E a Vida Continua

domingo, 17 de fevereiro de 2013

Artigo


A importância do Evangelho
na questão da vigilância

No cap. 16 do livro Nos Domínios da Mediunidade, o instrutor Aulus atribui à invigilância a causa principal que leva muitos médiuns a recuarem da jornada iniciada. Segundo ele, livre para decidir quanto ao próprio destino, o médium prefere, muitas vezes, estagiar com companhias indesejáveis, dando ouvidos a elementos corruptores que o visitam pelas brechas da invigilância, e, em face disso, tropeça e se estira na preguiça, na cupidez, na sexualidade delinquente ou no personalismo destruidor, com o que se torna joguete dos adversários do bem que lhe vampirizam as forças e aniquilam suas melhores possibilidades.
O fato descrito acomete, como sabemos, não somente os médiuns, mas os trabalhadores em geral, o que explica por que tantas pessoas começam e logo abandonam o trabalho que poderia ajudá-las a evolver espiritualmente.
Vigiar e orar, eis uma proposta antiga, proferida por Jesus, que a doutrina espírita acolheu e nos indica como medida valiosa para o nosso próprio futuro.
A respeito da prece, é interessante lembrar que os imortais e o próprio Allan Kardec nos recomendam seja ela feita diariamente, de manhã e de noite, podendo também, pelo menos uma vez por semana, consagrar-se a ela um tempo maior, acrescentando-lhe a leitura de algumas passagens do Evangelho. Kardec sugeriu essa ideia em um artigo que podemos ler na pág. 234 da Revue Spirite de 1864, conforme tradução feita por Júlio Abreu Filho, publicada pela EDICEL.
A recomendação de Kardec foi, com certeza, o embrião de uma prática adotada pelos espiritistas conhecida pelo nome de Culto Evangélico no Lar ou, simplesmente, Evangelho no Lar.
As preces diárias e o Culto Evangélico no Lar feito pelo menos uma vez por semana apresentam-se como fatores importantes para que a necessária vigilância do que pensamos e do que fazemos seja observada.
Muito já se escreveu, nas páginas desta revista, sobre os efeitos positivos que decorrem dessa prática. Antes mesmo do advento das obras de Chico Xavier, o Culto Evangélico no Lar já era bem difundido no meio espírita. Como Dr. Bezerra de Menezes disse certa vez em conhecida mensagem, nossos mortos queridos, em grande número de casos, estão invisíveis, mas não ausentes; estão desencarnados, mas não libertos. E são eles os principais beneficiários das preces que fazemos e do Culto Evangélico no Lar que realizamos na intimidade de nossa família.
Dissemos principais, mas não únicos beneficiários, visto que os resultados da prática do Evangelho no Lar estendem-se além das paredes de nossa casa, como Joanna de Ângelis esclarece na mensagem intitulada “Jesus contigo”, constante do cap. 59 da obra Messe de Amor, psicografada por Divaldo P. Franco, que adiante reproduzimos:
“Dedica uma das sete noites da semana ao Culto Evangélico no Lar, a fim de que Jesus possa pernoitar em tua casa.
Prepara a mesa, coloca água pura, abre o Evangelho, distende a mensagem da fé, enlaça a família e ora. Jesus virá em visita.
Quando o Lar se converte em santuário, o crime se recolhe ao museu. Quando a família ora, Jesus se demora em casa. Quando os corações se unem nos liames da fé, o equilíbrio oferta bênçãos de consolo e a saúde derrama vinho de paz para todos. 
Jesus no Lar é vida para o Lar.
Não aguardes que o mundo te leve a certeza do bem invariável.
Distende, da tua casa cristã, a luz do Evangelho para o mundo atormentado.
Quando uma família ora em casa, reunida nas blandícias do Evangelho, toda a rua recebe o benefício da comunhão com o Alto. 
Se alguém, num edifício de apartamentos, alça aos Céus a prece da comunhão em família, todo o edifício se beneficia, qual lâmpada ignorada, acesa na ventania.
Não te afastes da linha direcional do Evangelho entre os teus familiares. Continua orando fiel, estudando com os teus filhos – e com aqueles a quem amas – as diretrizes do Mestre e, quanto possível, debate os problemas que te afligem à luz clara da mensagem da Boa Nova e examina as dificuldades que te perturbam ante a inspiração consoladora do Cristo.
Não demandes a rua, nessa noite, senão para os inevitáveis deveres que não possas adiar.
Demora-te no Lar para que o Divino Hóspede aí também se possa demorar.
E quando as luzes se apagarem à hora do repouso, ora mais uma vez, comungando com Ele, como Ele procura fazer, a fim de que, ligado a ti, possas, em casa, uma vez por semana em sete noites, ter Jesus contigo”.
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segunda-feira, 11 de fevereiro de 2013

