E fica outra pergunta: O que eu poderia ter feito para que isso não acontecesse? 
Obviamente que não há uma receita para isso, até porque os filhos são espíritos imortais com bagagens e experiências, tendências e virtudes que desconhecemos. São, também, dotados de livre arbítrio, além de não podermos vigiá-los 24 horas por dia para que não se envolvam com o mundo dos entorpecentes. E o que fazer? O ideal é sempre antecipar. Dialogar muito com os filhos, interagir, participar de suas vidas e procurar identificar suas tendências. Enfim, aproximar-se do filho, um contato de alma para alma. Esta é, aliás, uma das grandes missões de quem recebeu pelas vias da reencarnação um espírito para orientá-lo. Mas apenas o diálogo resolve, perguntarão alguns? Óbvio que não daremos para tão complicada situação uma resposta simplista, de modo a fazer pensar que apenas dialogando iremos livrar nossos filhos das drogas. Todavia, consideremos que o diálogo e a participação na vida desses jovens é fundamental para aproximá-los de nós, abrindo caminhos para que nossos ensinamentos sejam melhor assimilados por eles. Vale ainda destacar que muitos jovens adentram o universo do álcool bebericando aos 10, 11 anos nos copos de familiares que permitem que tal coisa ocorra. Os familiares dizem apenas: Sim, você pode tomar um gole de meu copo! Não há a conversa, apenas a permissividade. Tudo pode, tudo vale! E a criança, de natureza curiosa, quer mesmo experimentar. Ah, mas a criança geralmente é um espírito velho envergando corpo frágil. E como fica se tiver tendência aos vícios? Como freá-los depois? Muitos casos assim, de jovens bebericando em copos de familiares acabam dando enorme dor de cabeça não apenas aos pais, mas, sim, a toda sociedade. Observemos, então, a negligência do comportamento. Se sabemos que essas crianças ou jovens são espíritos que podem trazer de outras existências tendências às drogas, como podemos permitir que convivam desde idade infantil com elas? Deixo para sugestão ao leitor interessante experiência narrada por um amigo. Diz ele: “Tenho dois filhos, um menino de 8 e uma menina de 14 anos e todos os domingos realizamos o Evangelho no Lar e o fazemos em frente ao computador assistindo no youtube desenhos animados sobre as parábolas de Jesus”. Você perguntará: Mas o que isso tem a ver com o tema drogas? Respondo que tem tudo a ver, porquanto – segundo meu amigo - essas reuniões estão desdobrando-se de forma tão agradável que, naturalmente, entra-se na abordagem de diversos assuntos da atualidade, tais como: sexo, drogas, consumismo e por aí vai... “Estamos tendo – diz ele – a oportunidade do diálogo. Estamos nos conhecendo melhor. Abrimos as portas de nossa relação para o diálogo. Pode ser que um deles envolva-se com drogas ou coisas ilícitas, todavia estamos pela ferramenta do diálogo mais próximos uns dos outros”. 
Encerro este curto texto, dizendo a você, caro leitor: E, certamente, mais próximos de nossos filhos, equivale a dizer que eles estarão mais longes das drogas.
Pensemos nisso.