E a Vida Continua

sexta-feira, 4 de maio de 2012

EURIPEDES BARSANULFO EM DESDOBRAMENTO ESPIRITUAL

17/11/2011


Começara Eurípedes Barsanulfo, o apóstolo da mediunidade, em Sacramento, MG, observar-se fora do corpo físico, em admirável desdobramento, quando, certa feita, à noite, viu a si próprio em prodigiosa volitação.
Subia, subia sempre, amparado por braços intangíveis. Viajou, viajou até que se reconheceu em campina verdejante.
Reparava na formosa paisagem, quando, não longe, avistou um homem que meditava, envolvido por doce luz.
Como que magnetizado pelo desconhecido, aproximou-se... 
Houve, porém, um momento em que estacou, trêmulo. 
Algo lhe dizia no íntimo para que não avançasse mais... 
E num deslumbramento de júbilo, reconheceu-se na presença do Cristo. 
Baixou a cabeça, esmagado pela honra imprevista e ficou em silêncio, sentindo-se como um intruso, incapaz de voltar ou seguir adiante. 
Ofuscado pela grandeza do momento, começou a chorar... 
Viu, porém, que Jesus também chorava... 
Traspassado de súbito sofrimento, por ver-lhe o pranto, desejou fazer algo que pudesse reconfortar o Amigo Sublime...Afagar-lhe as mãos ou estirar-se à maneira de um cão leal aos seus pés... 
Mas estava como que chumbado ao solo estranho... 
Recordou, no entanto, os tormentos do Cristo, a se perpetuarem nas criaturas que até hoje, na Terra, lhe atiram incompreensão e sarcasmo... 
Nessa linha de pensamento, não se conteve.
Abriu a boca e falou, suplicante: 
a.. Senhor, por que choras? 
O interpelado não respondeu. 
Mas desejando certificar-se de que era ouvido, Eurípedes reiterou: 
- Choras pelos descrentes do mundo? 
Enlevado, o missionário de Sacramento notou que o Cristo lhe correspondia agora ao olhar.
E, após um instante de atenção, respondeu em voz dulcíssima: 
a.. Não, meu filho, não sofro pelos descrentes aos quais devemos amor. Choro por todos os que conhecem o Evangelho, mas não o praticam... 
Eurípedes não saberia descrever o que se passou então. Como se caísse em profunda sombra, ante a dor que a resposta lhe trouxera, desceu, desceu... E acordou no corpo de carne.
Era madrugada. Levantou-se e não mais dormiu. 


Ditado por Hilário Silva, pela lavra mediúnica de Francisco C. Xavier.


Fonte "A Vida escreve", de Francisco Cândido Xavier e Waldo Vieira, pelo Espírito Hilário Silva.

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