Artigo


Reflexões sobre o incêndio
de Santa Maria
 

Passadas duas semanas desde que se verificaram os tristes acontecimentos ocorridos no dia 27 de janeiro na cidade de Santa Maria (RS), o assunto continua sendo objeto de discussões nos meios de comunicação do País, os quais, refletindo as preocupações dos leitores, vêm enfatizando dois pontos.
O primeiro: a esperança de que os acontecimentos do dia 27 despertem a consciência dos agentes públicos e dos empresários para que fatos semelhantes não mais ocorram.
O segundo: a necessidade de que os eventuais culpados pela tragédia sejam devidamente identificados e levados à prestação de contas perante os tribunais.
No meio espírita, como é natural, muitos ainda se perguntam: – Que dizer às pessoas que enfrentam tragédias de idêntica natureza?
Entendemos que a resposta a essa pergunta é simples: – Não há o que dizer, a não ser  orar em favor de todas elas, reafirmando nossa fé em Deus e na misericórdia divina, e procurando entender, com as luzes que o Espiritismo nos oferece, por que ainda ocorrem em nosso mundo fatos semelhantes.
Este pensamento está refletido no editorial da edição de fevereiro do jornal O Imortal, do qual extraímos o trecho abaixo:
“Das muitas manifestações publicadas nos dias seguintes ao incêndio, chegou-nos ao conhecimento um texto intitulado Reflexões espíritas sobre a tragédia de Santa Maria, de autoria da conhecida escritora Dora Incontri, que fez oportunas considerações sobre os fatos registrados na mencionada cidade.
Como afirma Dora em seu artigo, não temos condições de dizer por que aquelas pessoas desencarnaram em condições assim tão aflitivas. Faltam-nos para isso informações de que não dispomos. Os episódios do edifício Joelma, ocorridos em fevereiro de 1974, podem dar-nos uma pista, mas sabemos muito bem que, na vida, cada caso é um caso, que pode ter ou não semelhança com outros.
É claro que com os ensinamentos que temos recebido na doutrina espírita a questão da morte não nos causa o temor ou as angústias que acometem as pessoas despreparadas para enfrentá-la, mas trata-se de informações genéricas que, evidentemente, podem ou não aplicar-se a determinada situação individualmente considerada.”
Inteiramente de acordo com o pensamento de Dora Incontri e com o editorial a que nos referimos, eis o que entendemos seja possível dizer aos nossos irmãos de Santa Maria:
- que Deus é um Pai amoroso, justo e sábio, que deseja somente o bem para os seus filhos...
- que as provas que nos acometem na vida não vêm para nos esmagar, mas para serem superadas e vencidas...
- que a morte não existe e, portanto, os jovens que partiram continuam a viver e poderão, em determinado momento, dar aos familiares notícias de suas condições...
- que a morte traumática deixa marcas naqueles que partem e também naqueles que ficam e, por isso, todos eles necessitam de amparo e oração...
- que o sofrimento tem  sempre significado existencial, que cada pessoa deve descobrir e transformar em motivo de ascensão...
- que a fé, a comunhão com a Espiritualidade, seja ela qual for, dá forças ao indivíduo para superar quaisquer traumas, inclusive os decorrentes de fatos como esse.
*
Além do acima exposto, nada mais nos é lícito dizer, mas, sim, esperar, como a grande imprensa tem destacado, que tragédias como essa jamais se repitam e que as providências que competem à Justiça sejam efetivamente tomadas, porque está provado que é a impunidade que cria as condições para que a negligência e a omissão dos agentes responsáveis se perpetuem.
http://www.oconsolador.com.br/ano6/298/editorial.html

Artigo


“A terapêutica espírita traz o consolo para todos” 
A palestrante e fundadora da Sociedade Espírita de Baltimore
fala sobre o movimento espírita no país em que ocorreram
os fenômenos de Hydesville
Vanessa Cristina Zilli Anseloni (foto) nasceu na cidade de São Paulo e atualmente reside nos Estados Unidos, na cidade de Chantilly, Estado de Virgínia, arredores de Washington, DC. Nasceu em lar espírita, sendo a quinta geração do seu tataravô Attilio Pioltini, imigrante italiano que, juntamente com outros familiares, formou uma das primeiras
células espíritas no interior paulista, cerca de 94 anos atrás, fundando o Centro Espírita Luz e Caridade em Itobi-SP.

Vanessa conviveu desde criança em ambiente espírita, havendo frequentado a Escola de Evangelização e recebido exemplos fundamentais dos seus avós, tios e pais em sua formação espírita. Aos quatorze anos tornou-se monitora em Escolas de Evangelização e aos dezessete anos passou a coordenar os trabalhos de evangelização infanto-juvenil do Instituto Paulo de Tarso, em Ribeirão Preto. É formada em Psicologia pela Universidade de São Paulo, onde também fez o doutorado em Neurociências. Transferiu-se para os Estados Unidos em 1998 para fazer o pós-doutorado na Universidade de Maryland. Desde aquela data, trabalha como neurocientista na Universidade de Maryland, onde também ministra aulas e é diretora do Programa de Ciências Comportamentais.
Nas atividades espíritas exercidas nos Estados Unidos, é presidente-fundadora da Sociedade Espírita de Baltimore (SSB), que mantém o sitewww.ssbaltimore.org, e da Sociedade Espírita da Virgínia; fundadora e coordenadora da Kardec Radio e editora-chefe da Spiritist Magazine, a revista espírita trimestral do Conselho Espírita Internacional. Faz traduções para o inglês das obras de Divaldo Franco e Chico Xavier e tem um livro em parceria com Divaldo Franco, intitulado Nova Geração.
Vanessa Anseloni concedeu-nos a entrevista seguinte: 
Como iniciou suas atividades doutrinárias nos Estados Unidos?
Em 1998, iniciei um grupo de orações e estudos espíritas em meu lar, enquanto ainda solteira. Recebi a ajuda indispensável de Jorge Godinho Nery e sua esposa Antonia Helena. O grupo se iniciou em outubro de 1998 e passou a se reunir em sala de estudos da Universidade de Maryland em março de 1999. 
Como são recebidas as propostas espíritas nos Estados Unidos?
O Espiritismo ainda não é conhecido em grande escala nos EUA, muito porque a maioria dos grupos espíritas existentes ainda faz os trabalhos em língua portuguesa ou espanhola, o que naturalmente cria uma barreira para que os que não falam estas línguas possam adentrar os espaços espíritas. No entanto, desde que a Sociedade Espírita de Baltimore (SSB) iniciou seus esforços em palestras na língua inglesa, no final de 2001, o cenário vem se modificando, pois atualmente há diversos outros grupos e centros que abraçaram os estudos e a prática espírita na língua inglesa.
O perfil do americano que chega à casa espírita é bem diferente. Geralmente não são ex-católicos, como no Brasil. Costumeiramente, são pessoas que foram protestantes e já experienciaram outras linhas de trabalho espiritual-esotérico e agora encontraram o Espiritismo. São inúmeros os americanos que chegam às casas espíritas depois de terem ouvido falar sobre o Espiritismo graças aos trabalhos de cura realizados por João de Deus em Abadiânia, Goiás. 
Fale-nos sobre a Sociedade Espírita de Baltimore.
Iniciamo-la em meados de outubro de 1998 no meu apartamento da Charles Street em Baltimore, com a intenção inicial de servir como grupo de estudos e Evangelho no Lar, com a ajuda do casal Jorge Godinho Nery (assessor da presidência da FEB) e Antonia Helena Nery. Estudávamos o ESDE da FEB. Em poucos meses, mudamos para uma sala reservada da Universidade de Maryland. Em meados de 2001, uma americana amiga, a psicoterapeuta Daryl Joyce, sugeriu-nos realizar reuniões públicas em inglês. Apresentou-nos a Zohar Meyerhoof, diretora, radialista, benfeitora da cidade de Baltimore, a qual nos abrira as portas para realizar os primeiros workshops em sua clínica de medicina holística. Ali ficamos por anos, até que em 2006 uma senhora americana, Judith Campbell, juntamente com seu marido, Kevin Campbell, tendo vindo ao tratamento espiritual e ficando maravilhados com o trabalho espírita, quiseram ajudar nossa instituição. Montaram um centro para que a SSB pudesse utilizar, com todas as despesas pagas. Ficamos lá por dois anos. Em 2008, no entanto, a SSB resolveu investir em espaço independente, onde nos encontramos até o presente momento.
Neste entremeio, a SSB tem trabalhado com traduções dos livros e CDs de Divaldo Franco, Raul Teixeira e Francisco Cândido Xavier. Sob a coordenação de Daniel Santos, temos aberto espaço para a transmissão on-line dos trabalhos espíritas desde 2005, através do site da TVCEI. Também em 2008, lançamos o primeiro programa de estudos espíritas em inglês intituladoRoadmap Program for the Spiritist Study and Practice, com aulas e vivências para quem queira aprender sobre o Espiritismo. Este material foi adotado neste ano pelo CEI e já se encontra implantado em dezenas de grupos dos EUA e em processo de implantação em outros países, a partir de traduções. O sucesso doRoadmap levou-nos a lançá-lo em forma de e-learning via website www.e-spiritism.org com a ajuda de Daniel Santos e Mackenzie Melo. Atualmente, há mais de 800 inscritos, sendo que a primeira pessoa a terminar o primeiro curso foi uma alemã residente na Inglaterra.
Em 2007, recebendo inspiração do Alto, lançamos o primeiro congresso espírita americano somente na língua inglesa. Fora o Primeiro Simpósio Espírita dos EUA em Baltimore. Coordenamos os três primeiros, em 2007 em Baltimore, em 2008 em Nova Iorque e em 2009 em Boston. Em 2010, ele passou a ser coordenado pelo Conselho Espírita Americano. A Sociedade Espírita de Baltimore também tem incentivado e ajudado na formação de outros grupos locais, como, por exemplo, o Spiritist Society of Virginia, formada desde 2007 e o grupo de estudos espíritas de Delaware e Pensilvânia, onde realizamos um evento especial com Haroldo Dutra Dias no dia 4 de novembro do ano passado. 
Como são realizados os estudos na Sociedade. Existem palestras públicas?
Buscamos seguir o modelo dado na Codificação. Deste modo, o foco é o consolo e o esclarecimento da alma reencarnada. Assim, todos os tópicos primam por combinar os três aspectos doutrinários: filosofia, ciência e religião. Abrimos com uma leitura de livro inspirador como Happy Life por Joanna de Angelis, seguida de uma prece inicial. Fazemos a explanação em 45 a 60 minutos, seguida de passes e água fluidificada. Todas as nossas reuniões ocorrem somente na língua inglesa. 
Os estadunidenses participam ativamente desses encontros?
Há aqueles que participam ativamente, no entanto, ainda são poucos, se comparados com o número de brasileiros que, em já compreendendo a mensagem e tendo tido modelos vivos como Chico Xavier e Divaldo Franco, abraçam o trabalho com maior facilidade. 
Quais são as respostas deles no contato com a Doutrina Espírita?
Quando conhecem o conteúdo, ficam maravilhados, pois que não difere do que pensavam e viram em outras filosofias. No entanto, buscam compreender a dinâmica da prática espírita que para eles ainda é novidade, como, por exemplo, o não cobrar das atividades mediúnicas ou de passes. A questão do comprometimento sacrificial e a necessidade da disciplina espírita ainda são elementos estranhos, bem como a questão do trabalho desobsessivo. Para eles, custa um tanto a entender o trabalho mediúnico em equipe, uma vez que estão tão acostumados a exercitar a mediunidade individualmente, como no modelo americano da televisão. Em várias ocasiões buscamos fazer pontes de trabalho e colaboração para trazer o Espiritismo onde ele ainda não é conhecido, como, por exemplo, temos feito desde 2005 na cidade espiritualista de Lily Dale, NY. Através dos programas da Kardec Radio, que já tem ouvintes em mais de 60 países, temos buscado fazer estas pontes para que o Espiritismo chegue aonde ainda levaria muito mais tempo por mecanismos convencionais.  
Há outras instituições espíritas vinculadas ao seu trabalho? Quais?
Buscamos sempre trabalhar em colaboração com as demais organizações espíritas, apoiando-nos mutuamente. Nossas organizações estão filiadas ao Conselho Espírita Americano. 
Como é formado o grupo de trabalhadores espíritas que a sustenta nestas atividades?
Ele é mesclado de brasileiros e outros latino-americanos, bem como americanos e de outras nacionalidades. Neste aspecto, diferentemente do Brasil, em que a maioria dos grupos são brasileiros, aqui temos a necessidade de adquirir a tão mencionada competência cultural para que possamos acolher com versatilidade entre tantas diferenças culturais. Como todas as nossas reuniões ocorrem na língua inglesa, temos maior facilidade de abrir espaço comum entre as diversas nacionalidades, não priorizando nenhuma, a não ser a que nos acolhe, conforme os preceitos espíritas de André Luiz em o livroEntre Irmãos de Outras Terras, capítulo 1. 
A literatura espírita está presente nas instituições que dirige?
O livro espírita é o carro chefe de nossas atividades, sendo que temos livrarias dentro dos centros para proporcionar e disponibilizar a literatura espírita para os atendentes do centro. Somente colocamos a literatura espírita em língua inglesa, a fim de evitar problemas culturais e incentivar a disseminação do livro espírita em inglês. Isto também ajuda os próprios imigrantes, pois que há pesquisas científicas que mostram que os imigrantes nos EUA que falam a língua inglesa têm melhor autoestima, tão fundamental para a saúde mental. Assim, proporcionar recursos na língua inglesa ajuda tanto o imigrante quanto o anfitrião. 
Em sua opinião, a Doutrina Espírita poderá criar raízes nos Estados Unidos?
Diríamos que as raízes já existem. Não existe acaso quando Kardec mantinha correspondência com norte-americanos. Num segundo momento, vemos Chico Xavier visitando os EUA em 1965, gerando a produção mediúnica publicada no livro Entre Irmãos de Outras Terras. Atualmente, o movimento espírita nos EUA tem crescido muito e se expandido significativamente desde os esforços iniciados pela Spiritist Society of Baltimore em 2001 e os esforços recentes do Conselho Espírita dos EUA. 
Aqui do Brasil vocês recebem ajuda para o seu trabalho?
Sim, de amigos que oram para que os esforços se cumpram, bem como de familiares espíritas. A Federação Espírita Brasileira e o Conselho Espírita Internacional têm apoiado os esforços espíritas no território americano. 
A terapêutica espírita por meio dos passes e da água fluidificada, bem como o atendimento fraterno, é bem aceita pelos estadunidenses e imigrantes que aí residem?
Com certeza! É o que eles mais procuram. O sofrimento está em todas as partes, independente da nacionalidade. Ele é universal. E por isto a terapêutica espírita traz o consolo para todos. 
Fale-nos das suas perspectivas quanto ao futuro do Espiritismo nos Estados Unidos e no mundo como um todo.
Como o Espiritismo é o Consolador Prometido, Jesus, nosso Governador, Modelo e Guia, com certeza, tem um lindo plano para a disseminação desta mensagem inesquecível. Vemos o crescimento de novos grupos e novas iniciativas em todas as partes dentro dos EUA, do Canadá, da Inglaterra e em outras localidades. Recentemente, estivemos na Colômbia no Congresso Espírita com Divaldo Franco. Que maravilha! Fraternidade e solidariedade. 
Suas palavras finais.
Amigos e irmãos brasileiros, quanta honra em conhecermos o Espiritismo! Tanto conhecimento para transformarmos nossas vidas. Oremos, irmãos, por todos aqueles que estão neste planeta querido. E em especial, pedimos suas orações para o povo americano e suas lideranças, para que nosso planeta venha a cumprir a Vontade de Deus na Terra, pois, de acordo com as palavras de Emmanuel no livro A Caminho da Luz, a equipe de Jesus espera dos EUA que seja o cérebro da Nova Civilização. E como neurocientista, amando o cérebro como ninho da mente, nas palavras de André Luiz, que possamos ajudar o cérebro do planeta com o oxigênio da Doutrina Espírita!
http://www.oconsolador.com.br/ano6/298/entrevista.html

domingo, 3 de fevereiro de 2013

Artigo - Sacramento - MG

Brasil
Ano 6 - N° 297 - 3 de Fevereiro de 2013
MICHELE RIBEIRO DE MELO
michele.univem@gmail.com
Tupã, SP (Brasil)

  


Um sucesso o 47º Encontro de Evangelização de Espíritos
evento realizou-se na cidade de Sacramento (MG) e reuniu
390 pessoas de diversas localidades do País
 
O Grupo Espírita Esperança e Caridade, realizou nos dias 18, 19 e 20 de janeiro o 47º Encontro de Evangelização de Espíritos no Colégio Allan Kardec, na cidade de Sacramento, Minas Gerais, com o tema “As Marcas do Cristo no caminhar do Espírito”.
 
O evento contou com a participação de 390 pessoas de diversas regiões do Brasil e foi apresentado pelos trabalhadores do Grupo Espírita Esperança e Caridade sob a direção de Alzira Bessa França Amui (foto).
O Encontro de Evangelização de Espíritos ocorre duas vezes ao ano nos meses de janeiro e julho com o objetivo de apresentar a metodologia
meses de janeiro e julho com o objetivo de apresentar a metodologia criada por Eurípedes Barsanulfo, trabalho vivenciado no Mundo Espiritual que direciona de maneira grandiosa o entendimento da Doutrina Espírita na vida do Espírito Imortal que somos.
O trabalho da equipe do emérito educador tem por finalidade maior educar o espírito, para que possa se libertar de preconceitos, atavismos, modificar paradigmas e despertar a consciência do Ser para seu verdadeiro papel, diante das leis divinas e das oportunidades evolutivas concedidas por Deus.
A força propulsora do Evangelho foi enfatizada
no encontro
Neste encontro foram discutidas as marcas do Cristo, um convite para o Espírito observar qual é o reflexo dos ensinamentos de Jesus em sua vida.
O evento refletiu no quanto o Jesus representa um novo paradigma para a humanidade refletindo que poucos são os espíritos que compreenderam suas lições como um grande processo transformador de pensamento e sentimento.
Foi analisada a síntese do espírito, observando que a  Evangelização de Espíritos é um modelo de ação do pensamento que permite ao espírito perceber o ser espiritual que é, valorizando sua reencarnação e o papel que ela representa.
O Encontro refletiu na necessidade de ligarmos nosso pensamento ao Evangelho de Jesus para alcançar a ascensão espiritual com segurança. Tratou também do crescimento do espírito, a importância do planejamento reencarnatório no contexto evolutivo, o livre-arbítrio e a força propulsora do Evangelho.
Moacyr Camargo, com seu inegável talento,
também se fez presente
 
A equipe de Eurípedes Barsanulfo vem, por meio desses encontros, sensibilizar os Espíritos espíritas para que eles despertem e tomem consciência da importância do Evangelho de Jesus em suas vidas.
Os participantes do encontro puderam apreciar uma belíssima apresentação de artes que contou com a encenação de peças teatrais, apresentação do coral “Corina Novelino” sob a regência de Moacyr Camargo e músicas do pianista Saulo Amui.
Foi lançado o  livro tema do encontro “As marcas do Cristo no caminhar do espírito”, obra mediúnica da equipe Eurípedes Barsanulfo organizada por Alzira Bessa França Amui e Luciano S. Varanda, pela editora Esperança e Caridade.
O evento foi um grande sucesso, reacendendo em todos os ensinamentos de Jesus que precisam ser vivenciados pelo espírita compromissado com seu progresso espiritual e deixou nos participantes grande expectativa pelo próximo encontro que ocorrerá no mês de julho deste ano. 

http://www.oconsolador.com.br/ano6/297/especial2.html

Artigo


O idoso e a relação familiar
Como cuidar, respeitar e amar
“(...)  Mas, se  alguém  não  tem cuidado dos seus, e principalmente  dos da sua família, negou a fé, e é pior do que o infiel.”  – Paulo (Timóteo, 5:8.)
Mudar a sociedade não é fácil, mas mudar a forma como tratamos as pessoas à nossa volta é algo que está inteiramente ao nosso alcance.
A Drª. Roberta da Silva, CRMRS 27659 - Médica especializada em Geriatria, explica que na cultura oriental o idoso é o membro da família detentor de sabedoria e merecedor de profundo respeito. Assim, conselhos são solicitados a ele, que possui não somente uma soma de anos, mas valores, experiências e sabedoria que guiam os mais jovens nos desafios e caminhos que a vida proporciona. Parece-lhes simples, dessa forma, auxiliados pelos mais velhos, conhecer de antemão o caminho que deverá ser percorrido, os alertas aos quais devem estar atentos, as adversidades que vão encontrar. E o mais importante: são-lhe gratos. Dignificam o idoso até seus últimos momentos.       
E nós, o que aprendemos com os nossos? Servem-nos de conselheiros? Respeitamo-los como merecem? A  Dra. Roberta Silva acredita que não, uma vez que a nossa sociedade, a julgar por tudo aquilo que podemos observar, tem outro olhar diante da terceira idade: os idosos muitas vezes acabam ocupando um “status” de improdutivos. Não trabalham mais, como se o mercado de trabalho lhes oferecesse chances dignas para produzir.
Quantas vezes já ouvimos: “o vovô está caducando...” ou “no seu tempo era diferente! Isso já era”. O conflito de gerações nos lares, mudanças de hábitos, de tecnologias, não podem existir em detrimento do respeito, dos bons costumes e dos sentimentos. 
Popularmente diz-se que o ser humano aprende com a dor. Diferente dos orientais, a maioria de nós despreza tamanha oferta de saber. Prefere arriscar-se mais, correr mais, a escutar preciosas lições. Fica claro, neste ritmo desenfreado, que preferimos culpar nosso estilo de vida, a correria do dia-a-dia e os afazeres para ganhar a vida, a culpar-nos por tamanha indiferença.
Hoje, o que se busca na Geriatria é o envelhecimento com qualidade de vida: prevenção de doenças, avanços nos tratamentos, mas ainda não existe medicação para curar o mal da solidão e do abandono que aflige mais de 15% dessa população.
Com certeza chegou a hora de educar-nos e a nossos filhos. Mostrar-lhes que aquelas rugas não assinalam apenas dias e dias vividos, mas são as marcas dostrabalhos que tiveram para que hoje estivéssemos aqui em razoáveis condições de cultura, conforto e bem-estar.  
Aconchego doméstico só o lar tem condição de oferecer 
Há que compreender que muitas vezes o andar mais vagaroso, as mãos trêmulas e sua voz com tons mais baixos não significam fraqueza, mas sinais que indicam que nessa ocasião precisam ser mais abraçados do que podem abraçar; de que já perderam muito e muitas pessoas que ainda lhes são caras, que por isso a família talvez seja tudo aquilo que eles ainda têm, e isso significa muito.
Quando a família opta pelo internamento do idoso em asilos, sua expectativa de vida decresce de forma significativa, por melhores que sejam as instalações e por mais bem cuidados que sejam por profissionais competentes. Afinal, aconchego doméstico só mesmo os lares têm condição de oferecer, mas oferecem?
Há que ter capacidade de entender que os idosos ainda podem ser úteis, talvez não mais com força ou oferecendo quantias monetárias, mas com conselhos, com afetos aos demais membros da família, em especial com as crianças, cuidando das pequenas coisas que podem fazer nos lares.  É difícil sensibilizar pessoas. Mas apenas pense como gostaria de ser tratado por seus filhos na sua terceira idade. Não esqueça que o seu exemplo está sendo observado e será repetido por eles.   
Na década de 40 os idosos representavam somente 0,7% da população brasileira e hoje este grupo representa 2,5%. Segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) no ano 2025, eles chegarão a 34 milhões, colocando o nosso país em 6º lugar no mundo em população idosa.  Fazem-se, portanto, necessárias as devidas providências para atendimento dessa parte bastante expressiva da sociedade, e aí a família tem um papel muito importante.
Como está atualmente o relacionamento dos membros mais jovens com os parentes que já estão na terceira idade e o que se pode fazer para melhorar essa convivência?
O que significa ter um idoso morando com os demais membros da família?
De um modo geral, a presença do idoso na família vai resultar em algumas ingerências em especial na educação das crianças, o que obviamente é missão dos pais. Mas não há problema algum que não possa ser contornado quando existe respeito e amor pelos mais velhos. Os familiares não podem jamais perder de vista que os idosos já tiveram a sua fase de trabalho e de provedores. Portanto, a Terceira Idade não é uma fase para se conquistar o afeto da família e sim usufruir de algo já construído. Por isso, é importante, para os mais jovens, construírem desde já a harmonia familiar. Nada impede que os idosos possam fazer alguns serviços caseiros mais leves, mas não pode existir abuso.   
A piedade filial não pode ser negligenciada 
Os Benfeitores Espirituais revelaram a Kardec que o limite do trabalho é o das forças, deixando Deus, a esse respeito, inteiramente livre o homem, e acentuaram que ele tem o direito de repousar na velhice, não sendo a nada obrigado, e, se algum encargo tiver, que seja esse de acordo com suas possibilidades físicas.
Ensina o caroável Mestre lionês que a piedade filial não pode ser negligenciada, uma vez que se encontra implícita no mandamento: “Honrai a vosso pai e a vossa mãe”.  Honrá-los, outra coisa não é senão “respeitá-los, assisti-los nas necessidades, proporcionar-lhes repouso na velhice, cercá-los de cuidados como eles fizeram conosco, na infância”.  “Sobretudo para com os pais sem recursos” – continua Kardec – “é que se demonstra a verdadeira piedade filial. Obedecem a esse man­damento os que julgam fazer grande coisa porque dão a seus pais o estritamente necessário para não morrerem de fome, enquanto eles de nada se privam, atirando-os para os cômodos mais ínfimos da casa apenas por não os deixarem na rua, reservando para si o que há de melhor, de mais confortável?  Ainda bem quando não o fazem de má vontade e não os obrigam a comprar caro o que lhes resta a viver, descarregando sobre eles o peso do governo da casa! Será então aos pais velhos e fracos que cabe servir a filhos jovens e fortes? Ter-lhes-á a mãe vendido o leite, quando os amamentava? Contou porventura suas vigílias, quando eles es­tavam doentes, os passos que deram para lhes obter o de que necessitavam? Não. Os filhos não devem a seus pais pobres só o estritamente necessário: devem-lhes também, na medida do que puderem, os pequenos nadas, os supér­fluos, as solicitudes, os cuidados amáveis, que são apenas o juro do que receberam, o pagamento de uma dívida sa­grada. Unicamente essa é a piedade filial grata a Deus”.
Dentro da alçada da piedade filial, a Drª. Roberta Silva ainda acrescenta:
“(...) Uma boa iniciativa para se viver melhor numa família com a presença de um idoso é ensinar as crianças a respeitá-lo e valorizá-lo, contornando com amor e gentileza os muitos lapsos de memória e procurando compreender, igualmente, os discursos repetitivos e a demora do raciocínio da parte dele. Há que se ter sempre na lembrança que a idade avançada nem sempre é sinônimo de ostracismo e de inatividade. No Velho Testamento, existe um salmo que diz: ‘Na velhice ainda darão frutos, serão viçosos e florescentes’ .”  
O envelhecimento faz parte do curso natural da vida 
A Doutora em Psicologia pela Universidade de São Paulo e Professora da Universidade Estadual de Londrina, Verônica Bender Haydu, escreveu um artigo na Tribuna do Vale do Paranapanema, nº 1179, intitulado: ‘Cuidar, respeitar, amar’, no qual ela mostra aspecto importante para a vida das pessoas, e no que se refere aos idosos, afirmou: ‘Não vou especificar qual a idade que define a velhice, pois isto é muito relativo, podendo-se considerar que ela começa aos 50, 60 ou 70 anos. Neste texto, vou escrever sobre as pessoas comuns, aquelas que nos rodeiam, como nossos avós, pais, tios, sogro e sogra. Vou escrever sobre o idoso que está à nossa volta e para o qual podemos ‘fazer a diferença’.
O envelhecimento faz parte do curso natural da vida e acontecerá a todos aqueles que não morrerem antes de atingirem idades mais avançadas. Viver é envelhecer... Com a maturidade, adquirimos conhecimento, sensibilidade para relacionamentos afetivos e uma forte tendência para recorrer às experiências anteriores, e, quando temos um bom relacionamento interpessoal, adquirimos confiança e segurança. Por outro lado, com o envelhecimento de nosso corpo, perdemos capacidade física; ficamos preocupados com as doenças, que passam a ocorrer com frequência cada vez maior; ficamos com medo de morrer, pois vemos pessoas do nosso convívio, como amigos e familiares morrendo; e somos substituídos por pessoas mais jovens em nosso trabalho ou emprego.  Além disso, as pessoas que nos rodeiam passam a nos designar ‘velhos’, muitas vezes de forma pejorativa e maldosa. Não raro, vemos pessoas idosas sendo submetidas a maus tratos que não são práticas presentes apenas em nossa cultura. Este é um problema global que recebeu atenção da Organização Mundial de Saúde, que na Declaração de Toronto para a Prevenção Global de Maus Tratos às Pessoas Idosas definiu maus tratos ao idoso “como qualquer ato isolado ou repetido, ou a ausência de ação apropriada, que ocorre em qualquer relacionamento em que haja uma expectativa de confiança, e que cause dano, ou incômodo a uma pessoa idosa. Estes podem ser de vários tipos: físico, psicológico/emocional, sexual, financeiro ou simplesmente refletir atos de negligência intencional, ou por omissão”.
Diante desse cenário, eu pergunto: O que podemos fazer para que a nossa sociedade seja mais justa e para que as pessoas idosas também possam ser felizes? Basta um pouco mais de tolerância e de disposição para enxergar as contribuições que elas são capazes de fazer.   
O idoso e a família: os dois lados da mesma moeda 
Quando cobramos ações e reações que estão fora do alcance do idoso devido às limitações impostas a ele pela idade, ou quando exploramos o idoso com trabalho e exigências acima de suas possibilidades, criamos um ambiente coercitivo que provoca reações de fuga. Assim, para poder escapar das exigências e das agressões, o idoso se refugia e se isola, e com o isolamento muitas vezes vem a depressão. O isolamento e a depressão são condições que favorecem o aparecimento de outras doenças. O que eu quero enfatizar é que a negligência, o descaso e a violência emocional e física só pioram as condições dos idosos no que diz respeito a ser produtivo, ter uma vida social intensa, ter saúde, enfim, ter uma velhice bem sucedida.
A receita para que possamos “fazer a diferença”  é:  Cuidar e fazer-se cuidar. Entende-se que cuidar do idoso é dar atenção, é enxergar as suas necessidades, é dar carinho e afeto. Criticar, depreciar, reprimir, xingar, punir não são maneiras apropriadas de cuidar de quem quer que seja. Fazer o idoso se cuidar é dar oportunidade para que ele se preocupe com a própria saúde, é, acima de tudo, valorizar seus feitos, para que ele seja produtivo e procure ser feliz e motivado no convívio social e, dessa forma, tenha uma vida digna, bem diferente da vida de isolamento.
Pesquisando na revista da PUC/SP, ano I, nº. 8, de novembro de 2000, localizamos um artigo escrito pela assistente social Fátima Teixeira, com mestrado pela PUC/SP, intitulado “O idoso e a família: os dois lados da mesma moeda”, no qual ela aborda a questão do idoso dentro do âmbito familiar sobre dois enfoques: de um lado, o ponto de vista do idoso com suas necessidades e expectativas,  e  do  outro  a  família  moderna com sua organização e dinâmica, nem sempre entendendo o processo que o idoso vem experimentando nessa etapa da vida. Teixeira define a família como um grupo arraigado numa sociedade e tem uma trajetória que lhe delega responsabilidades sociais. Especialmente perante o idoso, a família vem assumindo um papel importante e inovador, na medida em que o envelhecimento acelerado da população que estamos constatando é um processo recente e ainda pouco estudado pelas ciências sociais.
A Constituição Federal de 1988 apresenta a família como base da sociedade e coloca como dever da família, da sociedade e do Estado “amparar as pessoas idosas assegurando sua participação na comunidade, defendendo sua dignidade e bem-estar e garantindo-lhe o direito à vida”.  
O que o idoso necessita é sentir-se valorizado  
Neste sentido, cabe aos membros da família entender essa pessoa em seu processo de vida, de transformações, conhecer suas fragilidades, modificando sua visão e atitude sobre a velhice e colaborar para que o idoso mantenha sua posição junto ao grupo familiar e à sociedade.
Aqui cabe uma pergunta: Como os filhos, de uma maneira geral acostumados a serem cuidados e dependentes dos pais por bons anos de suas vidas, num dado momento passam a experimentar uma inversão nessas relações quando os pais começam a necessitar de atenção e ajuda? Com as fragilidades que muitas vezes acompanham o processo de envelhecimento é comum surgirem conflitos entre os filhos quando a situação dos pais passa a lhes exigir novas responsabilidades e cuidados. A família precisará, então, de um período de adaptação para aceitar e administrar com serenidade a nova situação, de forma a respeitar as necessidades dos pais e evitar que se sintam uma sobrecarga para os filhos. Daí a importância de o idoso concentrar esforços para, nos mais diversos sentidos, não se entregar à inatividade, evitando o mais possível o sentimento de dependência da família que tanto o aflige.
Os idosos alimentam a expectativa de receberem atenção e cuidados dos filhos e netos no momento em que perderem ou tiverem suas capacidades físicas e intelectuais diminuídas, fantasma constante a perseguir e preocupar os mais velhos. Essa dependência se caracteriza num verdadeiro acordo tácito, ou seja, uma negociação na qual os pais acalentam a expectativa de obter, no momento que necessitarem, a retribuição pela dedicação oferecida à família.
As mudanças que estão ocorrendo nas representações de família nas novas gerações estão exigindo formas alternativas de convívio familiar e reformulação de valores e conceitos. A família brasileira do terceiro milênio está cada vez mais distanciada do modelo tradicional, no qual o idoso ocupava lugar de destaque. Estamos vivendo um importante período de transição e mudanças, no qual se faz necessário o entendimento das transformações sociais e culturais que se vêm processando nas últimas décadas, para enfrentarmos o nosso próprio processo de envelhecimento dentro de expectativas condizentes com as novas formas de organização familiar. No entanto, qualquer que seja a estrutura na qual se organizará a família do futuro, há a necessidade de se manterem os vínculos afetivos entre seus membros e os idosos. Nessa fase da vida, o que o idoso necessita é sentir-se valorizado, viver com dignidade, tranquilidade e receber a atenção e o carinho da família.

Fontes consultadas:


Revista da PUC/SP, ano I, nº. 8, de novembro de 2000.

Tribuna do Vale do Parapanema nº 1179. 

O Livro dos Espíritos, de Allan Kardec

O Evangelho segundo o Espiritismo, de Allan Kardec.

ROGÉRIO COELHO
rcoelho47@yahoo.com.br 
Muriaé, MG (Brasil)      http://www.oconsolador.com.br/ano6/297/especial.html

sábado, 2 de fevereiro de 2013

Bolos de Caneca

Apenas três minutos no micro-ondas são suficientes para preparar essa delícia


POR ANA PAULA DE ARAUJO - PUBLICADO EM 01/07/2011Share on emailShare on facebookShare on twit
Eles são uma delícia e muito - muito! - práticos. Há uma razão para enfatizar o "muito": com apenas três minutos no micro-ondas, você pode preparar deliciosos bolos de caneca - e sem precisar untá-la. É a opção ideal para quando a fome bate e estamos com pressa, sem contar que é fácil encontrar quase todos os ingredientes em casa.
O preparo dessas receitas também pode ser uma tarefa muito divertida. Nessas férias, que tal fazer a criançada colocar a mão na massa? Isso exercita a criatividade dos pequenos. "O que as crianças mais adoram é a parte da decoração, que não tem limites, já que cada criança pode criar o seu próprio bolinho", conta a chef Lu Borges, da Especiaria Doces Artesanais, de São Paulo. 

Antes de começar a juntar os ingredientes, preste atenção em sua caneca. Para que não transborde, Lu Borges alerta que ela deve ter, pelo menos, de 300 ml a 400 ml, além de ser adequada para o uso em micro-ondas. "O maior cuidado é encher de massa só até a metade da caneca, e limpar bem as bordas para não queimar", aconselha Lu, que lembra que não é necessário untar o recipiente. A receita também pode ser feita em cumbucas para sopa.

A nutricionista Jessica Rodrigues Babadopulos, consultora dos Hotéis Mércure, São Paulo, ainda alerta que os bolos de caneca, em geral, são extremamente calóricos, podendo passar de 1000 kcal. Ela conta que as versões originais da receita têm, em média, 200 kcal a 300 kcal a mais do que as versões light apresentadas a seguir. Por isso, não abuse, já que essas opções continuam calóricas.

Confira as receitas, preparadas pela chef Lu Borges:
BOLO DE CANECA DE CHOCOLATE 

Bolo: 
1 ovo inteiro
4 colheres (sopa) de leite desnatado
2 colheres (sopa) de margarina light em temperatura ambiente
2 colheres (sopa) de chocolate em pó diet
4 colheres (sopa) de multi adoçante (para forno e fogão)
4 colheres (sopa) de farinha de trigo peneiradas
1 colher (café) de fermento em pó
Rendimento: em média 01 porção
*Importante: o rendimento vai depender do tamanho da caneca.
Valor calórico: 780 kcal

Opções de Cobertura
Calda de chocolate: 
1 colher (sopa) de adoçante
1 colher (sopa) de chocolate em pó sem açúcar
1 colher (sopa) de margarina light
Opcional: Lascas de amêndoas torradas para decorar
Valor calórico: 105 kcal

Ganache de Chocolate  :
150g de chocolate meio amargo
1/2 lata de creme de leite light
Cacau em pó para polvilhar
Valor calórico: 900 kcal
*Importante: A receita rende, aproximadamente, 150g de cobertura, que pode ser utilizada para, em média, 6 bolinhos.

Modo de Preparo do bolo: Em uma caneca grande, com um batedor, bata todos os ingredientes, até que a massa fique bem uniforme. Encha a caneca até a metade. Leve ao micro-ondas por dois ou três minutos (depende da potência do seu micro-ondas).

Modo de Preparo da Cobertura: Misture os ingredientes em um recipiente refratário. Leve por 30 segundos ao micro-ondas e misture bem. Fure o bolinho com um garfo e regue com a calda. 
Peça ajuda das crianças para preparar a receita
BOLO DE CANECA INTEGRAL 

Bolo: 
1 ovo pequeno
5 colheres (sopa) de leite ou 4 colheres de creme de leite (fica mais cremoso)
2 colheres (sopa) de óleo
2 colheres (sopa) rasas de chocolate em pó diet
4 colheres (sopa) rasas de açúcar mascavo
4 colheres (sopa) rasas de farinha de trigo integral
1 colher (café) rasa de fermento em pó
1 colher (sopa) de aveia
1 colher (sopa) rasa de linhaça
1 colher (sopa) rasa de semente de girassol
1/2 maçã picadinha
Rendimento: de 2 a 3 porções
*Importante: o rendimento vai depender do tamanho da caneca.
Valor calórico: 880 Kcal

Modo de Preparo do bolo: Coloque o ovo em um refratário e bata bem com o batedor ou um garfo. Acrescente o óleo, o açúcar, o leite ou creme de leite, o chocolate, o açúcar mascavo e bata mais. Acrescente a farinha de trigo integral peneirada, a aveia, a linhaça, as sementes de girassol e a maçã picada e mexa bem até que todos os ingredientes se incorporem à massa. Por último adicione o fermento delicadamente, sem bater, só para misturar a massa. Leve por três minutos no micro-ondas, na potência máxima
BOLO DE CANECA DE FUBÁ 

Bolo: 
1 ovo pequeno 
3 colheres (sopa) de óleo 
2 colheres (sopa) rasas de multi adoçante (para forno e fogão) 
4 colheres (sopa) de leite 
2 colheres (sopa) rasas de fubá 
4 colheres (sopa) rasas de farinha de trigo 
1 colher (café) de fermento em pó 
Valor calórico: 800 Kcal

Cobertura: 
1 colher (sopa) de suco de goiaba sem açúcar 
1 colher (sopa) adoçante em pó (forno e fogão) 
5 gotas de adoçante líquido ou em pó à gosto 
1 colher (sopa) água 
Valor calórico: 48 Kcal

Rendimento: de 1 a 2 porções 
*Importante: o rendimento vai depender do tamanho da caneca
Modo de Preparo do bolo: Derrame o ovo no refratário e bata com o garfo. Acrescente o óleo, o adoçante, o leite e o fubá e misture. Em seguida, coloque a farinha de trigo e o fermento e mexa até dar o ponto. Leve por três minutos no micro-ondas em potência máxima. 
Modo de Preparo da Cobertura: Misture tudo e espalhe sobre o bolo, ainda quente. 
BOLO DE CANECA DE CENOURA 

Bolo: 
1 ovo Meia cenoura média 
1 colher (sopa) de multi adoçante (para forno e fogão) 
1 pitadinha de sal 
3 colheres (sopa) de leite 
3 colheres (sopa) de óleo 
1 colher (sopa) de amido de milho 
3 colheres (sopa) de farinha de trigo 
1 colher (café) de fermento em pó. 

Rendimento: de 1 a 2 porções 
*Importante: o rendimento vai depender do tamanho da caneca.
Valor calórico: 665 Kcal

Modo de Preparo do bolo: Derrame o ovo num refratário e bata com um mixer (com isso, a textura da receita ficará excelente). Acrescente os demais ingredientes e mexa até dar o ponto. Leve por três minutos no micro-ondas em potência máxima. 
A cobertura de ganache light ou chocolate diet derretido colocado no bolo ainda quente é uma boa pedida.  
www.minhavida.com.br

Obs: Tomei a liberdade de retirar a palavrinha LIGHT  de todas as receitas, porque, com essa quantidade de calorias... nunca podemos considerar que são receitas lights....Bjos
Virginia Scalia